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A pós-verdade rubra (primeira parte)

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Pós-verdade é destes termos novos que surgem em ciências sociais dos quais a empáfia de quem é do ramo recusa a ensinar aos demais seu significado.

Pós-verdade é uma palavra que descreve a situação na qual, na hora de criar e modelar a opinião pública, os fatos objetivos têm menos influência que os apelos às emoções e às crenças pessoais.

No interior da cultura política do Brasil, podemos afirmar que somos vítimas da pós-verdade há muito tempo.

Não obstante, mal consolida-se o retorno do petismo ao poder e já temos uma nova onda da pós-verdade, a qual chamarei de pós-verdade rubra.

A pós-verdade rubra não é uma novidade. Quem vive na política há mais de 10 anos tem consciência do que foram os emotivos e constantes apelos do que significou o PT no poder, quando os fatos objetivos pouquíssimo importavam diante do apelo emotivo que sempre levava o “pobre” ao centro da retórica para justificar por que era necessário ignorar os fatos e apenas se apaixonar pelo PT e seu governo.

Basta relembrar fatos comprovados, que seguem sendo omitidos sob um apelo emotivo de fim da democracia que sequer passou perto de ocorrer, mesmo diante de insidiosas manifestações pró-golpe de estado, e que ainda são utilizados mesmo após consolidadas a vitória eleitoral e a posse.

O mensalão, varrido para debaixo do tapete e ignorado. Tratam como algo inexistente, sendo que existiu e o próprio fora admitido por Lula em duas ocasiões distintas: uma na Granja do Torto, uma das residências oficiais do governo, e outra em Paris, tudo no mesmo ano do ocorrido – na segunda, na qual ele ficou propositadamente confundindo com caixa 2 de campanha.

O Petrolão, o maior esquema de corrupção em valores monetários comprovados no Brasil, este sumiu de vista, mesmo com todas as evidências do caso, inclusive as de que a então presidente, Dilma Rousseff, sabia do ocorrido, mas não fez nada para impedir.

O aparelhamento de estado, uma das teclas mais urdidas, e com razão, contra o bolsonarismo, é tida com deboche por lulistas, mesmo que, no total do mandato petista (Lula/Dilma), a infusão de petistas dentro do governo fosse tão absurda que chegou à média de se criarem 1,37 cargos por hora em 14 anos de mandato, e aumentando, em média, 625 milhões de reais por ano o gasto com a máquina pública.

Nem mesmo as tentativas toscas de aparelhamento de órgãos por Bolsonaro chegaram a tamanho absurdo.

Em alguns ministérios, o aparelhamento petista beirava a um nível surreal de 90% de filiações partidárias trabalhando em cargos técnicos, como nos Ministérios da Cidade, enquanto a pasta esteve na mão de Olívio Dutra.

As fake news, estas já entraram para o corolário da pós-verdade desde as eleições de 2018. Tentam convencer de que Bolsonaro criou este estilo de campanha e ignoram o que foi a era dos chamados blogs sujos e da desinformação paga, inclusive com dinheiro de publicidade dado diretamente pelas estatais, algumas das quais Lula excluiu do quadro de privatizações, como a Petrobras.

Em alguns exemplos, temos: Brasil 247, Opera Mundi, Correio do Brasil, Revista Fórum, Carta Capital, Pragmatismo Político, O Cafezinho, Viomundo, Brasil de Fato, Diário do Centro do Mundo, Conversa Afiada, Jornal da GGN, Caros Amigos, Plantão Brasil, Tijolaço (este curiosamente extinto no exato dia do impeachment de Dilma Rousseff), Mídia Ninja, Outras Palavras e Carta Maior.

A responsabilidade do PT na introdução do “nós” contra “eles” na luta política é outro ponto que se tenta apagar e jogar no colo do bolsonarismo. Trata-se da visão populista de que a sociedade está vincada por uma única clivagem “povo” versus “elites”, sendo que “povo” aqui não é um conceito sociológico e sim político-ideológico.

Sobre o passado apoiador das ditaduras, este fora convenientemente varrido para debaixo do tapete em uma das várias falsidades de “nós” contra “eles” na qual o PT se intitula “defensor da democracia” contra o terrível “fascismo” de Bolsonaro…

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