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Em defesa da CBF intervindo no Governo

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ricardo teixeiraUm dos grandes debates da semana passada foi a eliminação da seleção brasileira na Copa da Mundo após a inacreditável goleada de 7X1 sofrida contra a nova Campeã Mundial, a Alemanha. Logo em seguida, a sanha intervencionista do governo e de setores autoritários da nossa sociedade já se fez presente, requerendo algum tipo de intervenção governamental no futebol, e mais precisamente na CBF.

Dilma Rousseff falou por alto apenas em mudanças pontuais no calendário e na gestão. Aldo Rebelo, Ministro do Esporte, foi mais incisivo ao falar em legislar e administrar o futebol brasileiro. A CBF reagiu declarando que o Governo já não faz o que tem que fazer direito (no que está completamente certo). A oposição, capitaneada por Aécio Neves, argumentou ser absurda a sugestão de um “Futebras” (empresa estatal do futebol). O Senador Francisco Dornelles, parente de Aécio, foi ainda mais liberal ao falar que “uma lei que regulasse a relação do Estado com o futebol deveria ter um único artigo: é vedada qualquer interferência do Estado no futebol profissional”.

Vamos ignorar por um momento a total inviabilidade dessa ideia, visto que a FIFA proíbe a intervenção estatal no futebol e descredencia a entidade nacional caso haja intervenção governamental nela. De onde as pessoas tiraram a ideia de que o Governo, gerido pelo PT, levaria seriedade para dentro da CBF? Só a Revista Veja traz um site especial sobre escândalos da Era Lula. É um negócio assustador. E se não podemos falar de honestidade, também não podemos falar em boa gestão. O PIB brasileiro cresce a taxas ridículas há pelo menos cinco anos. No último mês tivemos pela primeira vez em muito tempo déficit primário nas contas públicas. O Brasil deve mais de dois trilhões de dólares em dívidas interna e externa. As estatais estão destruídas e a Petrobras, especificamente, devem mais de 100 bilhões de dólares e a cada dez reais que entra de receita, tem despesa de cem reais. Nossos indicadores sociais são toscos e estamos sempre entre os dez piores países no ranking internacional de educação.

Em suma, total caos gerencial e moral.

Agora vamos ver a CBF. Andei buscando na internet os resultados contábeis da CBF nos últimos anos. Em 2011, 9 milhões de lucro e uma reserva de caixa de 73 milhões de reais. Em 2012, novo lucro e reserva de caixa em 102 milhões de reais. Em 2013, novo lucro de 55 milhões de reais. A gestão financeira da CBF, seja com Ricardo Teixeira, seja com José Marin, é simplesmente espetacular.

Agora vamos para os resultados de campo das seleções brasileiras. Nos últimos 20 anos, em seis copas do mundo foram 2 títulos mundiais, 1 vice, 1 quarto lugar e 2 quartas de final. Em sete Copas América, foram 4 títulos e 1 vice. Em oito Copas das Confederações, foram 4 títulos, 1 vice e 1 quarto lugar. Em cinco olimpíadas, 1 medalha de prata e 2 de bronze. Em 10 mundiais sub-20, 3 títulos, 2 vices e 1 terceiro lugar. Em 10 mundiais sub-17, 3 títulos, 2 vices e 1 quarto lugar. São resultados extremamente satisfatórios dado que não disputamos campeonatos sozinhos e temos outros países que também investem em futebol e amam futebol. Nenhuma outra confederação de futebol do mundo tem resultados minimamente próximos aos resultados da CBF nos últimos 20 anos.

Isto posto, eu lanço uma proposta: que tal fazermos de José Marin e Ricardo Texeira interventores no Governo do PT? Se eles tiverem, no Governo Federal, resultados próximos do que tiveram afrente da CBF, em pouco tempo teremos um país com as contas públicas saneadas, com reserva de caixa e campeão em indicadores econômicos e sociais, ou pelo menos entre os 8 melhores do mundo, entra ano, sai ano.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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