O Estado mexicano como “ogro filantrópico”, segundo Octavio Paz (1914-1998) (segunda parte)

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A marginalidade não é apenas o esforço do escritor para se manter livre da concupiscência pelo poder e pelos holofotes. Essa é uma das suas condições fundantes. Mas existe outra: o exercício crítico da razão. Este é, justamente, o aspecto que faltou na Espanha e em Ibero-America, ao passo que se encontra em outros países como a França e a Inglaterra, que souberam submeter os princípios que alimentaram o convívio social ao crivo purificador da crítica. O escritor como franco-atirador: à luz dessa imagem, Octavio Paz simbolizava a função desestabilizadora do pensador e do escritor. A respeito, escrevia o nosso autor:

“A crítica é, para mim, uma forma livre de compromisso. O escritor deve ser um franco-atirador, deve suportar a solidão, se sentir um marginal. Que os escritores sejamos marginais é uma condena que é uma bênção. Ser marginais pode conferir validez à nossa escrita. E devo dizer algo mais sobre a crítica: para mim, a crítica é criadora. A grande diferença entre França e Inglaterra, de um lado, e Espanha e Ibero-America, de outro, é que nós não tivemos século XVIII. Não tivemos nenhum Kant, Voltaire, Diderot, Hume [16].

Marginais têm sido, na sociedade moderna, notadamente os poetas, os amantes e os artistas. Somos marginais quando nos erguemos por sobre o cálculo egoísta, a fim de descobrirmos o homem. Octavio Paz professava uma espécie de quixotismo kantiano, que o levava a valorizar o herói que faz da prática da liberdade o grande imperativo que movimenta a sua vida, deixando para trás o cálculo e a preocupação com o dinheiro. A respeito, escrevia:

“Creio que há uma oposição fundamental entre o que eu denomino de a realidade e a outra realidade. Há uma frase de Marx (está no Manifesto Comunista) que Luis Buñuel (1900-1983) pensou em utilizar como subtítulo do seu filme La Edad de Oro. (…) O tema desse filme é a sorte do amor no mundo moderno. A frase de Marx é, em espanhol, um alexandrino perfeito: En las aguas heladas del cálculo egoísta. Isso é a sociedade. Por isso o amor e a poesia são marginais” [17].

O grande carrasco dos escritores livres no século XX foi, sem dúvida, o Estado, nas suas versões autoritária e totalitária. Ele é o grande Leviatã, em cujo altar não poucos artistas e intelectuais depuseram a sua criatividade, em aras do “politicamente correto”. Ora, essa atitude de criminal complacência com o poder que tudo açambarca, tem-se dado tanto à direita quanto à esquerda. Artistas e escritores vítimas do complexo de palco somente se preocuparam por demonstrar alguma coisa para os poderosos de plantão, enquanto os verdadeiros criadores da cultura simplesmente mostraram uma realidade que outros pretendiam ocultar. A literatura denominada de comprometida infelizmente naufragou nas águas do dogmatismo clerical e confessional. A respeito, Paz escrevia:

“A literatura comprometida tem sido doutrinária, confessional e clerical. Não tem servido para liberar, mas para difundir um novo conformismo que encheu o planeta com monumentos à revolução e de campos de trabalho forçado. Movidos por um impulso generoso, muitos escritores e artistas têm pretendido ser os evangelistas da paixão revolucionária e os cantores de sua Igreja militante (o Partido). Quase todos, cedo ou tarde, ao descobrir que se tornaram propagandistas e apologistas de sinuosas práticas políticas, terminaram por abjurar. Contudo, uns quantos, decididos a ir até o fim, acabaram sentados no palco da tribuna onde os tiranos e os algozes contemplam os desfiles e procissões do ritual revolucionário. Devemos dize-lo uma e outra vez: o Estado burocrático totalitário tem perseguido, castigado e assassinado os escritores, os poetas e os artistas com um rigor e uma sanha que teria escandalizado aos próprios inquisidores. Entre as vítimas das tiranias do século XX, tanto à direita quanto à esquerda, encontram-se muitos escritores e artistas mas, salvo conhecidas exceções, a maioria não pertence ao campo dos comprometidos, mas ao domínio dos sem partido e sem ideologia. A arte rebelde do século XX não foi a arte oficialmente revolucionária, mas a arte livre e marginal daqueles que não quiseram demonstrar, mas mostrar” [18].

Octavio Paz alertava para o fato de, no Ocidente desenvolvido e na América Latina, via de regra, os escritores terem sido vítimas do compromisso políticamente correto para com o leninismo, decorrente, em boa medida da agressiva política cultural soviética e cubana, que se especializou na arte de guindar às alturas do jet-set internacional aqueles que se submetessem à propaganda comunista e de ostracizar todos quantos se recusassem a render tributo ao pior dos estatismos, o leninismo. Sem meias-palavras, o nosso autor fez corajosa denúncia desse fenômeno, sem se excluir a si próprio do meio dos que, na juventude, tinham caído nesse erro. Eis as suas palavras a respeito:

“Quase todos os escritores do Ocidente e da América Latina, num momento ou noutro das nossas vidas, às vezes por generoso impulso embora ignorante, outras por debilidade em face da pressão do meio intelectual e outras simplesmente por estar de moda, temos sofrido a sedução do leninismo. Quando penso em Aragon, Eluard, Neruda e outros famosos poetas e escritores estalinistas, sinto o calafrio que me produz a leitura de certas passagens do Inferno [da Divina Comédia de Dante Alighieri]. Começaram de boa-fé, sem dúvida. Como fechar os olhos diante dos horrores do capitalismo e perante os desastres do imperialismo na Ásia, na Africa e na nossa América? Experimentaram um impulso generoso de indignação diante do mal e de solidariedade para com as vítimas. Mas, insensivelmente, de compromisso em compromisso, viram-se envolvidos numa malha de mentiras, falsidades, enganos e perjuros até que perderam a alma (…). Direi mais, que as nossas opiniões nessa matéria não foram simples erros ou falhas da nossa faculdade de julgar. Foram um pecado, no antigo sentido religioso do termo: algo que afeta ao ser por inteiro (…). Esse pecado manchou-nos (…). Digo isso com tristeza e com humildade” [19].

Nessa espécie de preguiça mental causada pela comodidade do politicamente correto, os intelectuais latino-americanos de esquerda tardaram muito tempo em reconhecer o fracasso do comunismo soviético, atribuindo a um “acidente histórico” a realidade do Gulag, sem que isso comprometesse o edifício do socialismo marxista. Esses intelectuais passaram a integrar uma confraria de adoradores fanáticos da ideologia totalitária. Em relação a esse aspecto, escrevia:

“A data desta nota (1951) revela a lentidão com que os intelectuais de esquerda aceitaram, por fim, a existência de um sistema de campos de trabalho forçado na União Soviética e nos países sob a sua dominação. Vinte e cinco anos para admitir a realidade do Gulag e o que significa: a irrealidade do socialismo soviético! Mas faço mal em dizer que foi aceita a significação do Gulag: ainda há muitos intelectuais latino-americanos para os quais esse sistema de opressão não é um traço inerente e essencial do socialismo totalitário, mas apenas um acidente, que não afeta à sua natureza profunda. Um acidente e um incidente que já duram mais de meio século… a resistência a ver a realidade real da União soviética – e a deduzir a consequência necessária: esse regime é a negação do socialismo – é um sintoma a mais da degeneração do marxismo, na sua origem pensamento crítico e hoje superstição pseudo-religiosa. A contribuição de Marx (falo do filósofo, o historiador e o economista, não do autor de profecias que a realidade converteu em cacos) foi imensa, mas a sua sorte foi semelhante à de Aristóteles com a escolástica tardia: o rebanho dos sectários e dos fanáticos fez da sua obra – viva, aberta e felizmente incompleta – um sistema fechado e autossuficiente, um pensamento morto e que mata” [20].

Para identificar a categoria a que pertenciam os seus escritos, o nosso autor preferia se situar na espécie dos que cultuavam o gênero da “literatura política”. Modalidade literária deveras ampla, fruto do exercício da liberdade de pensamento e na qual Octavio Paz arrolava os seus ensaios. Situava nesse gênero, de forma particular, a sua obra El ogro filantrópico. Eis as suas palavras a respeito:

“A literatura política é o contrário da literatura a serviço de uma causa. Brota quase sempre do livre exame das realidades políticas de uma sociedade e de uma época: o poder e os seus mecanismos de dominação, as classes e os interesses, os grupos e os chefes, as idéias e as crenças. Às vezes, a literatura política limita-se à crítica do presente; outras, oferece-nos um projeto de futuro. Vai do panfleto ao tratado, do cahier de dóleances ao manifesto, da apologia ao libelo, da República ao Français encore en effort si vous-voulez être républicains, de la Città del Sole ao 18 Brumário de Luís Napoleão Bonaparte. A literatura mexicana, desde Frei Servando Teresa de Mier a Lorenzo de Zavala e Daniel Cosío Villegas, tem sido particularmente rica em textos de crítica política. A essa tradição mexicana pertence El ogro filantrópico. É composto por uma seleção de artigos e ensaios que escrevi durante os últimos anos quase todos eles publicados em Plural (1971-1976) e em Vuelta. O título provém de um ensaio sobre a peculiar fisionomia do Estado mexicano” [21].

O nosso escritor achava que escrevia literatura política. Situava este gênero literário no contexto da historiografia: quando pretendemos conhecer a estrutura das nossas sociedades, frisava Paz, remontamo-nos às nossas origens, ou seja, fazemos história. Não existe, a bem da verdade, para o escritor mexicano, a sociologia, como ciência autônoma. Ela é uma variante da história. Assim como no século XIX os pensadores sociais – como era o caso de Marx – relacionavam a sociologia com a ciência de moda nesses tempos, a biologia, no século XX Octavio Paz buscava des-positivizar a sociologia tornando-a uma variante da história. O escritor fazia suas as seguintes palavras do historiador francês Paul Veyne (1930-2022): “A fórmula de Newton explica o movimento dos planetas, a patologia microbiana explica a raiva e o aumento de impostos explica a impopularidade de Luís XVI”. As categorias sociológicas, pensava Paz, emergiam dos processos históricos atentamente estudados pelos cientistas sociais. Ora, os sistemas sociológicos não seriam mais do que conjuntos de tipologias justificadas pela história. Estaríamos, aqui, em face de uma proposta bem semelhante à desenvolvida pelos doutrinários na França, notadamente por François Guizot (1787-1874), que pretendia resgatar as características marcantes da sociedade francesa, mediante o rigoroso estudo historiográfico das origens desse país no contexto europeu. A propósito, escrevia Octavio Paz:

“Se quisermos saber algo de física ou de biologia, acudimos a certos princípios e leis que formam um corpo de doutrina mais ou menos invariante; se quisermos saber algo de sociologia, não temos mais remédio que estudar os sucessivos sistemas sociológicos: Émile Durkheim (1858-1917) não exclui a Tocqueville (1805-1859) nem Max Weber (1864-1920) a Vilfredo Pareto (1848-1923). Como estes dois grandes mestres, os jovens mexicanos dos anos 20 interessavam-se pelo problemas sociais e políticos do México, e acreditavam que faziam estudos sociológicos, mas o que praticavam realmente era a história” [22].

Mais do que se definir como sociólogo, historiador ou cientista social, Octavio Paz preferia caracterizar o seu trabalho como o afazer de quem escreve um testemunho humano. Seria a obra de alguém que, consciente da sua radical insatisfação ontológica como pensante e ser livre, pretende legar para a posteridade um registro pessoal do que significou a sua caminhada no seio da sociedade convulsionada do século XX. Diríamos – contraditando, nisto as palavras do próprio Paz – que se trata de obra legítima de historiador, porquanto este é, fundamentalmente, quem se debruça sobre o homem numa determinada época, para reconstruir o que foi o drama do destino humano, alicerçado em testemunhos. Ele é um escritor que constitui prova documental do que é a condição humana. Independentemente de fidelidade a ideologias ou religiões. A sua única fidelidade é para com o homem que duvida e que luta para sobreviver. A propósito dessa dimensão profundamente humanística da sua obra, escrevia Paz:

“Não sou historiador. Minha paixão é a poesia, e minha ocupação, a literatura; nem uma nem outra me dão autoridade para opinar sobre as convulsões e agitações de nossa época. Não sou indiferente, naturalmente, ao que se passa – quem pode sê-lo? – e escrevi artigos e ensaios sobre a atualidade, embora sempre de um ponto de vista que não sei se devo chamar de excêntrico ou simplesmente marginal. Em todo caso, nunca a partir das certezas de uma ideologia com pretensões enciclopédicas, como o marxismo, ou a partir das verdades imutáveis de religiões como a cristã e a islâmica. Tampouco a partir do centro, real ou suposto da história: Nova Iorque, Moscou ou Pequim. Não sei se estes comentários contêm interpretações válidas ou hipóteses razoáveis; sei que expressam reações e sentimentos de um escritor independente da América Latina diante do mundo moderno. Se não é uma teoria, é um testemunho” [23].

O grande problema a ser enfrentado pelo escritor na América Latina e particularmente no México, era a questão da modernização. Octavio Paz destacava que as soluções mirabolantes, alicerçadas na pseudociência, já causaram suficientes estragos nos países latino-americanos. Era chegado o momento em que os escritores auscultassem a alma popular e, a partir das energias dela, elaborassem um projeto humanístico e realista, uma autêntica utopia, não situada nos estreitos limites da linha progressista do tempo linear, mas pensada no contexto do espaço atemporal da tradição mítica. A propósito, escrevia:

“A nossa pobreza é a nossa única riqueza: as pessoas. Essa população desempregada, passiva, ignorante, que parece-nos uma pedra atada no pescoço, pode-se converter em braços que trabalham e inteligências que pensam. Se o armazém de projetos históricos que foi o Ocidente ficou vazio, por que não nos dedicarmos a pensar por conta própria, por que não inventarmos soluções? Alguns, pouco valorizados, começaram a fazê-lo. Por exemplo, Gabriel Zaid (nascido em 1934) nessa série de artigos que publicou em Plural sob o título de Cinta de Moebio. Outros, também, temos pedido para que sejam desenhados novos modelos de desenvolvimento. Por que não discutir esses problemas num âmbito nacional? No fundo, o grande debate da história moderna do México, desde o século XVIII, é o da modernização. Dos jesuítas da Nova Espanha aos liberais de Juárez, dos positivistas porfirianos aos revolucionários do século XX, sem excluir os marxistas e os capitalistas, todos, com diferentes métodos, propuseram uma mesma ideia: a modernização. O progresso foi e é, para todos eles, sinônimo de modernização. Bem poucos intelectuais fizeram a crítica da modernização. A crítica foi feita pelo tradicionalismo do povo mexicano, por alguns poetas (…) e, às vezes, como na época de Zapata, pelo povo pobre em armas. A sua utopia não vinha dos livros. Não era uma utopia progressista mas atemporal, com raízes na tradição oral e não na livresca. Não sugiro voltar a Zapata, nem à ideia autossuficiente, nem ao Neolítico. Penso que nesse sonho dos nossos camponeses há uma semente de verdade: por que não colocar entre parêntese os projetos ruinosos que nos conduziram à desolação que é o mundo moderno e desenhar um outro projeto, mais humilde porém mais humano e mais justo?” [24].

Não se trataria, certamente, de os mexicanos e os latino-americanos em geral reviverem tout-court as tradições míticas dos seus ancestrais ameríndios. Tratar-se-ia sim, de a partir desse chão de valores e representações, a razão elaborar uma proposta referida às particulares condições históricas dos homens desta parte do mundo, de forma a responder aos seus anseios de modernização, mas sem ficarem atrelados ao passado. Incorporar as perspectivas incertas do futuro. Incorporar, também, as experiências dos outros povos, mediante o uso da razão crítica. Incorporar as riquezas da reflexão filosófica ocidental. Mas não parar aí. Com essa bagagem, ter a audácia de pensar, como diria Immanuel Kant (1724-1804): “Sapere aude!” [25]. Esse seria o repto. E, para responder a ele, seria necessário reconstruir o passado à luz da crítica racional, a fim de elaborar propostas viáveis, não simplesmente cópias do que se pensou alhures. Tarefa semelhante à enfrentada, segundo o meu ponto de vista, no seu tempo, pelos filósofos doutrinários na França, sob o firme comando de François Guizot. Pena que o nosso pensador não conhecesse a contento a obra dos Doutrinários. Muitas coisas encontraria, nela, que sintonizariam com os seus anseios. Paz apelava para não copiar mais soluções já feitas por outros povos. Essa atitude copista é a que ele denominava de “moral patrimonialista cortesã”. Eis as suas palavras a respeito:

“A presença da moral patrimonialista cortesã no interior do Estado mexicano é um outro exemplo da nossa incompleta modernidade. Tanto nos estratos mais baixos – a sociedade camponesa e as suas crenças religiosas e morais – quanto na classe média e na alta burocracia, tropeçamos com a mistura desconcertante de traços modernos e arcaicos. A modernização do México, iniciada em fins do século XVIII pelos vice-reis de Carlos III da Espanha (1716-1788), continua sendo um projeto realizado pela metade e que unicamente afeta a superfície das consciências. A maior parte das nossas atitudes profundas em face do amor, a morte, a amizade, a cozinha, a festa, não são modernas. Também não o são a nossa moralidade pública, a nossa vida familiar, o culto à Virgem, a nossa imagem do Presidente…Por quê? (…) Desde a grande ruptura hispânica – a crise do final do século XVIII e a sua consequência: a Independência – os mexicanos temos adotado vários projetos de modernização. Todos eles não só revelam-se imprestáveis, mas desfiguraram-nos. Máscaras de Robespierre e Bonaparte, Jefferson e Lincoln, Comte e Marx, Lenine e Mao: se a história é teatro, o do nosso país tem sido uma mascarada interrompida uma e outra vez pela explosão do motim e da revolta. Não estou a pregar o regresso a um passado imaginário como todos os passados, nem pretendo voltar ao fechamento de uma tradição que nos afogava. Acredito que, como os outros países da América Latina, o México deve encontrar a sua própria modernidade. Em certo sentido deve inventá-la. Mas inventá-la a partir das formas de viver e morrer, produzir e gastar, trabalhar e desfrutar que o nosso povo criou. É uma tarefa que exige, além de circunstâncias históricas e sociais favoráveis, um extraordinário realismo e uma imaginação não menos extraordinária. Não preciso lembrar que o renascimento da imaginação, tanto no domínio da arte quanto no da política, sempre foi preparado e precedido pela análise e pela crítica. Acredito que à nossa geração e à que vem a seguir tocou-lhes esta tarefa. Mas antes de empreender a crítica das nossas sociedades, de sua história e do seu presente, os escritores hispano-americanos devemos começar pela crítica de nós mesmos. O primeiro passo é curarmo-nos da intoxicação das ideologias simplistas e simplificadoras” [26].

[16] PAZ, Octavio. ”El presente y sus pasados”, in: El ogro filantrópico, ob. cit., pp. 34-35.

[17] PAZ, Octavio. “El presente y sus pasados”, in: El ogro filantrópico, ob. cit., p. 37.

[18] PAZ, Octavio. “Propósito”, in: El ogro filantrópico, ob. cit., p. 8.

[19] PAZ, Octavio. “Eros Job”, in: El ogro filantrópico, ob. Cit., pp. 260-261.

[20] PAZ, Octavio. “Propósito”, in: El ogro filantrópico, ob. cit., p. 13.

[21] PAZ, Octavio. “Propósito”, in: El ogro filantrópico, ob. cit., pp. 8-9.

[22] PAZ, Octavio. “El presente y sus pasados”, in: El ogro filantrópico, ob. cit., p. 72.

[23] PAZ, Octavio. Tempo nublado. (Tradução de Sônia Regis). Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1986, pp. 7-8.

[24] PAZ, Octavio. “La letra y el cetro”, in: El ogro filantrópico, ob. cit., p. 338.

[25] KANT, Immanuel. “Respuesta a la pregunta: Qué es la Ilustración?”, in: ERHARD, KANT et alii. Qué es Ilustración? (Estudo introdutório de Agapito Mestre; tradução de Agapito Mestre e José Romagosa). 3ª Edição. Madri: Tecnos, 1993, p. 17.

[26] PAZ, Octavio. “El presente y sus pasados”, in: El ogro filantrópico, ob. cit., p. 99.

*Artigo publicado originalmente no site do autor.

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Ricardo Vélez-Rodríguez

Ricardo Vélez-Rodríguez

Membro da Academia Brasileira de Filosofia e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, professor de Filosofia, aposentado pela Universidade Federal de Juiz de Fora e ex-Ministro da Educação.

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