Feijão, livre concorrência e metacapitalismo

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Na última quarta-feira, o presidente em exercício Michel Temer anunciou medidas de estímulo para a importação de feijão, buscando combater a alta do preço, que teve variação de 33,49% no ano, segundo dados do IBGE. A alta é causada basicamente pelo fator climático em decorrência do fenômeno chamado “El niño”, que aumenta a quantidade de chuva e, no caso das regiões produtoras de feijão, diminui a produtividade.

Temer aplica uma lei econômica básica para combater a alta de um dos alimentos mais consumidos em nosso país: aumentar a oferta. O método que utilizou foi o de eliminar as reservas de mercado e tomar medidas como a redução de impostos para o feijão importado. Deste modo, o preço para o consumidor final tende a reduzir. Tal medida é benéfica a todos, desde o produtor nacional que tem tempo de se recuperar dos efeitos climáticos para a próxima safra e, principalmente, para os mais pobres, que terão um pequeno desafogo nos custos daquele que é um dos alimentos base das refeições diárias do brasileiro.

Tal providência poderia ser tomada para a maior parte dos produtos disponíveis nas prateleiras dos supermercados nacionais. As reservas de mercado, ainda muito comuns no Brasil, são um verdadeiro crime contra os mais necessitados e só garantem o sucesso dos empresários “campeões nacionais” e dos políticos e burocratas. Esse tipo de medida protetiva impede que as populações mais carentes tenham acesso aos mais diversos artigos, além de serem obrigados a pagar mais caro por mercadorias de qualidade, muitas vezes, duvidosa. Nos tempos atuais, onde o país começa a se recuperar dos catorze anos de populismo fiscal das gestões federais de Lula e Dilma Rousseff, derrubar esses protecionismos mostram-se cada vez mais necessário, inclusive para a recuperação econômica do Brasil.

O fim das reservas de mercado no país beneficiará todo o setor produtivo, que passará a um sistema de competição com outros produtos e, como consequência, oferecerá preços mais baixos para o consumidor, estimulando a economia com o aumento do consumo e geração de empregos, desde o setor agropecuário, passando pela indústria e até o comércio.

O prêmio Nobel de economia Milton Friedman, no clássico vídeo “O Lápis” mostra como a produção do mais simples produto acaba gerando todo um ciclo de produção, que acaba favorecendo todos os setores envolvidos na produção e no consumo. Este é um jogo de ganha-ganha, refutando o clássico argumento socialista de que a economia é um “jogo de soma zero”, onde alguns poucos se beneficiariam em detrimento do restante da população. Porém, são países que adotam uma economia à esquerda que acabam tendo um setor econômico engessado, onde os chamados “campeões nacionais” se beneficiam em um sistema metacapitalista no chamado “Capitalismo de Estado”, apelidado pelo ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco de “Capitalismo de quadrilha”. E isso foi o que aconteceu nos governos petistas que ajudaram a estimular empresas que aos poucos vão quebrando, pois não tem mais a “mão” do governo para garantir seu nicho de mercado.

Que a medida tomada pelo governo Temer em relação ao feijão seja expandida para todos os setores da economia brasileira para que mais à frente o país possa avançar na liberdade econômica. Só assim mais investidores passarão a olhar o Brasil com bons olhos e investirão aqui, gerando empregos, produtos com preços baixos e renda para a população, tendo como consequência o aumento do padrão de vida os brasileiros. E então, finalmente, possamos denunciar empresários e governantes que atacam o livre mercado, a livre concorrência e a livre iniciativa em prol de lucro e poder.

 

 

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Jefferson Viana

Jefferson Viana

Jefferson Viana é estudante de História da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, coordenador local da rede Estudantes Pela Liberdade, presidente da juventude do Partido Social Cristão na cidade de Niterói-RJ e membro-fundador do Movimento Universidade Livre.

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