Antes de tudo, sejamos racionais
Conhecer o mundo e aproveitar toda sua potencialidade é impossível para o ser humano sem o uso da razão.
Inclusive, a própria potencialidade do ser humano para aproveitar o que o mundo oferece reside no uso da razão. Somente com ela conhecemos a realidade e a verdade.
Tudo aquilo que chamamos de verdade, tudo aquilo que por convicção sabemos ser uma verdade, vem necessariamente da relação perceptual e conceitual entre a nossa consciência e o mundo que nos cerca, do qual também fazemos parte.
O uso da razão é facultativo, depende de um ato volitivo, sendo possível apenas através do esforço individual despendido na tarefa árdua de focar a mente para compreender a realidade como ela é, identificando a natureza das coisas, suas características intrínsecas e o modo como cada uma delas se relaciona com as demais de acordo com as leis que as regem: como a da causalidade e da não contradição.
Toda e qualquer iniciativa que desprezar a racionalidade, muito provavelmente, acabará resultando em sacrifícios, seja para o sujeito que a promove, seja para seu objeto, aquele ou aquilo para o qual a ação é direcionada (ou para ambos).
Racionalidade é a virtude de reconhecer que o ser humano, por sua natureza, tem a faculdade do uso da razão, cabendo-lhe portanto o direito de decidir livremente o curso de suas ações, tendo em vista seu próprio propósito de vida – referência necessária para que ele possa atingir o almejado estado de felicidade.
Toda ação que alguém empreender, visando um determinado resultado que envolva outros seres humanos e que se caracterize pela iniciação do uso da força é um ato irracional por rejeitar a realidade e desconsiderar a natureza racional do ser humano.
É verdade que há aqueles que agem irracionalmente e é por isso que precisamos estar preparados para conter e segregar do ambiente social aqueles que se valem da violência para atingir ser propósitos.