O 4 de julho na história dos Estados Unidos

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04 de julho é uma data que existe em todos os países que usam o calendário gregoriano, adotado no Ocidente a partir de 1582.

No entanto, um desses países usa outro formato para expressar tal data. Os Estados Unidos da América invertem o 04/07 e usam 07/04, porque lá primeiro dizem o mês e depois o dia. July 4th. Os países de língua inglesa foram os últimos a abandonarem o calendário juliano, o que ocorreu em 1752. Não tivessem feito isso, o dia da independência americana seria June, 21st., ou 06/21/1776.

Não é só nas datas que os americanos se diferenciam dos demais países. Eles também usam o sistema imperial de medidas, enquanto o resto, com exceção de Mianmar e da Libéria, usa o sistema métrico.

Os Estados Unidos da América são um país muito peculiar. Em 04/07/1776, venceram a guerra que haviam declarado, para se tornarem independentes com a força das ideias que levaram seu povo a enfrentar a maior potência global de então, o Império Britânico.

Os Estados Unidos da América, através de seus líderes intelectuais e políticos, diferiam das outras nações em outro aspecto. Ali, sempre existiu a ética do individualismo, a ideia de que cada ser humano é um fim em si mesmo. Foi essa ideia que fez aquela nação partir para outra guerra, desta vez para colocar americanos contra americanos para estender o individualismo aos negros, honrando a Declaração de Independência ainda que tardiamente.

Institucionalmente, os Estados Unidos da América não são perfeitos. Quando da criação da Constituição e suas emendas, alguns dispositivos específicos comprometeram o todo ou acabaram sendo pervertidos para que isso acontecesse. O principal deles foi o que transformou a república constitucional idealizada pelos pais-fundadores dos Estados Unidos da América numa república democrática, na qual os direitos individuais antes protegidos passaram a ser violados sistematicamente.

A terra do Estado de Direito, da liberdade e da justiça, do capitalismo, vem sucumbindo às ideias socialistas e democráticas que advogam por um estado de bem-estar social que relativiza instituições como a liberdade individual, a livre iniciativa e a propriedade privada. O que ainda faz com que os Estados Unidos da América se mantenham na liderança como potência econômica e militar é o prezo pela propriedade intelectual garantida na Constituição de 1790, pelo federalismo e um certo apreço pelos direitos individuais.

Biden versus Trump é, antes de tudo, um sintoma da degeneração cultural, ética e política dessa nação.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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