A direita nas ruas novamente: o que mudou?
Os atos da direita de ontem mostraram um crescimento significativo de público, algo que não víamos há muito tempo. Mas por que agora?
A resposta está na mudança de pauta, em conjunto com uma vitória política.
A convocação anterior girava em torno da anistia, que é uma demanda justa, especialmente por conta das vítimas do Regime PT-STF, mas percebida por muitos como personalizada demais e muito focada no destino do ex-presidente Bolsonaro e seus aliados.
Desta vez, o grito foi “Fora, Alexandre de Moraes”. E isso mudou tudo.
Essa pauta mobiliza um espectro mais amplo da sociedade. É sobre repudiar o regime autoritário do consórcio PT-STF, que censura, persegue, prende e cala quem discorda, e não de salvar um político e seu grupo.
O “fora, Moraes” é direto, compreensível e politicamente possível. Ele pode: (i) renunciar diante do desgaste; ou (ii) ser afastado por impeachment constitucional, se houver pressão suficiente da opinião pública ou do governo americano sobre o Senado.
Enquanto a anistia soava como “salve o mito”, o novo clamor soa como “liberte o Brasil”.
Além disso, a imposição da Lei Magnitsky sobre Alexandre marcou o fim das vitórias sequenciais do Ministro sobre seus inimigos. Mesmo a imposição prévia de tarifas poderia ser interpretada como uma vitória do STF, pois foi uma sanção aplicada ao Brasil todo e não à corte. Mas a individualização da sanção no relator dos processos ilegais é uma derrota inconteste, que, em conjunto com a cassação dos vistos dos EUA para demais membros da corte, fez o regime parecer fraco e passível de derrubada por um poder maior.
Essa virada de jogo pode marcar a reconexão da direita com as ruas e o início de um novo capítulo de resistência democrática pelo fim do consórcio PT-STF. A ver os próximos capítulos.