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“Maconha faz mal”. Jura?

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Nunca fumei, mas convivi com muitos usuários de maconha na faculdade de arquitetura. Fui testemunha de um verdadeiro culto à erva que, segundo eles, “expande a mente”. Sempre duvidei disso, mas nunca recriminei alguém por gostar de fumar. Cada um que cuide de sua vida.

Mas a convivência com usuários de maconha me fez ver de perto muitos dos efeitos da droga, tais como lapsos de atenção e lentidão de raciocínio, além da dependência dela para começar o dia, manter relacionamentos sociais e até para dormir.

De alguns anos para cá, venho reencontrando muitas pessoas “daqueles tempos”. As que continuaram naquele mesmo “ritmo” ainda estão vagando por aí, tentando se encontrar no mundo. Alguns se afundaram noutras drogas.

Os que pararam de fumar sempre começam a conversa comigo desse jeito: “Parei com a maconha, estou limpo”. Expressando libertação, afirmam que a vida melhorou, que passaram a se preocupar mais com a saúde e com o trabalho.

Escutei isso de pessoas que outrora tinham discursos convictos sobre os benefícios do consumo de maconha. Então, posso concluir que maconha é uma porcaria mesmo.

Na semana passada, a BBC Brasil repercutiu uma pesquisa da USP (link) que derruba a tese de que a maconha substitui a vontade por drogas mais pesadas, como cocaína e crack. Muito pelo contrário. Piora o vício em todas elas.

Incontáveis outros estudos já haviam desmistificado a maconha como “erva santa”, mas o que sempre predominou no meio cultural e nos partidos de esquerda foi a pregação da maconha como uma dádiva da natureza, portanto, “legalize já”.

Como liberal, também defendo a legalização da maconha, mas por razões muito diferentes.

Liberais NÃO defendem o consumo de maconha, nem de qualquer coisa. Liberais não pregam o que as pessoas devem ou não fazer. Liberais defendem que cada indivíduo seja responsável por seus atos. Liberais defendem a legalização da maconha, assim como defendem o livre comércio. É uma questão de princípio.

Liberais reconhecem todos os males das drogas, mas reconhecem também que a proibição potencializa esses males e cria outros.

Socialistas, no entanto, não defendem a legalização da maconha baseando-se numa teoria de liberdade individual. O que eles fazem é manipular os usuários para tê-los como militantes políticos.

A campanha de legalização da maconha promovida pela esquerda é, fundamentalmente, uma campanha de alienação coletiva, para que os jovens vejam o uso da erva como um ato de transgressão social e de elevação espiritual.

Tal campanha traz consigo a criminalização da polícia, das armas, da fé e da família tradicional; mas ela é voltada apenas para os jovens de classe média e alta que predominam nas universidades, onde podem comprar e consumir drogas sem preocupações.

Nenhum partido ou movimento de esquerda ousa pregar sobre os “benefícios” da maconha entre moradores de favelas e periferias, porque seus moradores vivem o inferno causado pelos traficantes que aliciam adolescentes, transformando-os em soldados numa guerra prioritariamente entre eles mesmos, por disputas de poder e território. Nenhuma mãe pobre quer ver seu filho drogado ou traficando. Ela quer vê-lo na escola, depois trabalhando, construindo a vida com honestidade e lucidez.

A esquerda foca a campanha de legalização da maconha na classe média e alta porque as vítimas do vício têm suporte financeiro. Seus filhotes recebem a droga no conforto de suas casas. Alguns orgulhosamente plantam em suas varandas e jardins, como o palhacinho Gregório Duvivier. Se a dívida cresce, eles recorrem a familiares e amigos endinheirados. Se são pegos pela polícia, têm bons advogados para salvá-los. Se se tornam viciados ao ponto de causar problemas familiares, são mandados para clínicas de reabilitação distantes da cidade. Ninguém comenta. A imprensa nem noticia mais casos de overdose. Recomendo o livro (não o filme) Meu nome não é Johnny, em que um jovem de classe média do Rio de Janeiro torna-se viciado e depois traficante, tornando-se logo o maior da zona sul carioca. Quando foi finalmente preso, teve um ótimo advogado para cuidar de sua causa e uma juíza “sensível”. Então, pegou uma pena leve, voltou à vida festiva e ganhou muito dinheiro com o livro e o filme sobre sua grande aventura.

Em paralelo a isso, o que temos nas calçadas das grandes cidades? Dezenas de milhares de homens e mulheres pobres viciados em drogas, fugidos de seus bairros de periferia por causa de dívidas com traficantes e de problemas familiares e com vizinhos. 

Os socialistas, sem escrúpulo algum, lançam a narrativa de que essas pessoas são “excluídas pelo capitalismo” e precisam ser assistidas por programas estatais. A sociedade ingênua acredita. Para colocá-los em prática, são criados órgãos para empregar uma infinidade de militantes de esquerda, passando a integrar a rede de apoio aos governos, movimentos e outras pautas socialistas.

A esquerda ainda vai impondo leis de proteção aos traficantes e aos delinquentes, e também de direitos dos viciados em drogas.

Obviamente, a violência dispara. Traficantes guerreiam entre si com cada vez mais liberdade. As vítimas são utilizadas pela esquerda para compor a narrativa de que a polícia está exterminando “jovens pobres negros”.

O conjunto dessas e de outras ações da esquerda relacionadas à maconha vai corroendo a sociedade, preparando o ambiente político para a chegada ao poder de um partido de esquerda que NÃO fará nada para legalizar a maconha, mas terá todo um respaldo democrático para ter poder de interferência sobre a vida privada.

Governos de esquerda ainda sob sistemas democráticos administram o caos gerado pelo estímulo ao consumo de drogas porque isso vai destruindo a estrutura familiar em larga escala, criando uma massa de jovens rebeldes e ingratos, fazendo com que a sociedade como um todo se preocupe mais com a violência urbana do que com a economia.

Então, o governo lança programinhas disso e daquilo contra a criminalidade e de amparo aos viciados enquanto vai tomando o controle do mercado por meio do crédito, de intervenções, de regulações e de subsídios. Com tanto dinheiro no bolso, compra o legislativo e o judiciário.

Quando a economia entra em colapso e a sociedade começa a se rebelar, os socialistas no poder já contam não apenas com uma imensa rede de militantes tradicionais, mas também com grupos de traficantes fortemente armados e experientes em guerrilha urbana.

Dessa forma, a bandidagem cumpre a missão de “pacificar a sociedade” – termo utilizado pelos comunistas na URSS e na China –, expulsando do país ou simplesmente eliminando fisicamente a resistência civil. Passo seguinte: já com o status de ditadura, o regime massacra a bandidagem que ele mesmo financiou e torna ainda mais rígidas as leis contra as drogas porque, como a esquerda mesma sabe desde sempre, droga é droga, é ruim, e ele precisará de escravos lúcidos e sadios para sustentá-lo − vide Cuba, onde a legislação antidrogas é muito mais dura que a do Brasil.

Que fique bem claro: os liberais defendem a legalização da maconha sem qualquer estímulo ao uso, protegendo a inocência de crianças e adolescentes, conferindo a ela o rótulo de droga e impondo aos produtores, comerciantes e usuários rígidas normas de responsabilidade, como podemos ver em alguns estados americanos. 

Quem quiser conhecer o trabalho desse artista reacionário ultraliberal extremista e que não fuma maconha, estou no instagram: @demeloarte 

Lá, nada de política!

https://www.bbc.com/portuguese/geral-51114635

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João Cesar de Melo

João Cesar de Melo

É militante liberal/conservador com consciência libertária.

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