Marxismo e a morte dos filósofos – A origem do totalitarismo
A filosofia coloca em dúvida todas as verdades.
É a salvaguarda de que nunca haverá a verdade final.
É o oceano no qual o ser humano vê a sua própria eterna ignorância.
Quando uma filosofia política defende que o filósofo não veio ao mundo para pensá-lo, mas transformá-lo (Marx), elimina-se, assim o espaço da dúvida.
Só há certeza.
E não há ninguém mais que possa questionar o que vem sendo dito.
Neste exato momento, no qual a filosofia deixa de existir no seu papel de espaço da dúvida, a teoria marxista deixa o campo teórico e passa para a seara religiosa.
Há algo ali, um dogma, que não há ninguém na terra que possa questionar.
Não há uma instância do pensamento superior. A arrogância desta afirmação é similar à outras teorias, que se veem como finalistas.
Depois dela, não há mais nada.
Os filósofos (aqueles que duvidam) deixam agora de exercer a sua função e passam a difusores de uma doutrina inquestionável.
Ao matar a dúvida filosófica, Marx sai da teoria e abraça a religião.
Faz do Marxismo algo que deixou de ser conquistado pela razão, pois há dogmas pétreos, independente da experiência.
O totalitarismo marxista vem daí. Ou se reflete também aí.
Não há ninguém no mundo que possa questionar a verdade estruturante.
Nem a experiência e nem os filósofos.
Maria era virgem, mas concebeu Jesus. Assim como a história nós levará inevitavelmente ao comunismo.
Religião é o espaço da fé.
Política, da razão, da eficácia diante da experiência histórica.
No momento em que não há ninguém, nenhuma instância, que possa duvidar daquela verdade…
O filósofo está morto.
A razão está banida.
Sai o pensamento, entra a fé.
Sai um movimento político, entra um religioso, fundamentalista
* A partir da leitura de O Caminho da Servidão, de Hayek.
ACABOU O ARGUMENTO ENTÃO VAMOS ATACAR O FILÓSOFO!!!
Marx não contou o final da história, e sim, elevou questões sociológicas sobre a desigualdade e evolução do ser humano como fim (Kant). Aqui pouco se fala sobre a liberdade. Perseguir pensadores como Marx e Paulo Freire é também perseguir o fruto de grandes filósofos como Adam Smith e Immanuel Kant. Todos eles, os quatro, pensam na liberdade do ser humano num mundo hipotético onde o homem é o centro do interesse coletivo e não uma bateria com 30 anos de validade.
Agora o uso do discurso de igualdade para favorecer discursos demagógicos não está vinculado ao filósofo, mas no líder que pretende um regime totalitarista.
Os Romanos poderiam ter continuado com o seu culto aos “Deuses Planetas”, mas enxergaram no conceito do Cristo uma ferramenta de dominação intelectual das “massas judaicas oprimidas”.
Quando falamos de política, o discurso é o caminho que edifica a liderança, qualquer líder hoje, num contexto de crise, desigualdade e fome, vai usar o discurso com base nos pensamentos de Marx, com um único objetivo: Poder!
Poderiam usar o discurso de Mises, mas ele não foi tão bom pensador e redator como Carl Marx e Adam Smith. Então, o que podemos fazer é educar nossos pequenos brasileiros para eles criticarem a sua realidade, para quem sabe um dia, a Liberdade possa fazer valer o seu papel nesse País.
Eu FUI marxista.
Estudei e percebi o equívoco de questionar o capitalismo;
Hoje me considero um liberal 3.0, ou um pontista.
Uma pessoa que defende a descentralização de poder, via tecnologia, tendo como bandeira a livre concorrência, reduzindo ao máximo o tamanho do Estado, que é uma estrutura engessada.
Procuro sempre questionar o marxismo com argumentos, evitando o debate moral, de bom, mau, certo, errado.
É algo ineficaz e que nos trará perda de qualidade de vida e de liberdade.
Grato pelo comentário, Dante.
Sou ateu, não acredito no MARXISMO
Dr. Carlos, brilhante texto. Como falamos no Exército, claro, preciso, conciso e objetivo. Pela foto, o Sr. é muito jovem, por isso peço desculpas pela pergunta, que não é pessoal: Como o Sr. escapou da doutrinação marxista, com a qual deve ter sido bombardeado provavelmente desde o 2º Grau? Sei de inúmeros casos de mestres e doutores perseguidos e que tiveram suas dissertações e teses desaprovadas, justamente por enfrentarem a maré gramsciana. Agradeceria sua resposta.