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Marxismo e a morte dos filósofos – A origem do totalitarismo

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Karl-Marx-BiographyA filosofia coloca em dúvida todas as verdades.

É a salvaguarda de que nunca haverá a verdade final.

É o oceano no qual o ser humano vê a sua própria eterna ignorância.

Quando uma filosofia política defende que o filósofo não veio ao mundo para pensá-lo, mas transformá-lo (Marx), elimina-se, assim o espaço da dúvida.

Só há certeza.

E não há ninguém mais que possa questionar o que vem sendo dito.

Neste exato momento, no qual a filosofia deixa de existir no seu papel de espaço da dúvida, a teoria marxista deixa o campo teórico e passa para a seara religiosa.

Há algo ali, um dogma, que não há ninguém na terra que possa questionar.

Não há uma instância do pensamento superior. A arrogância desta afirmação é similar à outras teorias, que se veem como finalistas.

Depois dela, não há mais nada.

Os filósofos (aqueles que duvidam) deixam agora de exercer a sua função e passam a difusores de uma doutrina inquestionável.

Ao matar a dúvida filosófica, Marx sai da teoria e abraça a religião.

Faz do Marxismo algo que deixou de ser conquistado pela razão, pois há dogmas pétreos, independente da experiência.

O totalitarismo marxista vem daí. Ou se reflete também aí.

Não há ninguém no mundo que possa questionar a verdade estruturante.

Nem a experiência e nem os filósofos.

Maria era virgem, mas concebeu Jesus. Assim como a história nós levará inevitavelmente ao comunismo.

Religião é o espaço da fé.
Política, da razão, da eficácia diante da experiência histórica.

No momento em que não há ninguém, nenhuma instância, que possa duvidar daquela verdade…

O filósofo está morto.
A razão está banida.

Sai o pensamento, entra a fé.
Sai um movimento político, entra um religioso, fundamentalista

* A partir da leitura de O Caminho da Servidão, de Hayek.

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Carlos Nepomuceno

Carlos Nepomuceno

Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense/IBICT Instituto Brasileiro em Ciência e Tecnologia com a tese “Macro-crises da Informação”. Jornalista e consultor especializado em estratégia no mundo Digital, desde 1995 com foco no apoio à sociedade a lidar melhor com essa passagem cultural, reduzindo riscos e ampliando oportunidades. Atualmente, se dedica a implantação de laboratórios de inovação digital participativos em organizações públicas e privadas, incluindo Escolas. Atualmente, tem ajudado neste campo a IplanRio, empresa de tecnologia da Prefeitura do Rio de Janeiro e a Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro e a ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre, entre outros. Professor nos seguintes cursos do Rio: MBA de Gestão de Conhecimento do CRIE/Coppe/UFRJ, Gestão Estratégica de Marketing Digital e/ou Mídias Digitais nos cursos de Pós-graduação da Faculdade Hélio Alonso (IGEC) e Mídias Digitais Interativas no Senac/RJ, bem como, em diferentes curso de pós, MBA da Universidade Veiga de Almeida, além disso, professor do IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo. Palestrante do AgendaPolis (Brasília), onde já promoveu oito encontros sobre o tema “Governo 2.0” para organizações dos Governos Federal, Estadual e Municipal. Autor do livro “Gestão 3.0 e a crise das organizações tradicionais”, publicado pela Editora Campus/Elsevier, em agosto de 2013. Escolhido como um dos 50 Campeões brasileiros de inovação, pela Revista Info, em 2007. É também co-autor junto com Marcos Cavalcanti do primeiro livro sobre Web 2.0 no Brasil: Conhecimento em Rede, da Editora Campus/Elsevier, utilizado em vários concursos públicos, incluindo o do BNDES.

4 comentários em “Marxismo e a morte dos filósofos – A origem do totalitarismo

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    15/06/2015 em 9:33 am
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    ACABOU O ARGUMENTO ENTÃO VAMOS ATACAR O FILÓSOFO!!!

    Marx não contou o final da história, e sim, elevou questões sociológicas sobre a desigualdade e evolução do ser humano como fim (Kant). Aqui pouco se fala sobre a liberdade. Perseguir pensadores como Marx e Paulo Freire é também perseguir o fruto de grandes filósofos como Adam Smith e Immanuel Kant. Todos eles, os quatro, pensam na liberdade do ser humano num mundo hipotético onde o homem é o centro do interesse coletivo e não uma bateria com 30 anos de validade.

    Agora o uso do discurso de igualdade para favorecer discursos demagógicos não está vinculado ao filósofo, mas no líder que pretende um regime totalitarista.

    Os Romanos poderiam ter continuado com o seu culto aos “Deuses Planetas”, mas enxergaram no conceito do Cristo uma ferramenta de dominação intelectual das “massas judaicas oprimidas”.

    Quando falamos de política, o discurso é o caminho que edifica a liderança, qualquer líder hoje, num contexto de crise, desigualdade e fome, vai usar o discurso com base nos pensamentos de Marx, com um único objetivo: Poder!

    Poderiam usar o discurso de Mises, mas ele não foi tão bom pensador e redator como Carl Marx e Adam Smith. Então, o que podemos fazer é educar nossos pequenos brasileiros para eles criticarem a sua realidade, para quem sabe um dia, a Liberdade possa fazer valer o seu papel nesse País.

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    11/06/2015 em 12:47 pm
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    Eu FUI marxista.

    Estudei e percebi o equívoco de questionar o capitalismo;

    Hoje me considero um liberal 3.0, ou um pontista.

    Uma pessoa que defende a descentralização de poder, via tecnologia, tendo como bandeira a livre concorrência, reduzindo ao máximo o tamanho do Estado, que é uma estrutura engessada.

    Procuro sempre questionar o marxismo com argumentos, evitando o debate moral, de bom, mau, certo, errado.

    É algo ineficaz e que nos trará perda de qualidade de vida e de liberdade.

    Grato pelo comentário, Dante.

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    10/06/2015 em 11:27 am
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    Sou ateu, não acredito no MARXISMO

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    09/06/2015 em 8:24 pm
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    Dr. Carlos, brilhante texto. Como falamos no Exército, claro, preciso, conciso e objetivo. Pela foto, o Sr. é muito jovem, por isso peço desculpas pela pergunta, que não é pessoal: Como o Sr. escapou da doutrinação marxista, com a qual deve ter sido bombardeado provavelmente desde o 2º Grau? Sei de inúmeros casos de mestres e doutores perseguidos e que tiveram suas dissertações e teses desaprovadas, justamente por enfrentarem a maré gramsciana. Agradeceria sua resposta.

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