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O dia que um aluno negro me perguntou sobre Mises

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Capa2Antes de qualquer coisa: por que citar que o aluno era negro? Pois é, pensei em deixar este detalhe de lado, mas perguntaria a mesma coisa para a Esquerda que adora separar as pessoas em cor, gênero, altura, peso, dentre outros. Enfim, citei para mostrar que etnia não tem nada a ver com escolhas e que um aluno negro (indígena, gay, trans e afins) não precisa estar revoltado e diluído em meio a coletivos histéricos para invadir aulas gritando como selvagens.

Dava uma aula sobre a Revolução Industrial falando sobre as condições de trabalho, sobre as ideias como aquelas de Adam Smith, Marx e suas respectivas obras, além de outros detalhes mais sobre o período.  Ao final, perguntei se alguém ali tinha alguma questão. Um dos alunos, ao fundo, levantou o braço e perguntou: “O professor já leu Ludwig von Mises?”, ao que respondi positivamente.

Logo depois, me disse que estava lendo Ação Humana e que assistia a vídeos do canal Ideias Radicais, de tendência anarcocapitalista. Disse, porém, que acreditava que o Estado era necessário em algumas questões. Já escrevi aqui sobre os ventos de mudança, o que para mim é um fato. Você já pensou no que significa um aluno do segundo ano citando Mises, dizendo que está lendo Ação Humana e ainda falando sobre um Estado reduzido?  Mas. não para por aqui. Ele ainda falou que já tinha lido mais livros liberais, todavia, não tivemos tempo de continuar a conversa.

Não somos videntes como a Esquerda pensa ser, não temos teleologia, mas podemos supor, sem medo, que estas sementes darão ótimos frutos. Ou seria melhor que ele estivesse sendo inspirado por Leon Trotsky?

Só alguém muito lobotomizado por coletivos pode acreditar que um jovem, integrante de um movimento autoritário, terá uma contribuição social mais positiva do que aquele que, em vez de estar culpando tudo e todos por seus problemas existenciais, está se interessando por questões muito mais valiosas do que ocupar escolas a mando de ideólogos, por exemplo.

Alguns dirão que é necessário que um jovem negro tenha senso crítico, e que, por isso, deve buscar leituras mais coerentes com a sua realidade. Mas quer senso crítico mais apurado do que este, o de ler autores liberais enquanto a maior parte da Esquerda ainda domina o cenário? Quer posição mais original do que esta, a de citar Mises enquanto a maioria dos professores sequer sabe quem foi esse economista? Quer postura mais independente do que esta, de ser negro e liberal mesmo com tantos movimentos “sociais” de Esquerda dizendo que representam todos os negros? Aparentemente ele não precisa de ninguém gritando por ele com camisa dos comunistas Panteras Negras e isso, claro, é um soco no estômago da Esquerda, acostumada ao monopólio da virtude e a chamegos do próprio bando.

No fim das contas, quem sabe um militante diga para o jovem negro se inspirar em alguém do “povo dele”, como Malcolm X. É provável que, inteligente como é, não se deixe levar pela cor da pele, mas por ideias. Mas mesmo assim, caso concordasse em considerar isso, optaria por Thomas Sowell e a Esquerda perderia de novo. O certo é o certo independente de cor de pele. Não adianta, Lênin está perdendo espaço, o Estado está perdendo terreno e a lógica desabrocha novamente.

Estadistas, corram para as montanhas, pois jovens que conhecem o “Poder das Ideias” liberais estão cada vez mais imunes ao contágio socialista que arrasou gerações!

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Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher

Thiago Kistenmacher é estudante de História na Universidade Regional de Blumenau (FURB). Tem interesse por História das Ideias, Filosofia, Literatura e tradição dos livros clássicos.

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