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Heróis antinazistas

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O grotesco episódio protagonizado pelo agora ex-secretário da Cultura causou o maior reboliço entre as classes falantes e a política brasileira. Roberto Alvim conseguiu em um vídeo manchar o governo Bolsonaro, dar munição ao credo oposicionista de esquerda e reverberar a narrativa fajuta de o presidente ser um neonazista de extrema direita. Desde o bigodudo Waldir Maranhão e a sua tentativa de anular o impeachment da sua companheira Dilma Rousseff eu não vi patacoada maior.

Não há o que conjecturar: Roberto Alvim tem culpa no cartório. Em todas as possibilidades possíveis para encontrar-se uma explicação, ele vacilou. Se fez tudo de caso pensado e juntou a paráfrase a Joseph Goebbels à música de fundo do compositor favorito de Hitler, é um boçal merecedor de todos os adjetivos negativos que recebeu. Se foi vítima de uma sórdida armação por infiltrados esquerdistas na Secretaria de Cultura – hipótese levantada por apoiadores mais fanáticos do presidente Bolsonaro – e não percebeu a trama, é um incompetente que jamais deveria ter sido nomeado para um cargo governamental. Defendê-lo é insanidade pura e simples.

A esquerda brasileira aproveitou a oportunidade dourada para posar de grande humanista e defensora da liberdade. O estamento burocrático repetiu o mesmo modus operandi e deu graças a Deus por mais uma idiotice ministerial. Ambos são os novos paladinos da ética e da candura política.

Mas ambas as poses não passam disso. A esquerda é mais próxima do nazismo do que imagina e o estamento burocrático fez vista grossa ao estabelecimento do projeto de poder petista nos ditames ordenados pelo Foro de São Paulo – de inspiração comunista.

Em primeiro lugar, o nazismo como tal é um movimento revolucionário. A revolução é um projeto de poder no qual a classe dirigente do processo busca alterar a sociedade de cima para baixo, destruindo valores arraigados e substituindo por novos. O futuro prometido deve ser alcançado mediante a transformação do presente. A concentração de poder na esfera estatal é óbvia, pois o meio de ação revolucionário deve vir de um poder que atinja a todos. Para ser mais claro, a revolução nada mais é do que colocar tudo abaixo e construir uma nova ordem das coisas.

Ora, a presente descrição é perfeitamente aplicável às alas mais radicais do iluminismo, ao comunismo e ao próprio nazismo. O movimento revolucionário mundial existe como um todo organizado desde o século XV, com diferentes faces desde então. Comunismo e nazismo são faces da mesma moeda e os seus pormenores não divergem em nada. Ambos são anticristãos, anticapitalistas, cientificistas, favoráveis à subversão da democracia liberal em nome da causa iluminada e – não menos importante – sanguinários ao extremo.

‘’Nós somos socialistas, nós somos inimigos do sistema econômico capitalista atual de exploração dos economicamente fracos, com seus salários injustos, com sua ultrajante avaliação de um ser humano de acordo com sua riqueza e propriedade ao invés de responsabilidade e comportamento, e nós estamos determinados a destruir esse sistema, custe o que custar’’. Essa frase poderia tranquilamente ser atribuída a Manuela d´Ávila, Jandira Feghali ou tutti quanti. Mas foi proferida por Gregor Strasser, um dos líderes do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Partido Nazista.

Algum engraçadinho pode ler o artigo e achincalhar o seu autor com a seguinte esfinge: ‘’o PT é um partido social-democrata e democrático, seu lunático’’. Ao menos é o que escuto da boca de seus defensores. O PT é tão democrático que em sucessivos manifestos e até mesmo em programas de governo explicitou o desejo de censurar a imprensa e fazer uma nova Constituição do seu agrado. O PT é tão adepto da social-democracia que costurou com tiranos da América Latina a instauração de uma União Soviética em solo latino através do Foro de São Paulo. Não entro em detalhes nisso, cansei de insistir em algo óbvio demais para ser negado. Quem tiver curiosidade suficiente que procure informações vitais nas atas do Foro assinadas por líderes esquerdistas que viraram chefes de Estado.

O estamento burocrático assistiu à completa entrega do Brasil ao Foro de São Paulo sem nada falar da tramoia. Parte dele até ajudou no plano. Políticos carreiristas do MDB, do PP e do antigo PRB são culpados nessa história. A oposição do PSDB e do DEM renunciou ao combate ideológico e concentrou-se nas críticas moralistas e eleitorais, anestesiados que estavam pelo bom desempenho econômico de então. Foram cúmplices do caminho totalitário e subversivo que o Brasil estava a trilhar e não falaram absolutamente nada em relação a isso. Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e tutti quanti são culpados pela covardia com que lidaram com a ameaça comunista representada pelo PT.

Agora, com a trapalhada de um governo direitista, ambos querem apontar o dedo para o presidente Bolsonaro e seus apoiadores. Querem ser heróis antinazistas. A sujeira da esquerda brasileira impossibilita qualquer credibilidade que as suas bravatas tenham. Ela é mais próxima do nazismo do que imagina e, como classe revolucionária, os seus meios de ação são exatamente iguais aos dos nazistas.

Aos conservadores brasileiros: não dependam do Estado para nada. A retomada dos valores morais, da alta cultura e da cosmovisão cristã como plataforma política e cultural deve ser feita de forma independente e através de think tanks, como ocorre nos Estados Unidos – e com ampla aceitação dos conservadores americanos. Escrevo no Instituto Liberal não só pelo meu liberalismo econômico intransigente, mas também por acreditar que uma plataforma conservadora deve ser difundida sem dirigismo estatal e com a responsabilidade individual como parâmetro nessa tarefa. Se ouvirem essas preciosas lições, os prováveis Robertos Alvins não mais existirão e os líderes antinazistas de ocasião ficarão sem oportunidades de limpar a própria sujeira, como esse grotesco episódio.

Referências:

1.https://www.institutoliberal.org.br/blog/nazismo-filho-que-esquerda-nao-assume/

2.https://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/eleicoes-2018/haddad-atualiza-plano-de-governo-e-retira-pontos-polemicos-5l41ovn3e7w6nevkqcyup7g14/ 3.https://www.averdadesufocada.com/images/f/atas_foro_sao_paulo.pdf

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Carlos Junior

Carlos Junior

É jornalista. Colunista dos portais "Renova Mídia" e a "A Tocha". Estudioso profundo da história, da política e da formação nacional do Brasil, também escreve sobre política americana.

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