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Liberdade, a linguagem universal

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A liberdade nunca foi subestimada. Ela pode ter sido, talvez, mal interpretada, quando defendida por alguns indivíduos, pois quem assumia essa alcunha tornava-se diferente dos demais. Ser diferente é algo ofensivo nos dias atuais, pois exprimir ideias divergentes da maioria torna aquela pessoa um alvo para alguns. Desde os primórdios, o homem busca a liberdade de forma empírica, pois o conceito filosófico não foi abordado tão cedo ou de forma teórica, visto que esse termo foi abordado apenas na Grécia antiga. Dessarte, o homem buscou viver de acordo com sua cultura prévia, ou seus valores, além de deixar claro os limites de seu território. Essa forma de comunicação é antiquíssima, desde a Mesopotâmia e Babilônia, as quais demonstravam as limitações territoriais e as respectivas responsabilidades individuais pelas propriedades.
O anseio pela liberdade é algo inato ao homem. Ninguém tem vontade permissiva de ser dominado por alguém ou ser coagido a viver, mesmo aqueles que foram criados nessa ambiência de coerção e dependência. O ser humano exerce sua liberdade na forma de pensar, falar e agir, porém, existe um certo receio de se pronunciar sobre qualquer tema nos dias atuais. Historicamente, quando se iniciaram as expedições em direção ao continente desconhecido, diversos navegadores abordaram indígenas vivendo livremente, porém, com um conjunto de leis morais e naturais da própria tribo. O grande Friedrich Hayek abordou essa temática em sua obra “Arrogância Fatal”, a qual discorreu sobre a base da sociedade e sua expansão através da manutenção da propriedade privada e o comércio.

Essa abordagem foi descrita como Ordem Ampliada, a qual ocorria de forma espontânea entre os indivíduos, a partir de regras claras e em seus próprios costumes. Portanto, a chegada de um novo membro a essa Ordem mudava todo o cenário e os que detinham mais propriedade intelectual, territorial ou força promoviam mudanças naquele meio. O poder de coerção é um dos malefícios mais prejudiciais para a existência da liberdade entre os homens. Nesse contexto, Milton Friedman diz que “A ameaça fundamental à liberdade é o poder de coagir, esteja ele nas mãos de um monarca, de um ditador, de uma oligarquia ou de uma maioria momentânea”. Essa máxima, demonstra como a liberdade foi ferida em vários períodos históricos da humanidade e que, independentemente da localização geográfica, existiram homens e mulheres que abriram mão de suas vidas em defesa desse valor essencial para a experimentação da felicidade verdadeira.

De fato, ser livre requer mais do que a opção de dizer o que quiser ou agir de forma desordenada, mas exige, também, conhecimento sobre a responsabilidade de ter autonomia sobre as próprias escolhas e consequências.

Apesar de essa abordagem assustar a maioria das pessoas, é uma perspectiva que realmente funciona e promove o crescimento individual e, consequentemente, da sociedade formada por esses indivíduos. Um dos fatos mais assustadores é arrazoar sobre qualquer assunto e, após exercer o exercício de pensar, questionar-se de forma exacerbada se é possível compartilhar seus pensamentos. A liberdade é um valor imprescindível para a perpetuação da humanidade de forma crescente e sustentável. A liberdade de construir, agir, pensar, falar, dialogar, defender, atacar, discutir e promover o que quiser, dentro de regras claras, permitiu a evolução do ser humano. Mesmo que te calem, mesmo que te isolem, a ideia da liberdade ecoa aos cantos e achará quem a promova. A liberdade é universal. A liberdade é a linguagem não verbal. A liberdade é e sempre será a linguagem universal dos homens e das mulheres.

*Raphael Ribeiro – Associado I do Instituto Líderes do Amanhã.

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