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O cadáver petista

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caixão

O governo está morto. A constatação não é dada apenas pelos milhões de brasileiros que estremeceram o país no dia 15 de março. A articulação política é inexistente, o descompasso entre o mundo palaciano e a realidade da rua é faraônico, a guerra entre Executivo e Legislativo é declarada, o clima no Congresso é de apreensão e nitroglicerina pura, a economia está na UTI, o PT está em guerra interna aberta, a base aliada se dissolveu, presa que está ao conluio do Petrolão. Enfim, não sobrou nada da gestão Dilma, a não ser um pesado cadáver que inviabiliza nosso avanço e as medidas que são necessárias para reabilitar o país.

É preciso deixar claro um fato: as manifestações espontâneas que ocorrem no país são declaradamente paliativas. Elas não se pretendem precursoras de um debate amplo sobre as possíveis reformas políticas que urgem na agenda nacional. Tampouco é uma indignação genérica contra a corrupção que viceja. Não se trata de nada disso. O alvo é o governo petista. O objetivo é o impeachment da presidente. O lema é “Fora Dilma!”. E assim deve ser.

 

É claro que o Brasil precisa modificar o modo como se dá sua organização institucional e política. É preciso discutir métodos de reformar o sistema de modo que ele seja mais representativo e mais propício às boas práticas. Tudo isso, entretanto, não virá diante do contexto atual. O fato é que Brasil está irremediavelmente engessado diante da convulsão do petismo.

Os brasileiros querem mudanças de longo prazo, mas parecem convencidos de que essas mudanças não podem ser propostas pelo governo que aí está. Esse é o ponto. Não há legitimidade para que a administração mais corrupta de todos os tempos queira deliberar sobre métodos probos de se praticar a vida pública. Um debate de escala ampliada sobre voto obrigatório ou voto facultativo, financiamento público ou privado, voto em lista ou distrital, distrital puro ou distrital misto, fim da reeleição, entre outros tantos temas, precisa ser feito em um ambiente mais oxigenado do que temos agora, que gira em torno de uma gigantesca operação da Polícia Federal, de uma CPI imprevisível na Câmara, e do degringolar de nossas finanças.

Durante todos esses longos anos, Lula e Dilma tiveram as maiores bases políticas do Ocidente. Tinham as ferramentas para modificar o que achavam que devia ser modificado. O fato é que não o fizeram. E não fizeram por uma simples razão: eles nunca tiveram comprometimento com algo que não fosse o projeto de poder de seu partido. As coalizações lideradas pelo PT só serviram para inchar a máquina, subsidiar as oligarquias aliadas e impedir CPIs. Noves fora, eles se valeram de todos os esquemas criminosos para montar bancadas paralelas e ilegais, estuprando a independência entre os poderes. Se não fizeram no passado, quando tinha condições para tanto, qual o motivo de agora de tentarem colocar algo em prática, exatamente quando definham publicamente?

Há 46 meses de governo Dilma pela frente. É um tempo que o país não pode perder. O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, afirmou que desejava ver Dilma sangrar. O senador parece ignorar que ao fazê-lo, condena o país à estagnação total e ao fardo de carregar o PT por longos anos antes da próxima eleição. Isso é o descaminho. Isso é o atraso. A pretexto de fulminar o adversário em um pleito futuro, Aloysio dará cabo do Brasil no presente

A queda de Dilma, por renúncia ou por impeachment, seria um alívio imediato para nós. Seria nossa carta de alforria do bolivarianismo que corrompe as instituições. A ascensão de Michel Temer, longe de satisfazer os brasileiros cansados de corrupção, ao menos daria alguma estabilidade ao ambiente. O PT seria isolado na oposição, cumprindo o seu velho papel de tentar inviabilizar as boas práticas que consolidaram aquilo que hoje ainda funciona no país. O PMDB, um partido não revolucionário e não herdeiro do bolchevismo, ao contrário daquele que hoje nos governa, se obrigaria a compor uma nova maioria no Congresso, formada também por quadros ligados à oposição. O novo ambiente propiciaria um cenário mínimo para que algumas das medidas modificadoras fossem aplicadas, ainda que em pequena escala. Em pouco mais de três anos, com um governo transitório e dedicado a reconstruir a imagem do país interna e externamente, sob firme pressão das ruas, as coisas voltariam aos trilhos, assim como o ambiente de debates adequado para a discussão do país.

Se você é a favor de uma reforma política, do saneamento das contas públicas, da austeridade fiscal e do trabalho livre de apuração das investigações da Lava Jato, é preciso voltar às ruas defendendo a queda do atual governo. Não há meio termo. Não há outro caminho. Para o desenvolvimento institucional, legal e financeiro do país é preciso que Dilma deixe a presidência e seus acólitos socialistas sejam expelidos dos cargos que atualmente ocupam. Se quisermos sair da cova, é preciso antes tirar o cadáver do PT que atualmente está em cima do Brasil, e fedendo muito.

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Guilherme Macalossi

Guilherme Macalossi

Bacharel em Direito pela UCS e estudante de jornalismo na UNISINOS. É apresentador do programa Confronto, na Rádio Sonora FM

4 comentários em “O cadáver petista

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    20/03/2015 em 10:16 pm
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    O que o governo nos tem oferecido em troca dos altos impostos, do aparelhamento das instituições públicas e dos esquemas de corrupção, dos financiamentos via caixa dois nas campanhas políticas…a verdade é que o PT se tornou tão sujo que deveria mudar de cor e até de existir, o mínimo que se espera de uma presidente é que consiga dialogar com o congresso, nem precisaria de tantos ministros…esperamos que o fim da Dilma e PT chegue logo.

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    19/03/2015 em 3:38 pm
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    Você está certo. Mas antes o Impeachment.

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    18/03/2015 em 12:53 pm
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    O grito nas ruas era: “FORA PT E LEVA A DILMA COM VOCÊ”

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    18/03/2015 em 12:45 pm
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    Prezado Macalossi,

    PT não tem que ir para oposição, PT tem que ser EXTINTO (http://www.dcomercio.com.br/categoria/opiniao/queda_de_braco). Impeachment de Dilma, extinção do PT e convocação de novas eleições dentro da legalidade e da ordem constitucional é o caminho a ser seguido, e se o PT quiser radicalizar com seu “exército” brancaleone do MST, Forças Armadas devem ser convocadas para garantir a ordem. Cabe à oposição ter a coragem de se unir para por isso em prática, chega de PT e suas forças auxiliares, o momento é agora.

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