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A sabedoria de David Hume

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Meu homenageado, que considero um herói da liberdade, é David Hume (07 maio de 1711 – 25 de agosto de 1776). Filósofo, historiador, economista e ensaísta escocês, é considerado por muitos um dos maiores expoentes do iluminismo britânico, movimento que legou ao Ocidente uma forte tradição de liberdade, da qual desfrutamos até hoje.

Suas principais obras filosóficas – Um Tratado sobre a Natureza Humana (1739-1740), Investigações sobre o Entendimento Humano (1748) e Sobre os Princípios da Moral (1751) – permanecem ampla e profundamente influentes até hoje. Sua influência é evidente, por exemplo, na filosofia moral e nos escritos econômicos de seu amigo íntimo: Adam Smith.

“Não existe liberdade de escolha, a menos que haja liberdade para recusar.”

“Os homens freqüentemente agem conscientemente contra o seu próprio interesse.”

“É raro que a liberdade de qualquer tipo seja perdida de uma só vez. A escravidão tem um aspecto tão assustador para os homens acostumados à liberdade, que ela deve roubá-los gradualmente, e deve se disfarçar em mil formas, para ser recebida.”

“Um homem sábio expressa sua crença na evidência.”

“Todo governo sábio, justo e moderado, ao tornar fácil e segura a condição de seus súditos, sempre será mais abundante em pessoas, assim como em mercadorias e riquezas.”

“Nada parece mais surpreendente para aqueles que consideram os assuntos humanos com um olhar filosófico do que a facilidade com que muitos são governados por poucos; e a submissão implícita, com a qual os homens renunciam a seus próprios sentimentos e paixões aos de seus governantes.”

“Ninguém pode duvidar que a convenção para a separação da propriedade e para a estabilidade da posse é, em todas as circunstâncias, a mais necessária para o estabelecimento da sociedade humana, e que após o acordo para a fixação e observação desta regra, permanece pouco ou nada a ser feito para estabelecer uma perfeita harmonia e concordância.”

“Quem não vê, por exemplo, que tudo que é produzido ou aperfeiçoado pela arte e pelo trabalho de um homem deve ser-lhe assegurado como seu, a fim de encorajar esses úteis hábitos e realizações? Ou ainda, que a propriedade deve passar por herança para os filhos e parentes, tendo em vista o mesmo útil propósito? Que ela deve poder ser alienada sob consentimento, para gerar o comércio e o intercâmbio que são tão benéficos para a sociedade humana? E que todos os contratos e compromissos devem ser diligentemente cumpridos a fim de assegurar o mútuo crédito e confiança que tanto promovem o interesse geral da humanidade?”

“Poucos prazeres são dados pela mão aberta e liberal da natureza; mas pela arte, trabalho e indústria podemos extraí-los em grande abundância. Assim, as ideias de propriedade tornam-se necessárias em toda a sociedade civil.”

“Por mais iguais que se façam as posses, os diferentes graus de habilidade, atenção e diligência dos homens irão imediatamente romper essa igualdade. E caso se refreiem essas virtudes, a sociedade se rebaixará à mais extrema indigência e, em vez de impedir a miséria e a mendicância de uns poucos, torna-las-á inevitáveis para toda a comunidade”.

“Tudo no mundo é comprado pelo trabalho.”

“.. uma regra que, em especulação, possa parecer a mais vantajosa para a sociedade, pode demonstrar-se, na prática, totalmente perniciosa e destrutiva.”

“O céu e o inferno supõem duas espécies distintas de homens, os bons e os maus. Mas a maior parte da humanidade flutua entre o vício e a virtude.”

“Quando os homens são mais seguros e arrogantes, geralmente estão mais enganados.”

“As alturas da popularidade e do patriotismo ainda são o caminho mais fácil para o poder e a tirania.”

“Nenhuma qualidade da natureza humana é mais notável, tanto em si quanto em suas conseqüências, do que essa propensão que temos de simpatizar com os outros e receber por comunicação suas inclinações e sentimentos, por mais diferentes que sejam ou até contrários aos nossos.”

“A eloqüência, em seu tom mais alto, deixa pouco espaço para a razão ou reflexão, mas se dirige inteiramente aos desejos e afetos, cativando os ouvintes dispostos e subjugando seu entendimento.”

“A liberdade é uma bênção tão inestimável que, onde quer que apareça alguma probabilidade de recuperá-la, uma nação deve, de boa vontade, correr muitos riscos, e não deve esmorecer mesmo diante de grande derramamento de sangue ou dissipação de tesouros.”

“Que o sol não surgirá amanhã não é uma proposição menos inteligível, e não implica mais contradição, do que a afirmação de que ele surgirá.”

“O gênio mais rico, como o solo mais fértil, quando não cultivado, está sujeito às ervas daninhas; e em vez de vinhas e azeitonas para o prazer e uso do homem, produz, para o seu proprietário preguiçoso, a mais abundante colheita de venenos.”

“Nada é mais favorável à ascensão da polidez e da aprendizagem do que um número de estados vizinhos e independentes, conectados entre si por comércio e política.”

“De todas as ciências não há nenhuma em que as primeiras aparências sejam mais enganosas do que na política.”

“Todo poder, mesmo o mais despótico, repousa, em última instância, na opinião.”

“Nada de fato pode ter uma presunção mais forte de falsidade do que a aprovação da multidão.”

“A formação de máximas gerais a partir da observação particular é uma operação muito agradável; e nada é mais usual, da pressa ou de uma estreiteza de mente que não vê de todos os lados, do que cometer erros nesse particular.”

“O mais pernicioso de todos os impostos é o arbitrário.”

“Quando qualquer opinião nos leva a absurdos, é certamente falsa.”

“A ganância, ou o desejo de ganhar, é uma paixão universal que opera em todos os momentos, em todos os lugares e em todas as pessoas.”

“A coragem, de todas as qualidades nacionais, é a mais precária; porque é exercida apenas a intervalos e por alguns em todas as nações; enquanto a indústria, o conhecimento, a civilidade podem ser de uso constante e universal e, por várias eras, podem tornar-se habituais para todo o povo.”

“De todos os animais com os quais este globo é povoado, não há nenhum em relação ao qual a natureza parece, à primeira vista, ter exercido mais crueldade do que com o homem, nas inumeráveis necessidades e desejos com que o carregou, e nos meios escassos que ela oferece para aliviar essas necessidades.”

“Seu milho está maduro hoje, o meu estará amanhã. É proveitoso para nós dois que eu trabalhe com você hoje e que você me ajude amanhã.”

“Mas ainda prevalece, mesmo em nações bem familiarizadas com o comércio, um forte ciúme em relação à balança comercial e um temor de que todo o seu ouro e prata possam estar deixando-os. Isso me parece, quase sempre, uma apreensão sem fundamento;”

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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