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A esquerda e a Luta de Classes (II) – O motivo do desenvolvimento da “mais valia”

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psicopatamarxNeste artigo pretendo demonstrar porque a mais valia está errada (e deu errado), mas explicar o porquê tal conceito foi desenvolvido por Karl Marx, acrescentando elementos (fatos) históricos que demonstram que a mais valia está errada e confrontando com sua existência apenas quando o regime é justamente o que se propões “resolvê-la”. (Deixarei a demonstração para artigo futuro).

Quando Karl Marx desenvolveu sua teoria “econômica”, o ponto central tido até hoje como verdade absoluta pelos idiotas úteis, apesar da desconstrução de tal teoria por Carl Menger, Böhm-Bawerk, Mises, Hayek, entre outros, é a mais valia.

A mais valia basicamente consiste em dizer que o valor de um produto é definido pela quantidade de trabalho utilizada para produzi-lo, sendo que os donos dos meios de produção pagam a seus funcionários salários menores do que a quantidade de trabalho despendida, se apropriando de parte do valor do trabalho de seus funcionários. Logo, para Marx, o lucro dos capitalistas ocorre em cima do trabalho de seus funcionários através de uma relação entre “tempo de trabalho excedente” e “tempo de trabalho necessário”. Isso quer dizer que para Marx os donos dos meios de produção (os capitalistas) desenvolvem meios de fazer seus funcionários trabalharem e produzirem mais sem que recebam o valor residual de seu trabalho por isso (do qual o capitalista se apropriaria).

Por exemplo, para Marx, o capitalista é capaz de aumentar a jornada de trabalho dos funcionários através de mecanismos de controle que vão desde a quantidade de movimentos necessários para fabricar determinado produto até a vigia constante de cada funcionário, conseguindo assim que produzam mais no mesmo tempo, sem receber por essa produção excedente, ou seja, por essa quantidade de trabalho despendida a mais (tempo de trabalho excedente). Para Marx, o conceito de “jornada de trabalho” não está nas horas trabalhadas, mas na quantidade de trabalho despendida durante esse período.

Para o alemão, o tempo de trabalho necessário para a produção de determinada coisa é XX e o capitalista faz com que seja X, gerando excedente de trabalho que fica nas mãos do capitalista e não do trabalhador. Contudo, também não explica como esse tempo é calculado, afirmando que primeiro se produz para depois definir o preço a partir do valor calculado em cima da quantidade de trabalho por unidade, sendo que o processo é justamente o contrário, ou seja, primeiro o capitalista faz uma estimativa de preço que atraia consumidores e zere o estoque, depois calcula os custos de produção em comparação com os preços dos concorrentes e, percebendo que é suficientemente inferior a receita inicialmente prevista, o capitalista inicia as contratações e combina os fatores envolvidos na produção.

Karl Marx não explicou como é calculado o valor do trabalho de cada funcionário, tão pouco disse como, então, pode-se calcular o valor de um produto em cima do valor do trabalho. Também não desenvolveu uma explicação de como a mais valia é possível se o trabalho é heterogêneo e para que ela exista é necessário que seja homogêneo. No fim, pela teoria de Marx enquanto os lucros aumentariam, os salários diminuiriam, o custo de consumo seria maior e os trabalhadores veriam seu nível de vida deteriorar.

Após mais de um século dessa absurda teoria o que ocorreu? Os lucros das empresas  realmente aumentaram, contudo os salários aumentaram devido a necessidade de produzir mais e melhor, logo, por precisarem de mão de obra mais qualificada, o custo de vida acompanha as novas tecnologias que permitem aumentar e melhorar a produção e conceder qualidade de vida maior aos trabalhadores/consumidores.

Vemos tais trabalhadores ascenderem socialmente e o surgimento da chamada “classe média”. Ou seja, aconteceu justamente o contrário do que previu Marx. O mais “irônico” é que esse processo ocorreu apenas nos países capitalistas, enquanto o que Marx previu ocorreu exatamente nos países comunistas/socialistas e ainda ocorre. Vejamos Cuba, Coreia do Norte e Venezuela (hoje) e olhemos para União Soviética, Camboja, Vietnã e China Maoísta (ontem). Com o Estado controlando os meios de produção houve o maior nível de exploração predatória dos trabalhadores de que se há registro, causando o declínio da qualidade de vida, a miséria e a fome, que levaram mais de 100 milhões à morte.

Marx prevê que algo ocorrerá sob o regime capitalista, para “evitar” desenvolve uma teoria que “resolveria o problema”, e ocorre que no regime capitalista acontece o contrário e o previsto por Marx ocorre justamente onde sua teoria foi aplicada.

Mas, então, por que (raios) Karl Marx desenvolveu essa nefasta teoria? Simples, Marx necessitava de uma massa de manobra para possibilitar a implantação e o desenvolvimento de sua principal teoria: o comunismo/socialismo. Para que esse regime fosse implantado era necessário dizer que existe uma luta de classes, criar uma classe “oprimida” para servir de massa de manobra e, então, criar essa luta de classes. Explico, a luta de classes não existe(ia), então Marx mentiu ao dizer que existia, criou uma massa de manobra, dividiu teoricamente a sociedade em classes e incitou a luta da massa de manobra criada contra a classe “dominante”. Resumindo, a luta de classes só existe se o comunismo/socialismo for aplicado, pois este a cria. Em um ambiente normal a luta de classes é inexistente.

Novamente o que Marx diz existir sob o regime capitalista só surge no comunismo/socialismo. Tudo isso é necessário para implantar tal teoria.

No caso, à massa de manobra criada como “classe oprimida” Marx deu o nome de proletariado. O proletariado é constituído pela força de trabalho existente (os trabalhadores). Já a “classe dominante” criada pelo alemão são os donos dos meios de produção.  

Incitar essa luta é necessário para que haja a cisão social e implante-se o comunismo/socialismo, exterminando o “inimigo” (os donos dos meios de produção) e colocando a “classe oprimida” (o proletariado) no poder. Opa, errei! Na verdade colocam-se “representantes” dos interesses do proletariado no poder. Surgem figuras como Mussolini, Lênin, Hitler, Stalin, Mao, Pot Pot, Mugabe, Mandela, Fidel Castro, Che Guevara e diversos outros genocidas.

Seguem-se ações como a coletivização dos meios de produção, durante a qual até os micros empreendedores/produtores são considerados “donos dos meios de produção” e subjugados, ou exterminados. O próprio Lênin percebeu que a economia planificada e a coletivização não surtia o efeito esperado, mas sua percepção passou longe de Stalin, Mao e os demais, que são responsáveis pelas mais de 100 milhões de morte ocorridas nos regimes comunistas.

O próprio Karl Marx avisa que isso ocorrerá quando diz que “para o advento do verdadeiro socialismo será necessário o extermínio de tantas raças inferiores”.

Dentro de tudo isso, a teoria da mais valia serve para incitar o ódio do proletariado contra os donos dos meios de produção e gerar essa luta de classes necessária a todo o restante. 

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Roberto Barricelli

Roberto Barricelli

Assessor de Imprensa do Instituto Liberal e Diretor de Comunicação do Instituto Pela Justiça. Roberto Lacerda Barricelli é autor de blogs, jornalista, poeta e escritor. Paulistano, assumidamente Liberal, é voluntário na resistência às doutrinas coletivistas e autoritárias.

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