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O Estado deveria interferir nas interações voluntárias feitas entre adultos?

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Não dá para entender mais nada. Esse mundo está louco.

O colunista Paulo Germano defendendo o proibicionismo e chamando de arrogante quem não se arroga o direito de impedir as pessoas de agirem livremente?

Costumamos chamar de arrogantes aqueles que se arrogam um direito que não têm, como quando deputados proíbem as pessoas de fazerem o que quiserem, mesmo que isso não represente uma violência contra a vida ou a propriedade de ninguém.

Mas eu nunca havia visto alguém ser chamado de arrogante quando recua e cessa de impedir que alguém faça o que é seu direito como adulto, livre e responsável por seus atos.

Livre iniciativa e propriedade privada não fazem mal para ninguém. Se fizerem, aí sim cabe ao governo agir se este for o caso.

Paulo Germano se baseia no argumento de autoridade para querer regular a vida alheia. Até podemos observar o que autoridades tem a nos dizer sobre fatos ou suposições, mas daí a querer regular a vida alheia com base nessas informações tem uma distância que não deve ser transposta.

Será que o Paulo Germano está aderindo a um moralismo que parece estar surgindo com o governo Bolsonaro?

Paulo Germano reprisa o que o ministro Osmar Terra defendeu no mesmo dia da matéria.

Quem disse que eles podem se arrogar o direito de controlar a vida e a propriedade dos outros quando esses estão exercendo seus direitos como homens livres?

Quem deve decidir se vai ou não vender bebidas alcoólicas para adultos, na sua propriedade, é o dono do lugar.

Quem deve cuidar para que a ordem seja mantida e que a violência não ocorra, também é o proprietário e responsável pelo evento.

Se este, ou alguém que vier a sofrer alguma violência resolver pedir a interferência do governo, aí então cabe ao governo intervir se tiver razão para isso.

Ninguém, nem os deputados, nem o Ministério Público, nem a polícia, nem os bombeiros, nem o judiciário, nem os médicos e nem a imprensa, tem o direito de querer se imiscuir nas interações voluntárias feitas entre adultos.

Não quer assistir jogos onde vendem bebidas alcoólicas? Toma uma decisão sensata, fica em casa.

Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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