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Paixões nacionais: estatismo e compadrio

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Escrevi pequeno artigo sobre a fantástica peripécia da turma e dos mitos esquerdistas que, em verbalizando palavras sem sentido, totalmente desconexas, de significados completamente vazios, conseguem ludibriar a galera rubra.

Alguns inclusive, como “o grande educador Paulo Freire”, tornam-se ainda ídolos de seus incautos sectários.

Um de seus batutinhas atacou-me, afirmando que sou apoiador somente daqueles “que são de direita e do bem”.

Nada surpreendente: notórios difamadores, falta de estudo e conteúdo, além do fenômeno da projeção!

Não tenho bandido de estimação, e faz bastante tempo que venho dizendo que entre os principais problemas na terra do pau brasilis estão, seguramente, a mentalidade e a cultura da dependência!

Desde que os portugueses aportaram por aqui, o “independente” brasileiro deseja viver das dádivas do grande Estado – apesar de pagar impostos escorchantes!-, e pseudo empresários capitalistas, através de acordos nada republicanos com as autoridades palacianas, protegem-se da efetiva concorrência via intervencionismo estatal, ou seja, estatismo e compadrio.

Esta semana um colega professor escreveu-me dizendo que é contrário às privatizações nos “setores estratégicos”, uma espécie do retrógrado e apaixonado discurso “a Petrobras é nossa!”. Tal interesse ingênuo mata, literalmente! Similarmente, mitiga as possibilidades do país de ingressar em genuíno ambiente de liberdade econômica e individual, gerador de empregos e maior prosperidade para todos.

Embora uma minoria tenha engordado por meio das fartas tetas estatais, o leite secou para todos. Ademais, parte da sociedade não suporta mais um status quo que privilegia apenas uma casta estatal.

Na mesma semana, preparando material para curso, defrontei-me com exclusiva aberração nacional, relacionada com os clássicos intervencionismo e compadrio.

Desde 1987, quando comecei a trabalhar com comércio exterior, a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro já estava indo à bancarrota e, a partir de lá até o presente momento, os consumidores nacionais continuam vergonhosamente pagando mais caro por produtos importados, uma vez que empresas no Brasil são obrigadas a pagar o AFRMM – Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante.

Embora o Brasil não tenha sequer uma embarcação de marinha mercante, o adicional é de 25% do valor do frete internacional, tributado em cascata! Além disso, o AFRMM também é coletado em alguns tráfegos nas operações de cabotagem – transporte marítimo doméstico -, entre portos brasileiros.

Várias outras formas de intervenção estatal na navegação, como a exigência de bandeira nacional no importante tráfego ente Brasil e Chile, p.e., inibem a concorrência no setor. Nesta rota de comércio, ironicamente Maersk, dinamarquesa e Hapag-Lloyd alemã, oligopolizam o transporte marítimo, tendo em vista que possuem bandeira brasileira e chilena, respectivamente.

O Brasil não tem condições de ser competitivo no transporte marítimo internacional, já que nossas empresas não participam das cadeias globais de valor, portanto não há volumes e possibilidades de se alcançarem custos competitivos em razão da falta de economias de escala.

O AFRMM é de fato uma intervenção estatal nefasta, servindo para beneficiar grupos de interesses que atuam politicamente no setor portuário e petrolífero.

Gostaria imensamente de saber para onde vão os recursos arrecadados, fruto dessa inconcebível intervenção estatal. Creio que por óbvio servem para engordar o bolso de uma corja de corruptos!

Tais intervenções absurdas e imorais precisam definitivamente terminar para o bem da salutar economia de mercado e bolsos dos combalidos brasileiros!

Como é complexo exterminar a herança e a presença dessa mentalidade e cultura da dependência enraizada na retina nacional! Porém, como diz o ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, continuo com um fio de esperança no fortalecimento dos incentivos para “se andar com as próprias pernas” e para frente!

De parte de políticos indecentes que se servem do país, parcela do funcionalismo interesseiro e de empresários incompetentes, dá para se entender comportamentos oportunistas e rentistas – não querem ceder um milímetro sequer…

A fim de cambiar o mindset da “mãe Estado” para a generalidade dos comuns, será preciso continuar batendo forte na tecla da liberdade individual e econômica como caminho sustentável para o crescimento.

Não quero compartilhar o autoritarismo da resistência colorada, mas não daria para deixar de lado um pouco de comprovadas falácias em prol do melhor para todos?

Sinceramente, é muito duro aguentar a turma do quanto pior melhor e os brados de ordem “o petróleo é nosso” em pleno 2020, não é mesmo?

Será que um dia esse papinho morfético irá arrefecer?!

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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