Diminuir o poder estatal é urgente
Kamala, Lula, Trump ou Bolsonaro. Só nos preocupamos com eles obsessivamente, porque o poder que eles têm para interferirem nas nossas vidas é descomunal.
Se ao governo não fosse permitido se imiscuir na economia, inclusive na educação, saúde, previdência, cultura, infraestrutura, entre outras atividades produtivas, como não é permitido que ele se imiscua na religião, quem estaria preocupado com a política? Quem saberia de cor e salteado o nome e sobrenome, por exemplo, de onze homens que não foram convocados para a seleção de futebol?
Kamala, Lula, Trump e Bolsonaro são seres humanos comuns como todos nós. Talvez eles carreguem nos seus caráteres um certo grau de narcisismo e algum pendor para a psicopatia, mística e carismática.
O problema não é quem eles são, mas a outorga imoral e equivocada de um poder que ninguém possui e que pode ser exercido para violar os direitos dos outorgantes.
Governos modernos, e agora os pós-modernos, já passaram muito além dos limites racionais. Nem as doutrinas constitucionais conseguem mais controlar esses monstros institucionais, armados até os dentes, com capacidade de dizimar populações inteiras ao toque de um botão.
Dos xerifes e dos juízes incumbidos de estabelecer a lei e a ordem, segregando da sociedade os bandidos para que os indivíduos pacíficos pudessem cooperar, investir, criar, produzir e comerciar livremente, evoluímos para os políticos e burocratas impertinentes que querem regular, controlar e extorquir a todos, nos transformando em vítimas indefesas para que eles tenham uma vida de majestade.
Diminuir o poder estatal é urgente. Recolocar o governo nos eixos é imprescindível. Os governantes do século XXI precisam desfazer o círculo vicioso do estado de bem-estar social, do controle minucioso da vida dos cidadãos de bem, da sanha pela expansão monetária e endividamento estatal, coisas que a nenhum governo deveria ser permitido.
Os males do século XXI começaram na virada do século XIX para o século XX. Foi ali que o pragmatismo americano, o fascismo italiano e alemão e o socialismo francês e russo se expandiram, tomando inclusive os Estados Unidos e a Inglaterra, berços do capitalismo.
Não existe determinismo histórico. Tudo pode mudar de repente, ainda que as consequências das mudanças só apareçam mais tarde.
A mudança deve ser de mentalidade, cultural; precisamos resgatar o individualismo, o regime dos direitos individuais inalienáveis e confiança no mercado, homens livres interagindo pacífica e produtivamente, em vez de seguirmos com o coletivismo estatista parasitário que escraviza, emburrece, torna nossas vidas miseráveis e, se isso for pouco, mata.