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Comparando “você está louco” com “o que é isso aqui?” – o vitimismo revolucionário

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O vídeo que viralizou a internet no dia de hoje foi o da ameaça de um black bloc a um cinegrafista que estava fazendo seu trabalho cobrindo a prisão de outro black bloc acusado de ter assassinado seu colega de trabalho que estava à serviço da Rede Bandeirantes.

O vídeo é este aqui:

 O destaque chocante do vídeo não é tanto o black bloc “playboy revoltado da zona sul” que ameaça o cinegrafista de ser o próximo a morrer e depois sai correndo do mesmo quando vê que está sozinho, até porque esse é o comportamento normal dessa gente, como já dizia Gabriel o Pensador. há 20 anos. na música “Retrato de um Playboy”:

“Sou playboy e vivo na farra
Vou à praia todo dia e sou cheio de marra
Só ando com a galera e nela me garanto
Só que quando estou sozinho eu só ando pelos cantos

O que realmente me deixa chocado é o comportamento vitimista dos ativistas frente à reação daqueles que são provocados. A ativista (ativismo, no Brasil, é profissão) Sininho começa a gritar “você está louco” para o cinegrafista que reagiu violentamente a uma ameaça de morte, gerando uma cena onde a verdadeira vítima, o cinegrafista, passa a ser o algoz, enquanto o black bloc que ameaça tirar a vida do cinegrafista passa a ser vítima.

Outro vídeo que ficou famoso foi o debate entre Jair Bolsonaro e Maria do Rosário. Esta última começa a dizer que Jair Bolsonaro incentiva o estupro, xingando, na prática, de estuprador, pois o próprio código penal dispõe que aquele que incentiva diretamente a ocorrência de um crime pode ser considerado como partícipe. Não satisfeita, ela ainda encara o deputado e ameaça bater nele, que é obrigado a pôr a mão no peito da deputada para afastá-la e diz que se ela a agredir, ele revidará. Por fim, nervoso, a xinga de vagabunda, isso depois de ser xingado de estuprador, ameaçado verbalmente de violência física e de a deputada ter partido para cima dele com intuito escuso. A deputada então cria novamente o cenário de vítima e começa a gritar “mas o que é isso aqui?” e gritar que mulher nenhuma pode ser xingada (mas xingar pode?). Segue o vídeo:

É a velha máxima de Lênin: “acuse-os do que você é, xingue-os do que você faz”.

Assim como no caso do black bloc, o que mais se vê em matéria de política esquerdista é a mesma coisa: políticos falando em ética sendo os mais anti-éticos, falando em defesa da família e sendo os primeiros a patrocinar orgias com garotas de programa, falando em combate à corrupção e roubando, além de criar mais burocracia para incentivar a corrupção, e assim sucessivamente.

É uma completa dissociação de discurso e prática, mas que consegue iludir uma população intelectualmente fragilizada. O movimento esquerdista atual usa de subterfúgios psicológicos para criar um clima favorável a si, e os anti-marxistas se vêem presos em um esquema de retórica do qual não conseguem sair.

Essa gente precisa ser desmascarada imediatamente, ou continuarão, através do seu vitimismo revolucionário, a vitimar toda a sociedade brasileira.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

5 comentários em “Comparando “você está louco” com “o que é isso aqui?” – o vitimismo revolucionário

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    12/02/2014 em 12:31 pm
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    Eu não ouvi a ameaça que o cara fez no primeiro vídeo, mas se fez é algo problemático sim. Agora, o cinegrafista vai lá, mete a câmera na cabeça do cara – inclusive corta, dá pra ver o sangue logo depois -, e o apresentador diz “só resolvem quando estão em grupo, cadê que não resolvem quando estão sozinhos.” Vocês acham isso correto? Desculpa, mas ser liberal não faz de mim alguém que está disposto a aceitar algo errado contra quem pensa diferente de mim. O cinegrafista fez isso em frente a uma delegacia. E o apresentador incitou a violência – incitou SIM -, ao vivo, em rede nacional. Eu não aplaudo, honestamente.

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    11/02/2014 em 5:35 pm
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    “O movimento esquerdista atual usa de subterfúgios psicológicos para criar um clima favorável a si, e os anti-marxistas se vêem presos em um esquema de retórica do qual não conseguem sair.” Caro Bernardo, discordo de que esses sejam subterfúgios modernos da esquerda. Essa sempre foi uma das maiores armas da esquerda, e de qualquer outro movimento fascista.
    Mais um bom texto. Parabéns.

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    11/02/2014 em 3:37 pm
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    CARAMBA ! LOUCURA ! A Maria xinga ,berra e ofende , depois chora como se fosse vítima ?
    Só aquí para ver estas notícias esclarecedoras que ainda não estão em outros sites e não se divulga na TV …

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    11/02/2014 em 3:04 pm
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    Excelente sacada Santoro, parabéns. “Vitimismo revolucionário” vai entrar em meu vocabulário doravante. Já havia identificado que sem dúvida os jovens são mais vulneráveis psicologicamente a teorias de esquerda porque estão em uma fase da vida cuja responsabilidade pessoal (condição para se tornar adulto) foi muito pouco exercitada. Isso justifica totalmente essa psicologia da coitadização, em que eles não apenas correm a defender os que, na sua visão, são os mais “coitados” (e na contrapartida se revoltam com qualquer pessoa que alcance as coisas por mérito próprio); como também no fato de que se sentem vítimas de todos, ainda mais quando são os seus argumentos que estão sendo atacados. Rende muita reflexão esse seu artigo, eu vou guardar.

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    11/02/2014 em 1:59 pm
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    Ótimo texto premiando a estréia!

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