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O ressentimento militante de uma gorda, lésbica e politicamente correta

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Nos dias de hoje a coisa mais bonita do mundo é fazer pose de bom moço, ou moça (ou os dois, ou moçx?). Tanto faz. O que quero dizer com isso é que não acredito em tudo do que Jessica Tauane disse na entrevista para a Folha quando disse “Sou muito mais do que lésbica.

De tudo o que foi dito na reportagem, discutirei brevemente três questões: o fato de ela ser gorda, dizer que está “fora do padrão” e ser youtuber. Selecionei estes temas, pois no que diz respeito à sua homossexualidade, concordo que exista preconceito. Portanto nem vou me atentar a esta questão porque penso que os homossexuais devam viver suas vidas como qualquer outra pessoa. Caso encerrado.

O fato é que não creio que a moça se sinta bem sendo gorda e nem que esteja tão fora do padrão assim. A patrulha politicamente correta fica em polvorosa com estes comentários, porém, como já disse em outro texto, não me importo com essa patrulha. Ela é ridícula. A propósito, a julgar pelas declarações acerca da pressão on-line feita sobre o cantor MC Biel, creio que a tal da Jessica, dos canais Gorda de Boa e Canal das Bee seja uma integrante dessa patrulha. Além do mais, todo esse “alto astral” deve ter algo de “fake”. Mas aonde quero chegar? Vamos lá.

Ela é gorda e diz que está bem com isso. Eu não acredito

Jessica relata que seu médico mandou que ela emagrecesse para que sua doença, chamada hidradenite supurativa, pudesse melhorar. Contudo, de acordo com Jessica, ela não quer emagrecer. Além disso, a moça diz que se olha nas fotos e se acha “mais gata” assim. Também assegura que olha “os vídeos da época da dieta, com uns 20 quilos a menos” e não gosta. Afirma que não se reconhece e que prefere ser gorda.

Duvido. Acredito que a verdade é que ela não consiga emagrecer. Eu até poderia aceitar esta argumentação se ela não viesse exatamente de alguém que já tentou emagrecer e que não fosse o tipo de militante que seguramente vê fobia em tudo. Ora, se o leitor acessar o canal da Jessica poderá frases coladas ao fundo e que dizem: “Você é linda. Não acredite nas revistas”, “Seu peso é ideal”, “Sinta a paz de amar o seu corpo.” Não é preciso pensar por mais de dois segundos para detectar autoajuda barata nessas frases.

A questão não é a pessoa ser gorda ou não, o ponto central é a utilização disso como militância e falsidade, de promoção pessoal e patrulhamento ideológico.

Ela também afirma estar “fora do padrão”. Eu não acredito

Jessica diz que tem um “jeitinho todo fora do padrão”. Não concordo. Fora de qual padrão? Das capas da Playboy? Talvez. No entanto, se considerarmos o padrão universitário militante e propagador da imagem politicamente correta atual, ela está mais do que no padrão. Esta conversa de ser gorda, lésbica e dizer estar “bem resolvida” com tudo é mais do que o padrão, pelo menos entre os jovens universitários ou integrantes de movimentos que se dizem sociais. Aliás, hoje em dia ser militante de esquerda é estar no padrão. O que está fora do padrão é pensar com a própria cabeça sem ser engolido por ideologias e rótulos.

Militância no Youtube

A repórter pergunta: “Participar de comerciais ajuda na militância? Recebeu alguma crítica quanto a isso?” Jessica diz que não. Mas o mais interessante disso tudo é que a pose de politicamente correta parece vender bem. Não é a toa que temos Wagner Moura fazendo filmes sobre o terrorista Carlos Marighella e Chico Buarque defendendo Cuba. Ter um canal que, conforme Jessica Tauane, é “contra o preconceito, contra a transfobia, a bifobia, a lesbofobia, o machismo”, etc., parece ser um bom investimento.

Ademais, o leitor se lembra das frases coladas ao fundo do cenário? Sim? Pois é, uma delas diz exatamente o seguinte: “Nossa sociedade lucra com a insegurança. Gostar de si mesmo é um ato de rebeldia.” Parece que alguém mais está lucrando com a insegurança, não é mesmo, Jessica? O capitalismo serve bem a todos, mesmo aqueles que são contra ele.

Por fim, um comentário extra que gostaria de fazer chegar até a própria Jessica Tauane

Você diz que já sofreu ameaças de morte por ser quem é. Desta vez eu acredito em você de novo, assim como acreditei quando você disse que sofreu preconceito por ser lésbica. De fato existe muito moralismo tosco por aí. Mas gostaria de acrescentar um pormenor no que se refere às ameaças que você disse ter sofrido.

Se você, que é uma youtuber politicamente correta, o que está na moda, sofreu ameaças, imagine o que sofre um conservador católico e estudante de História, como o caso que relatei aqui. Imagine as ameaças que sofrem os liberais que resolvem debater nas universidades tomadas por marxistas de todo tipo. Alguns inclusive cancelando o curso na universidade. Em suma, imagine as ameaças que sofrem os liberais e conservadores dos militantes que dizem – só dizem – amar a diversidade, mas odeiam se deparar com ela.

Outra coisa, você não tem um “jeitinho todo fora do padrão”, ao contrário, você está completamente adaptada ao padrão ressentido do politicamente correto

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Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher é estudante de História na Universidade Regional de Blumenau (FURB). Tem interesse por História das Ideias, Filosofia, Literatura e tradição dos livros clássicos.

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