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Pane no politicamente correto: quando um deficiente físico satiriza sua própria condição

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Deficiência física, politicamente correto, vitimismo, paranoia e preconceitos criados pelos movimentos que defendem isso ou aquilo. Enfim, esta não é uma discussão nova por aqui. Já escrevi sobre o “capacitismo”, que vê preconceito até mesmo no ato de ajudar algum deficiente e Rodrigo Constantino chegou a publicar Um manifesto a favor da ofensa. Muita gente desses grupos politicamente corretos, se pudessem, proibiriam a sátira, bem como o fez o ditador norte-coreano.

O que gostaria de compartilhar por aqui é o caso de Leandro Severgnini, que publica vídeos nos quais trata de diversos assuntos, inclusive sobre sua própria deficiência, uma distrofia muscular. No vídeo A vida de um deficiente físico Leandro começa dizendo que muitas pessoas pensam que os deficientes sejam meros “coitadinhos” e, a despeito de concordar que existe dificuldade em vários aspectos, ele diz: “Para com isso”.

Interessante é que ele não só fala de sua deficiência, mas trata da questão com humor. Rir é o melhor remédio, diz uma frase clichê muito verdadeira. É isso que Leandro faz. Satiriza seu tamanho aos trinta anos, o tratamento de choque que recebia nos nervos e até mesmo sua vida amorosa como alguém que possui distrofia muscular. Conforme ele mesmo diz no vídeo, quando encontrar alguém para namorar, este será um amor puro, afinal de contas, em suas palavras “obviamente a pessoa não vai ficar comigo porque eu sou gostoso, né?!”

Gostaria de saber do que os politicamente corretos acusariam Leandro. Diriam que o homem sofre de auto aversão e, portanto, seria um preconceituoso? Acusariam Leandro de ser uma pessoa ignorante? De qual fobia, na concepção dos politicamente corretos, o autor do vídeo sofreria? Será que Leandro odeia todos os deficientes físicos e se pudesse os exterminaria num campo de concentração? Será que ele é nazista?

Evidente que há o bom senso, dessa forma, acredito firmemente que utilizar a chatice do politicamente correto para ofender deficientes inadvertidamente é outra espécie de radicalismo inverso, desnecessário. E se alguém perguntar até onde vai o bom senso respondo que vai até fazer uma pergunta insensata como esta. O bom senso não precisa ser explicado em livros, ou estou errado? Basta educação.

Mas imagine a crise que a “galera do mundo melhor” teria caso alguém sem qualquer deficiência física fizesse as piadas que Leandro Severgnini faz sobre sua própria condição.

Por fim, o que isso prova? Prova que o politicamente correto e seus adeptos pensam representar quem muitas vezes não está nem um pouco preocupado com ideologias que transformam todos em vítimas e acusam tudo e todos de preconceituosos. Não é preciso muito para notar que o culto ao vitimismo é uma estratégia pérfida que não ajuda ninguém, salvo aqueles que ganham nome, fama e dinheiro defendendo esse tipo de estupidez.

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Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher é estudante de História na Universidade Regional de Blumenau (FURB). Tem interesse por História das Ideias, Filosofia, Literatura e tradição dos livros clássicos.

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