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A sabedoria de Marco Túlio Cícero (106–43 a.C.)

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Nosso homenageado de hoje é Marco Túlio Cícero (106–43 a.C.). Cícero foi jurista, político, escritor, orador e filósofo da República Romana, eleito cônsul em 63 a.C. A redescoberta das cartas de Cícero por Petrarca é geralmente considerada como um dos eventos iniciais do Renascimento, no século XIV, nos assuntos públicos, humanismo e na cultura romana clássica. O pico da autoridade e prestígio de Cícero se deu durante o Iluminismo, no século XVIII, e seu impacto sobre os principais pensadores iluministas, como John Locke, David Hume e Montesquieu, foi substancial.

Enquanto Cícero, o humanista, influenciou profundamente a cultura do Renascimento, Cícero, o republicano, inspirou os pais fundadores dos Estados Unidos. John Adams disse sobre ele: “Todas as idades do mundo não produziram um estadista e filósofo … maior do que Cícero”. Thomas Jefferson cita Cícero como uma das poucas figuras que contribuíram para uma tradição do “direito público” que serviu de fonte para seu rascunho da Declaração de Independência e deu forma à compreensão norte-americana da base no “senso do comum” para o direito de revolução. Jim Powell (historiador do liberalismo) começa seu livro sobre a história da liberdade assim: “Marco Túlio Cícero expressou os princípios que tornaram-se a fundação da liberdade no mundo moderno. Ele insistiu na primazia dos padrões morais sobre as leis do governo. Esses padrões tornaram-se conhecidos como lei natural. Acima de tudo, declarou Cícero, o governo é moralmente obrigado a proteger a vida humana e a propriedade privada. Quando o governo descontrola-se, as pessoas têm o direito de se rebelar – Cícero honrou os indivíduos ousados que ajudaram a derrubar os tiranos.”

“Quando um governo se torna poderoso, é destrutivo, extravagante e violento; é um usurário que pega o pão de bocas inocentes e priva os homens honrados de sua substância, por votos com os quais se perpetuam.”

“O orçamento deve ser equilibrado, o tesouro reabastecido, a dívida pública reduzida, a arrogância do funcionalismo temperada e controlada.”

“Embora a liberdade seja estabelecida por lei, devemos estar vigilantes, pois a liberdade para nos escravizar está sempre presente sob essa mesma liberdade. Nossa Lei fala do “bem-estar geral do povo”. Sob essa frase todos os tipos de excessos podem ser empregados por tiranos tiranos.”

“Nunca houve um governo que não fosse composto de mentirosos, malfeitores e ladrões.”

“Existe uma lei, não escrita em qualquer lugar exceto inata em nossos corações; uma lei que nos chega não por treinamento ou costume ou leitura, mas por derivação, absorção e adoção da própria natureza; uma lei que nos chegou não da teoria, mas da prática, não por instrução, mas por intuição natural. Refiro-me à lei que estabelece que, se nossas vidas são ameaçadas por conspirações ou violência ou ladrões armados ou inimigos, todo e qualquer método de nos proteger é moralmente correto.”

“Um burocrata é o mais desprezível dos homens, embora ele seja necessário, pois os abutres são necessários, mas dificilmente admiramos abutres, com quem os burocratas se parecem estranhamente. Ainda não encontrei um burocrata que não fosse insignificante, monótono, quase sem inteligência, astuto ou estúpido, um opressor ou ladrão, um detentor de pouca autoridade na qual ele se deleita… Quem pode confiar em tais criaturas?”

“O que é moralmente errado nunca pode ser vantajoso… O mero ato de acreditar que algum curso errado de ação constitui uma vantagem é pernicioso.”

“Os sábios são instruídos pela razão, mentes medianas pela experiência, o estúpido pela necessidade e o bruto pelo instinto.”

“A liberdade é tornada ainda mais preciosa pela lembrança da servidão. Não espere até que a liberdade se vá antes que você a aproveite, valorize, apoie, proteja e aproveite ao máximo!”

“Pois de uma população tão desgovernada escolhe-se geralmente como líder alguém ousado e inescrupuloso, que reclama os favores das pessoas dando-lhes a propriedade de outros homens. Para tal homem, a proteção do cargo público é dada e continuamente renovada. Ele surge como um tirano sobre as próprias pessoas que o elevaram ao poder.”

“Aqueles que dizem que devemos amar nossos concidadãos, mas não os estrangeiros, destroem a fraternidade universal da humanidade, sem as quais a benevolência e a justiça perecem para sempre.”

“Eu sempre fui da opinião de que a impopularidade obtida ao fazer o que é certo não é impopularidade alguma, mas glória.”

“Mais leis, menos justiça.”

“O que é permissível nem sempre é honroso.”

“A recuperação da liberdade é algo tão esplêndido que não devemos evitar a morte quando procuramos recuperá-la.”

“É difícil definir limites para o preço a menos que você primeiro estabeleça limites para o desejo.”

“Essa licença excessiva, que os anarquistas pensam ser a única liberdade verdadeira, fornece o alimento, por assim dizer, do qual um tirano cresce.”

“Nesta declaração, Cipião, eu construo em sua própria definição admirável, que não pode haver comunidade, propriamente dita, a menos que seja regulada por uma combinação de direitos. E, por essa definição, parece que uma multidão de homens pode ser tão tirânica quanto um único déspota e, de fato, essa é a mais odiosa de todas as tiranias, já que nenhum monstro pode ser mais bárbaro do que a multidão que assume o nome e a máscara do povo.”

“Que emprego mais nobre, ou mais valioso para o estado, do que aquele do homem que instrui a nova geração?”

“O que então é liberdade? O poder de viver como se deseja.”

“Até certo ponto, eu comparo a escravidão à morte.”

“Os preceitos da lei são: viver honestamente, não ferir ninguém e conceder aos demais os seus direitos.”

“Quando o tempo e a necessidade exigirem, devemos resistir com toda a nossa força e preferir a morte à escravidão e à desgraça.”

“De acordo com a lei da natureza, é injusto que alguém se torne mais rico à custa de danos e prejuízos sofridos por outro.”

“Para aqueles que estão envolvidos em negociações comerciais, a justiça é indispensável para a condução dos negócios.”

“A prosperidade exige de nós prudência e moderação.”

“Pode haver maior tolice do que o respeito que você paga às pessoas coletivamente quando as despreza individualmente?”

“A vitória é por natureza insolente e arrogante.”

Não culpe César, culpe o povo de Roma que o aclamou e adorou com tanto entusiasmo, e se alegrou com a perda da liberdade e dançou em seu caminho e lhe deu procissões triunfais. Culpe as pessoas que o saúdam quando ele fala no Fórum da ‘nova e maravilhosa boa sociedade’ que agora será Roma, interpretada como significando ‘mais dinheiro, mais facilidade, mais segurança, mais viver de forma gorda às custas dos industriosos. ‘

“Existem duas maneiras de resolver conflitos, através da violência ou através da negociação. A violência é para animais selvagens, a negociação é para seres humanos.”

 

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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