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O trade-off do mundo digital

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Sentada em uma mesa de café da manhã com uma amiga que se tornou bem sucedida vendendo cursos e produtos pelo Instagram, vi sua preocupação em tentar resolver um problema na utilização da rede social. Embora ela tivesse comprado boa parte dos produtos de propaganda do aplicativo, ela teve sua conta limitada, de postagens e interações com seus quase 400 mil seguidores. Após inúmeras tentativas de entender com a empresa o que havia acontecido, e ver suas vendas caindo, ela decidiu procurar um advogado.

É surpreendente como as redes sociais, exemplo do Instagram, promoveram o e-commerce e se tornaram um meio de divulgação de produtos e de informações em todo o mundo. De acordo com a Omnicore, o Instagram gerou, só em 2019, US$ 20 bilhões em receita de publicidade. Porém, em conjunto com o alto crescimento das empresas e do uso dos aplicativos, vieram as implicações envolvendo privacidade de dados, disseminação de fake news e aumento de grupos que praticam atos de violência por meio de suas contas digitais. Como as regras de utilização das redes estão constantemente em atualização, inúmeros usuários são bloqueados ou limitados de suas contas diariamente.

Quando o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi “banido” de sua conta do Twitter por decisão da própria empresa no início de 2021, por justificativa de incitar atos de violência, muitos questionaram se a decisão foi correta, se houve censura e violação dos direitos de liberdade de expressão. O mesmo ocorreu no Brasil em julho de 2020, quando o Supremo Tribunal de Justiça bloqueou usuários do Facebook e Twitter com a mesma justificativa do bloqueio de Trump. Diante dos exemplos, entende-se que tanto a empresa detentora da rede social, quanto o Estado, estão atuando em contas particulares de políticos, comunicadores a empreendedores individuais.

Ter uma conta em rede social bloqueada ou limitada pode não somente calar aquele que busca comunicar e se expressar, como também pode prejudicar uma empresa que pagou pelos serviços e está sendo impedida de utilizá-los. Porém, é importante ressaltar que o trade-off no mundo digital sempre vai existir. Boas e más condutas são observadas em todas as plataformas, e o que prevalece, de fato, é a responsabilidade individual de cada usuário e o compromisso com suas escolhas.

*Artigo publicado originalmente no Instituto Líderes do Amanhã por Jéssica Andrade Prata.

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