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Homenagem a Alexis de Tocqueville

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O gigante liberal francês Alexis de Tocqueville (1805-1859) nasceu em um 29 de julho. Que dizer de quem previu a Guerra Fria no século XIX?

Seguem trechos de minha resenha do clássico “Da Democracia na América”, que consta do meu livro “Guia Bibliográfico da Nova Direita: 50 livros para compreender o fenômeno” (LVM Editora):

“A tese principal de Tocqueville é que esse “movimento democrático” é irresistível e fatalmente prevaleceria. Por isso, o liberalismo se deveria resignar a “discipliná-lo”, sem a pretensão de detê-lo. A seu ver, era preciso trabalhar para adaptar esse movimento aos tempos e lugares, modificá-lo de acordo com as circunstâncias e as comunidades políticas e qualificar as suas consequências, em um processo adaptativo, jamais destrutivo. Está longe de ser algo que ele diga com absoluta felicidade, pois não deixa de louvar algumas das vantagens do regime aristocrático, mas de forma resignada e conformada.

Nesse sentido, a chave da civilização americana, de forma resumida, estaria em que ela logrou êxito em mesclar o “espírito de religião” com o “espírito de liberdade”, formando-se as comunas e associações locais precedentemente ao Estado. Isso fez dos norte-americanos uma civilização mais simples que as opulentas monarquias europeias, mas com um gérmen mais forte do espírito democrático, temperado pela raiz liberal e cristã puritana. A religião nos EUA vê na liberdade civil um mandato divino, um exercício nobre das faculdades humanas, não reivindicando alojar-se demasiadamente no Estado para estender seu império sobre as almas dos fiéis, mas preferindo o ambiente livre para se disseminar. Em contrapartida, Tocqueville vê na liberdade uma devedora das raízes culturais religiosas, consideradas a “salvaguarda dos costumes”, sendo estes últimos “a garantia das leis e penhor de sua própria duração”.

Tocqueville vê assim como grande distinção dos norte-americanos o fato de que a grande “revolução democrática” ali floresceu em terreno maduro, “refletido pela liberdade”, não apenas por um “instinto vago e indefinido de independência” que levou a sublevações sangrentas e caos, por exemplo, em sua própria França durante o predomínio jacobino.”

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Lucas Berlanza

Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista e presidente do Instituto Liberal, membro refundador da Sociedade Tocqueville, sócio honorário do Instituto Libercracia, fundador e ex-editor do site Boletim da Liberdade e autor, co-autor e/ou organizador de 10 livros.

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