A Petrobras não precisa de um choque de gestão, ela precisa de um choque de liberdade
A Petrobras não precisa de um homem de mercado no seu comando, qualquer burocrata a mantém funcionando.
O que a Petrobras precisa é ser comandada pelo mercado. Para isso, precisa ser privatizada e submetida à concorrência real e potencial que só o livre mercado pode proporcionar.
O problema da Petrobras não é o seu presidente; é o seu maior acionista, cujos interesses nem sempre são coincidentes com os da companhia.
Na realidade, a Petrobras nem é uma empresa, é uma autarquia. Se fosse uma empresa, já teria quebrado quando foi saqueada desmesuradamente, quando foi usada para fins eleitoreiros, quando espoliava cobrando preços escorchantes – que, num ambiente competitivo, já teriam desaparecido.
A Petrobras é imortal, porque sua existência depende não da sua competência, mas da coerção estatal que ora busca manter a empresa lucrativa, ora visa tornar o presidente do país, seu maior acionista, popular.
No primeiro caso, quem banca a lucratividade é toda a cadeia produtiva que faz parte daquele mercado, além, é claro, dos consumidores que usam produtos derivados.
No segundo caso, quem banca a popularidade do governante são os acionistas minoritários, além, é claro, dos pagadores de impostos que têm seu dinheiro suado usado pelo Tesouro para injetar recursos naquele simulacro de empresa para que ela possa se manter enquanto a próxima eleição chega.
A Petrobras não precisa de um choque de gestão; ela precisa de um choque de liberdade, de concorrência, de livre mercado.