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O estamento e as desigualdades sociais

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Só se fala nesse mantra: desigualdade social.  Políticos, ativistas e guerreiros sociais em todos os campos gritam aos quatro ventos – e cantos – que precisamos acabar com as desigualdades sociais. Berros ideológicos apontam para o vilão da história: o capitalismo “selvagem”.

Ledo engano. Poucos se dão conta de que o verdadeiro capitalismo, das políticas de livre mercado e da efetiva concorrência, não deu os ares da graça por terras tupiniquins. O único capitalismo que funciona de fato no país é aquele para os “empreendedores políticos” do nosso capitalismo de compadrio, do eterno alinhamento com os agentes estatais do grande – e ineficiente – Estado verde-amarelo.

Os indivíduos não conseguem compreender as diferenças abissais que há para uma economia de mercado em que atuam os empreendedores de mercado. Objetivamente, uma das razões para a desigualdade social no país é estrutural, exatamente aquilo que Raymundo Faoro definiu como o “estamento burocrático”, ou seja, a utilização do Estado – nababesco – para extrair privilégios para uma camada de servidores públicos e “empresários políticos” em detrimento do restante da sociedade.

Esse estamento burocrático exerce a nobre arte de parasitar o Estado. Em nossa sociedade “rent-seeking”, os grupos de interesse manipulam o ambiente econômico e social para obter renda, prejudicando e criando enormes diferenças sociais na sociedade.

Aqui em Pindorama, deseja-se avançar cada vez mais com o estatismo, com o controle crescente do governo sobre nossas vidas e a costumeira manutenção de suas inacreditáveis benesses. Evidente que não se quer reduzir o tamanho do Estado e, muito menos, as desigualdades sociais aludidas.

Abro a página 6 de ZH e leio que uma excelência, um desembargador do Tribunal de Justiça, imagino que bem alimentado com lagostas regadas a vinhos finos e premiados, suspendeu o trecho de uma lei que barrou os honorários de sucumbência aos procuradores do estado do Rio Grande do Sul. Com isso, os advogados públicos podem voltar a receber o adicional de produtividade de até R$ 6,9 mil mensais.

Não, não é piada, é fato, é imoral. Surreal! Não tenho nenhuma brecha de dúvida de que o Poder Judiciário é uma enorme fonte de privilégios e, portanto, de desigualdades sociais, além de permitir a perpetuação de extração de renda por parte do estamento burocrático.

Os “guerreiros sociais” do nosso Estado de Direito, além de julgarem em causa própria, protegem os privilégios e as desigualdades sociais de seus camaradas pertencentes a vários grupos de interesse. Como os paladinos da justiça social protegem os privilégios há muito arraigados em Pindorama, não é mesmo? Mas e as desigualdades sociais?

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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