Nossa relação com o estado é como a de uma mulher de malandro
Nossa relação com o estado é como mulher de malandro. De que adianta ser bem tratada de vez em quando, com flores, presentes ou afagos, se é espancada sempre que reclama que tem seu dinheiro roubado da carteira ou que deve cumprir obrigações à força?
A diferença entre a mulher de malandro e o pobre cidadão é que nossa união estável com o estado é compulsória, imposta unilateralmente por ele.
É por isso que nós, vítimas dessa coerção, sancionamos nosso algoz para parecer que a relação é consentida. Só que não é.
O estado abusa por deter o monopólio da coerção nas suas mãos e nos submetemos a isso pela nossa covardia de não querermos enxergar a realidade e a natureza dessa relação.
Argumentamos ceticamente para nós mesmos, como iríamos viver se isso fosse diferente?
Eu respondo, infinitamente melhor. Numa relação verdadeiramente consentida, o estado só usa de coerção para inibir e combater a sua iniciação.
O estado não quer tirar o nosso dinheiro só para nos satisfazer, como malandro que é, usa o que tira da gente para dar flores, presentear e afagar qualquer mulher que resolva lhe retribuir os favores.