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A escolha do vice de Bolsonaro foi uma estratégia consistente ou não?

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Jair Bolsonaro é polêmico. Em seu currículo há declarações bem-sucedidas e malsucedidas. Na maioria das suas falas ou escolhas o mundo político – ou o mundo fantástico dos unicórnios de alguns jornalistas – entra em êxtase e pânico. Na escolha do seu vice não foi diferente. O candidato à Presidência da República se mostrou dividido entre uma excelentíssima professora do Direito (de princípios, responsabilidade e vigor ), um ‘príncipe’ cientista político com linhagem real e um General que se mostrou imprudente.

Escolhido o general, Bolsonaro aparentemente usou a estratégia de que não forçariam o seu impeachment se um General estivesse como seu vice-presidente. Até aqui, Bolsonaro pecou ao não entender o papel de Vice-presidência.

Vou discordar calorosamente de amigos que acham que essa escolha por esse motivo tenha sido excelente. Diria que, com o passo que a câmara legislativa possa estar, os dois seriam impedidos e destituídos dos seus cargos – A esquerda não liga se a sua posição seja incoerente ou não, lembrem-se disso.

A declaração do General, logo no início da sua corrida como candidato a vice-presidente (definida no último domingo) foi um erro gravíssimo. Tão grave que custará ao Jair uma boa parcela de votos que ele não pode e nem deveria perder.

Muitos  eleitores de Bolsonaro disseram que o general Mourão, ao afirmar que o Brasil herdou a “indolência” dos indígenas e a “malandragem” dos africanos, fez uma paráfrase de Roberto Campos, mas ela foi extremamente danosa e  nem de longe parecida. A frase de Roberto Campos é explicitada a seguinte maneira: “Da cultura ibérica, herdamos o privilégio; Da cultura Africana, herdamos o Mistério; Da cultura indígena, a indolência”. Apenas um aspecto foi abordado igualmente – a indolência do indígena. Apenas isso. Não foi uma coincidência ou até mesmo uma referência ao próprio Roberto Campos.

Qualquer coisa que seja dito pelo Vice-Presidente é, e será, respaldada pelo candidato à presidência, ou seja, o responsável será Jair Bolsonaro. Então, tudo que falar ou acontecer, fará a conta de Bolsonaro entrar no Vermelho. Nesse ponto da disputa é preciso muito cuidado e cautela. A sabatina vai começar.

Meu palpite é que a campanha do Bolsonaro não será antifrágil como estão dizendo. Ela estará mais para uma candidatura resiliente. Bolsonaro já é um fenômeno eleitoral que entrará em colisão com todos os outros monstros no processo eleitoral.

Fiquem atentos ao vice-presidente, ele será chave determinante da vitória ou da derrota.

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Lucas Pagani

Lucas Pagani

Acadêmico de Economia da Universidade Federal de Rio Grande (FURG).

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