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Conflito entre Israel e o Hamas: simples de explicar, mas difícil de resolver

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O conflito Israel contra seus vizinhos islâmicos é bem fácil de entender. Pode ser difícil de resolver, mas entendê-lo é simples. Se os árabes baixarem as armas amanhã, depois de amanhã haverá paz. Se Israel fizer o mesmo, será varrido do mapa no mesmo dia. Os judeus nunca agiram contra seus vizinhos árabes, apenas reagiram.

E como começou este conflito entre judeus e muçulmanos?

Em 1947, a ONU dividiu o território da Palestina entre judeus e árabes, a maior parte ficando com os últimos. Os judeus aceitaram o acordo, mas os árabes (nenhum país de maioria muçulmana) não; assim, um ano depois, o recém-criado Estado judeu foi atacado por todos os seus vizinhos. Israel ganhou a guerra e aumentou seu território.

O que aconteceu com as terras que seriam o Estado Palestino? Durante quase 20 anos, ele ficou dividido entre Jordânia e Egito, até que foi conquistado pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Alguns árabes tentaram reconquistá-las na Guerra do Yom Kippur, mas novamente não tiveram sucesso*.

A Resolução de Cartum, após o conflito de 67, que reuniu os vizinhos árabes de Israel, deixa clara a atitude dos muçulmanos frente ao Estado Hebreu. Nela, ficaram acordados os três “nãos”: não ao reconhecimento de Israel, não à Paz e não às negociações. Em 1978, o Egito “quebra” a Resolução e, após negociações, Israel devolve o Sinai aos egípcios em troca da paz.

O “caso” egípcio ilustra bem a boa-vontade dos israelenses, que sempre estiveram dispostos a trocar território por paz, algo oferecido aos árabes em pelo menos 5 ocasiões. A penúltima foram as famosas negociações de Camp David: Israel oferecia aos palestinos mais de 95% da Cisjordânia (West Bank), a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental como capital. Arafat não aceitou, o que revoltou Bill Clinton: “você está aqui há 14 dias e falou ‘não’ para tudo”, disse o presidente americano ao líder palestino (que curiosamente nasceu no Egito).

A última proposta de paz foi apresentada em 2008 (Ehud Olmert para Mahmoud Abbas). A oferta judaica era praticamente a mesma e também foi declinada. O histórico deixa claro que um lado quer viver em paz enquanto o outro só quer ver seu antagonista morto. Como disse no início do texto, é um conflito simples de explicar, mas difícil de resolver.

Nota: Artigo publicado originalmente por Conrado Abreu na página Liberalismo Brazuca no Facebook.

*Na Guerra do Yom Kippur, o Egito obteve relativo sucesso, pois conseguiu que os israelenses devolvessem a Península do Sinai alguns anos depois, mas isso se deve mais à benevolência de Israel do que à competência militar egípcia. Apesar do brilhante ataque do general Saad El Shazly, que conseguiu fazer o Exército Egípcio cruzar o Canal de Suez, no momento do cessar-fogo, as tropas judaicas já estavam na África próximas ao Cairo.

Fontes:

https://www.dw.com/en/israel-retaliates-over-continued-fire-balloon-attacks-from-gaza/a-54548059

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1648582-5602,00-ISRAEL+RESPONSABILIZA+HAMAS+POR+ATAQUE+COM+FOGUETE+KATYUSHA.html

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/existem-armas-proibidas-em-guerra/

https://www.theguardian.com/world/2002/may/23/israel3

https://www.washingtonpost.com/archive/politics/2001/07/18/adviser-clinton-exasperated-with-barak-during-talks/1b58f476-6f8e-4de4-bf66-89094f439493/

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