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O papel de Eduardo Gomes (1896-1981) na história do Brasil

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O brigadeiro Eduardo Gomes (1896-1981), patrono da Força Aérea Brasileira, nascido em 20 de setembro, foi o primeiro candidato da UDN à presidência da República, escolhido para galvanizar a oposição ao varguismo, em 1945, contra Eurico Gaspar Dutra. Repetiu a dose em 1950 contra o próprio Vargas – sendo derrotado em ambas as vezes.

Gomes era uma das lideranças tenentistas, tendo sobrevivido ao famoso episódio dos “18 do Forte” em 1922, bem como tendo atuado no segundo grande levante tenentista, em 1924. Foi preso após as duas revoluções, sendo solto pela última vez em 1926.

O Tenentismo, movimento que fez de Eduardo Gomes um símbolo, era marcado por ambiguidades e vaguezas programáticas. Defendendo a melhoria da educação pública e o fim da oligarquia da República Velha com a adoção do voto secreto, o movimento também ecoava a retórica política militarista ao colocar nas mãos das Forças Armadas a responsabilidade de enfrentar os problemas do país.

Ao menos o movimento de 1924, por mais inspirado que fosse em uma agenda institucional liberal, planejava uma ditadura prevista para durar até que 60% dos cidadãos maiores de 21 anos fossem alfabetizados.

Mesmo assim, tão logo Vargas decretou o golpe do Estado Novo, Eduardo Gomes pediu exoneração do comando do 1º Regimento de Aviação por não aceitar o ato despótico.

Como quer que fosse, era inegavelmente corajoso. Como candidato udenista, defendia a agenda da democracia liberal e do alinhamento com o Ocidente, mantinha sua militância pela educação e acenava para o pensamento social cristão.

Segue citação da página 45 de meu “Lacerda: A Virtude da Polêmica”: “Muito se critica, desde esse começo, a vinculação exacerbada da UDN com os militares, o que teria comprometido seu ideário liberal e travestido o partido de golpista; Lacerda admite o destaque que foi dado a figuras como o notório tenentista brigadeiro Eduardo Gomes, mas explica o fato estabelecendo uma analogia com o que ele afirmou, em seu ‘Depoimento’, já estar vendo acontecer em decorrência do regime militar naquele final dos anos 70: ‘oito anos de ditadura tinham acabado com as lideranças civis’, restando apenas ‘os monstros sagrados das Forças Armadas'”.

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Lucas Berlanza

Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista e presidente do Instituto Liberal, membro refundador da Sociedade Tocqueville, sócio honorário do Instituto Libercracia, fundador e ex-editor do site Boletim da Liberdade e autor, co-autor e/ou organizador de 10 livros.

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