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O capitalismo e as energias renováveis

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É inegável que todas as tecnologias das quais dispomos hoje são frutos do capitalismo e da Revolução Industrial, iniciada, mais ou menos, na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra. E um desses frutos da ciência capitalista é a energia elétrica. Por meia dela, a tecnologia avançou e gerou desenvolvimento nas nações ao longo dos tempos.

Entretanto, ao menos no Brasil, pagar a “conta de luz” é sempre uma dor de cabeça, seja para pessoas físicas ou jurídicas. Residências, indústrias, comércios, clubes, igrejas e estabelecimentos em geral: todos têm essa despesa. Ou tinham, aliás. Isso graças aos sistemas de energias renováveis – como a energia fotovoltaica.

Nesse sentido, conversei com alguns especialistas desse meio, como o empresário gaúcho Júlio César Müller, CEO da VoltMais Energias Renováveis, que há 20 anos estuda esse mercado. Hoje, sua empresa se tornou referência na execução de projetos de energia solar no Rio Grande do Sul.

De acordo com o CEO da empresa, Júlio César Müller, cada vez mais as pessoas vão optar por esse modelo de energia que, além de renovável, gera impacto no bolso do consumidor: a redução da conta de energia chega a mais de 90%. Esses fatores combinados à qualidade do serviço da VoltMais, segundo ele, são o motivo do sucesso da empresa.

Müller viajou diversas vezes à Europa, especialmente à Alemanha, de onde trouxe especialização e capacidade de mão de obra e tecnologia de ponta para projetar e construir as usinas fotovoltaicas.

A empresa, com sede em Estância Velha (RS), está expandido. “Nossa nova sede está sendo construída às margens da BR-116, na esquina com a rua Rincão, em Novo Hamburgo. O local é privilegiado”, afirma. O CEO também diz que a VoltMais está apta a construir tanto projetos para residências pequenas como usinas a empresas e indústrias de grande porte. “A energia fotovoltaica pode ser usada em residências ou pode suprir a demanda de um grande estádio de futebol, como a Arena do Grêmio, por exemplo”, complementa Müller.

No início do ano de 2020, a absurda proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de taxar a energia fotovoltaica esbarrou no interesse público. Predominou o bom senso e o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Congresso travaria o avanço da proposta, isso após ele se reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia e do Senado, Davi Alcolumbre – ambos do DEM.

A possibilidade de taxação, naquele momento, gerou uma série de críticas na internet contra a Aneel e até virou meme, com frases como “cobrar imposto sobre o sol? Só no Brasil.”

O fato é que a energia solar é um caminho sem volta, devido à sustentabilidade, à economia e à tecnologia que são incomparáveis às demais alternativas de energia, como as “arcaicas usinas movidas a carvão e térmicas, totalmente inviáveis economicamente” cita Müller. “Apesar das muitas hidrelétricas serem de geração barata”, segundo ele, “dever-se-ia optar pelas PCH e GCH para usar como uma reserva das demais fontes de energia (leia-se PCH por pequenas centrais hidrelétricas e GCH por grandes centrais hidroelétricas).”

De modo semelhante, quando o assunto envolve automóveis, os veículos híbridos e elétricos vão, gradativamente, substituir máquinas movidas a combustíveis fósseis. Tudo por um mundo mais limpo e econômico, de acordo com o engenheiro mecânico brasileiro que mora no Canadá, Jefferson da Silveira. Segundo ele, países como Inglaterra e Canadá deram um salto na antecipação do fim do uso de veículos movidos a combustíveis fósseis. “Gasolina, diesel e gás deixarão de existir”, afirma Silveira. No Brasil quer-se estabelecer a data de 2030 para isso. “Tudo tem o foco de proteção da natureza, do meio ambiente”, conclui o engenheiro.

Já de acordo com o empresário brasileiro, Eduardo Ponticelli, que atuou durante uma década na China no segmento de importação e exportação, o país mais populoso do mundo faz uso da energia solar. “Por ser mais barata que a elétrica, houve uma difusão rápida no uso”, diz. Para ele, “a decisão por energias renováveis para a geração de eletricidade não representa apenas uma consciência ambiental, mas uma decisão econômica muito inteligente”.

Conforme o biólogo gaúcho Jonas Bernardes Bica, “o uso da energia fotovoltaica é fundamental para o meio ambiente, assim como o da eólica, pois são energias renováveis, ou seja, suas fontes de matéria prima são infinitas.”

Além disso, destaca o biólogo, são “formas de gerar energia que não produzem resíduos finais, sendo, portando, consideradas energias limpas”. Os impactos oriundos destas fontes, afirma Bica, ficam restritos às áreas necessárias para a implantação das plantas. “No caso da energia eólica, por exemplo, geram-se impactos às aves que, por ventura, esbarrem nas hélices”, problema que não ocorre com a energia fotovoltaica.

O capitalismo é o único sistema econômico que produz riqueza. Quanto mais aberto o mercado, mais riqueza é gerada. E esse desenvolvimento eleva o número de indústrias e comércios que, por conseguinte, aumenta a demanda de energia. É obrigação dos países, contudo, buscarem ao máximo a preservação do meio ambiente, como pensava o expoente conservador inglês, Roger Scruton.

Nesse sentido, o mercado de energia fotovoltaica é, sim, um caminho sem volta. Ou seja: com esse tipo de tecnologia pode-se gerar riqueza e crescimento nos países com uma energia limpa e muito mais barata.

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Ianker Zimmer

Ianker Zimmer

Ianker Zimmer é jornalista formado pela Universidade Feevale (RS) e pós-graduado em Ciências Humanas: Sociologia, História e Filosofia pela PUCRS. É autor de três livros, o último deles "A mente revolucionária: provocações a reacionários e revolucionários" (Almedina, 2023).

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