4 pontos fundamentais sobre a revolução do Uber
O Uber é um agente de mudanças ímpar. Ele não expõe apenas a falta de qualidade dos serviços de transporte tradicionais, como o táxi. Ele escancara a mentalidade retrógrada, conservadora, reacionária e corporativa de segmentos da sociedade que, aliados e protegidos pelos governos, teimam em reclamar privilégios estabelecidos através da coerção, tolhendo a liberdade dos indivíduos. Eis aqui, alguns pontos que entendo devemos refletir sobre eles:
Os ideólogos intervencionistas sempre recorrem à falácia da imperfeição do mercado para justificar a ação do governo, seja para fornecer serviços que os particulares não estariam interessados em fazê-lo, ou para equiparar o poder entre quem compra e quem vende. O caso do Uber é icônico porque expõe duas falácias de uma só vez. A primeira é a que diz que o mercado é imperfeito. A segunda é a que diz que os governantes querem ajudar o mercado a funcionar melhor. O Uber tem sido tão combatido pelos políticos e corporativistas porque ele destrói duas das mais batidas e falaciosas de suas argumentações para usar a coerção contra a livre iniciativa.
4 – Certeza
Não se enganem. A batalha do governo contra o Uber não visa o atraso tecnológico. Não é contra a inovação. Se assim fosse, apps como o Easy Taxi ou o 99 Taxis seriam proibidos também. Não pensem que é a reprise dos conflitos entre os computadores e as máquinas de escrever, entre os carros e as carroças, entre a luz elétrica e as velas. Não é essa a batalha que estamos assistindo e do qual fazemos parte. A guerra não é entre o estado e o Uber. A guerra é entre o estado e cada um de nós. A grande batalha que está por trás disso tudo é entre os que possuem direitos e os que querem privilégios, entre os que produzem sem violar os direitos de ninguém, e os que parasitam violando os direitos dos outros.
A grande guerra que estamos travando, como sempre, é a mesma que vem sendo travada desde os primórdios da humanidade, o confronto entre a coerção e a liberdade.