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Fabio Porchat e a grande mídia empobrecida

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foracunhaFoi com absoluto choque que o Brasil abriu o Estadão de domingo e leu, na coluna de Fabio Porchat, o artigo “Fora, Cunha!”, onde o humorista copia e cola repetidamente essa frase.

Primeiramente, poderíamos pensar se tratar de uma peça de humor, já que o colunista exerce, de fato, essa profissão, embora fosse bastante difícil identificar qual a graça desse texto. Como já fui em stand ups desse profissional, sei que ele pode fazer melhor do que isso.

Na evidente falta de risadas, só podemos pensar se tratar de um texto sério, ou um protesto implícito pela manutenção da presidência da Câmara por um deputado acusado de desviar vultosas somas de recursos públicos para fins privados e políticos. Até aí, o protesto é válido, mas é de uma pobreza intelectual assustadora, a ponto de pensarmos que ele simplesmente não teve tempo de escrever um artigo, e soltou essa na tentativa de parecer descolado.

Porchat é apenas um sintoma de um problema que assola fortemente a nossa mídia: o viés compulsivamente esquerdista de tudo o que se escrever nas redações e artigos dos jornais brasileiros. Não é novidade que o governo brasileiro exercita, desde sempre, a chamada regulação econômica da mídia. Na falta do marco civil da imprensa, que sempre foi uma obsessão do PT, o governo resolveu intervir na imprensa livre através da canalização de recursos públicos para fontes de informações que privilegiassem aquilo que o governo teria interesse em divulgar ou falsear, como o caso da blogosfera petista, bem representada por sites mentirosos como DCM, Brasil 247 e Pragmatismo Político, idealizados pelo terrorista, alçado a Ministro, Franklin Martins.

A grande mídia não fica de fora, também se sujeitando a esse controle para se beneficiar de propaganda estatal, inclusive bebendo como fonte primária a informação dessa blogosfera. Se isso não fosse o suficiente, a tomada das faculdades de comunicação e jornalismo pela esquerda transformou tais locais em fábricas de massa-de-manobra midiática petista, que se infiltraram nas redações de jornais. Por mais que um jornal tenha uma editoria de pessoas normais, defensoras da cultura e das instituições democráticas brasileiras, por total carência de mão-de-obra, é obrigado a trabalhar com repórteres e jornalistas ultra esquerdistas que escrevem a matéria de maneira politicamente enviesada. O resultado é o que chamo de “fórmula de Alexandre Borges”(esse diretor do IL foi o visionário dessa teoria): toda reportagem vem com a opinião do governo, a da oposição e, após, a opinião, supostamente isenta, moral e superior, de um político do… PSOL?!?!?!

Uma completa loucura que vai sedimentando no inconsciente coletivo a ideia de que esse partido é moral, cultural, politica e economicamente superior, em uma construção muito parecida com aquela levou o PT ao poder no começo do século.

Dentro dessa pobreza intelectual, colunistas também acabam sendo escolhidos com o mesmo perfil, como Duviviers e Porchats da vida, sobrando pouco espaço para colunistas com o mínimo de qualificação para ocupar tais espaços de instrução.

Precisamos com urgência de um novo veículo de mídia, grande o suficiente para competir com veículos como Globo e Folha de São Paulo, e com uma visão mais racional, para que a população tenha condições de poder ampliar seu leque de escolhas. Para isso, precisamos de jornalistas qualificados que criem o projeto e bons empresários que o banquem.

Que tais pessoas se encontrem logo.

 

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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