Aborto por estupro e a minoria mais odiada do mundo
Na tarde de ontem, li aqui neste blog um ótimo artigo sobre aborto, liberdade e responsabilidade, onde o articulista argumenta, em suma, que o aborto não pode ser usado como mero método contraceptivo já que o feto não é um parasita, sendo um ser com direitos mínimos, em especial o direito à vida, que é um pressuposto para o direito de liberdade, tão caro ao liberalismo.
No entanto, o articulista descarta os direitos de vida e liberdade do feto inocente concebido em virtude de estupro. Estupros são imorais, uma afronta à liberdade da vítima e seu perpetuador deve sofrer as consequências criminais mais severas possíveis. No entanto, repiso, o feto é inocente, e condená-lo à morte pelo crime do pai é absurdo, e vai contra um dos mais basilares princípios de direito penal liberal, o princípio da individualização da pena, que dispõe ser o crime passível de punição somente para o infrator, e para mais ninguém, em especial uma punição de morte.
Por isso costumo afirmar que os indivíduos concebidos em estupro são a minoria mais odiada do mundo. Nenhum Estado democrático moderno possui em seu ordenamento jurídico um sistema de perseguição sobre qualquer minoria, à exceção desta. Especificamente sobre o Estado brasileiro, há uma autorização legal para matar essa minoria, que não distingue entre homens e mulheres.
Eu poderia ficar falando mais e mais sobre isso, mas prefiro traduzir o testemunho de Rebecca Kiessling. Ela é uma sobrevivente do holocausto mundial de crianças inocentes concebidas em estupro. Essa é uma tradução livre e não profissional, mas de qualidade razoável.
“Eu fui adotada pouco depois do meu nascimento. Aos 18, descobri que fui concebida em um estupro brutal sob ameaça de faca por um estuprador serial. Assim como a maioria das pessoas, nunca considerei que o aborto se aplicaria na minha vida, mas assim que recebi essa notícia eu me dei conta que o aborto não só se aplicou na minha vida, mas faz parte da minha própria existência. É como se eu pudesse ouvir os ecos das pessoas que, da maneira mais simpática, diriam ‘bem, com exceção aos casos de estupro…’, ou que então exclamariam fervorosamente em desgosto: ‘especialmente em casos de estupro’! Todas essas pessoas provavelmente não me conhecem, e no entanto estão julgando a minha vida e rapidamente a descartando somente pela maneira como fui concebida. Eu sinto como se eu tivesse sempre que justificar minha própria existência, que eu teria de provar ao mundo que eu não deveria ter sido abortada e que eu mereço viver. Eu também me lembro de me sentir como lixo por causa de pessoas que diriam que minha vida era como lixo, e que eu era descartável.
Por favor, entenda que quando você se identifica como ‘pró-escolha’ ou quando você defende a exceção do estupro para o aborto, o que você está realmente fazendo é estar de frente para mim, olhando nos meus olhos, e me dizendo: ‘eu acho que sua mãe deveria ter abortado você’. E essa é uma afirmação realmente poderosa. Você provavelmente nunca diria nada disso pessoalmente para alguém. Eu mesma nunca diria para qualquer pessoa: ‘se as coisas fossem do meu jeito, você estaria morto agora’. Mas essa é a realidade em que eu vivo. Eu desafio qualquer um a afirmar o contrário. (…) Essa é a implacável realidade dessa posição, e eu posso te dizer que isso machuca e isso é maldoso. Mas eu sei que a maioria das pessoas não põem um rosto nesse abortado. Para elas, isso é apenas um conceito, um leve cliché, e então elas mudam de assunto e se esquecem da questão. Eu tenho a esperança de que, como uma filha de um estupro, eu possa ajudar a dar um rosto, uma voz e uma história para essas crianças e para essa questão.
Eu também já tive a experiência de receber conforto, através da seguinte tergiversação: ‘ah, bem, nossa, você teve sorte’! Estejam certos que minha sobrevivência não teve nada a ver com sorte. O fato de eu estar viva hoje tem tudo a ver com escolhas feitas pela nossa sociedade, por pessoas que lutaram para assegurar que o aborto fosse ilegal em Michigan naquele momento (mesmo em casos de estupro), e que lutaram por proteger a vida. Pessoas pró-vida. Eu não tive sorte. Eu fui protegida! E você argumentaria seriamente que nossos irmãos e irmãs que estão sendo abortados e abortadas hoje são meramente azarados?!?
Apesar de minha mãe biológica se encantar ao me conhecer pessoalmente mais tarde, ela me disse que ela pensou em me abortar em clínicas clandestinas duas vezes e que eu quase fui assassinada. Depois do estupro, a polícia a encaminhou a um assistente social, que a disse que o aborto era simplesmente a coisa certa a ser feita. Ela me disse que na época não havia Centros de Acolhimento, mas que se existisse, ela teria ouvido uma segunda opinião. O assistente social que aconselhou o aborto foi quem a pôs em contato com as clínicas clandestinas. Na primeira vez, ela disse que foi uma daquelas clínicas de que se ouve sempre falar, suja e cheia de sangue por todo lado, o que a fez desistir.
Então ela foi apresentada a um ‘médico’ abortista mais caro. Ela iria se encontrar com um estranho à noite nos fundos do Instituto de Arte de Detroit, que se aproximaria, perguntaria pelo seu nome, vendaria seus olhos, a poria num carro, e a levaria a um local para me abortar, mas em cima da hora ela desistiu. E sabe o que eu acho que é mais patético? É que eu sei que muitas pessoas ouviriam esse relato e diriam: ‘nossa, é deprimente que sua mãe biológica tivesse de passar por tudo isso para abortar você’. Isso que é compaixão? É engraçado pensar que as pessoas se acham cheias de compaixão ao defenderem isso, mas isso na verdade é coisa de gente com um coração bastante gelado, não acha? É da minha vida que eles estão falando de maneira tão descompromissada, e não há nada de compaixão nessa posição. Minha mãe biológica está bem, pois a vida dela continuou e, de fato, ela está indo realmente bem, mas se ela tivesse me matado, minha vida teria terminado. Eu posso não parecer a mesma pessoa que eu era quando tinha quatro anos ou quando tinha quatro dias de vida no útero da minha mãe, mas eu ainda permanecia sendo inegavelmente eu mesma, e eu teria sido assassinada de maneira brutal por um aborto.
De acordo com pesquisa do Dr. David Reardon, diretor do Elliot Institute, co-editor do livro “Vitimas e Vitoriosas”, a maioria das mulheres que engravidam após estupro não querem abortar, e ficam pior depois de fazer o aborto. Sugiro que acesse o site http://www.afterabortion.org .
A maioria das pessoas que defendem o aborto em caso de estupro se baseiam nas seguintes falsas premissas: (i) que a vítima quer necessariamente abortar; (ii) que ela estaria melhor com um aborto; e (iii) que a vida da criança simplesmente não tem valor. Eu tenho a esperança que, com a minha história, eu enterrarei esse último mito.
Eu gostaria de dizer que minha mãe biológica estaria dentre a maioria das vítimas que preferem não abortar, mas não é o caso. Ela foi convencida a abortar. Mas as péssimas estruturas das clínicas clandestinas e o instinto de auto-preservação a demoveram da ideia. Quando ela ligou pro segundo médico e avisou que desistiria, o médico a insultou. Para surpresa dela, no dia seguinte ele voltou a ligar, insistindo no assunto. Ela disse não novamente e recebeu nova leva de insultos.
Eu sou muito grata por ter tido minha vida ter sido poupada, mas conheço um monte de cristãos bem intencionados que diria coisas ofensivas do tipo ‘nossa, Deus queria mesmo que você estivesse aqui’, e outros diriam ‘você foi destinada a nascer’. Mas eu sei que Deus quer que toda criança não-nascida tivesse a mesma oportunidade que eu tive, e não vou ficar aqui sentada dizendo contentemente ‘bem, pelo menos a minha vida foi poupada’, ou ‘eu mereci, pois olha como fiquei bem’. E quanto aos outros milhões que não ficaram bem e foram mortos? Eu não posso fazer isso. Você pode? Você pode ficar sentado e dizer ‘pelo menos eu fui querido, pelo menos eu estou vivo’? Ou pior: ‘que se danem os outros’. É esse o tipo de pessoa que você quer ser? Sem coração? Com uma fachada externa de compaixão mas frio e vazio por dentro?
Você argumenta que liga para as mulheres mas não poderia ligar menos porque eu estou aqui como lembrança de que algo que você não quer encarar e que outros também não conseguem. Eu não caibo nos seus planos.
Na faculdade de Direito, eu tenho colegas que me dizem: ‘se você tivesse sido abortada, você não estaria aqui hoje e não faria diferença, então o que importa’? Acredite ou não, alguns dos mais importantes filósofos pró-aborto usam o mesmo argumento: ‘o fato não sabe o que ele viveria no futuro, então ele não sentirá falta de nada’. Bem, esse argumento pode servir de justificativa para matar uma pessoa adulta hoje, afinal, ninguém sabe o que seria vivido amanhã, então que importância qualquer vida teria, por essa lógica? Então o queixo deles vai pro chão. É fantástico ver o quanto um pouco de lógica faz com alguém. É como aquele velho ditado: ‘se uma árvore cai na floresta, e ninguém ouve ela caindo, ela faz barulho’? Sim, ela faz! E se um bebê é assassinado, e ninguém vê, isso importa? A resposta também é SIM! Suas vidas importam. Minha vida importa. Sua vida importa e não deixe ninguém dizer o contrário.
O mundo é um lugar diferente porque foi ilegal para minha mãe biológica me abortar naquela época. A sua vida é diferente porque ela não pode abortar, pois você está aqui lendo minhas palavras hoje! Mas você não precisa impactar audiências para sua vida importar. Há algo que hoje todos estamos sem, por conta de gerações que foram abortadas, e isso importa.
E uma das coisas mais importantes que aprendi é que o estuprador não é meu criador, como algumas pessoas pensam. Meus valores e minha identidade não foram estabelecidos porque sou ‘produto de estupro’, mas porque sou filha de Deus.
Mais importante, eu descobri, eu estarei pronta a ensinar meus filhos e a outras pessoas que o seu valor não é medido pelas circunstâncias da sua concepção, por seus pais, seus filhos, seu companheiro, sua casa, suas roupas, sua aparência, seu QI, suas notas, seus dinheiro, seu emprego, seu sucesso ou habilidades. Essas são mentiras vendidas na sociedade. A maioria dos palestrantes motivacionais falam que somente se você chegar a um determinado lugar é que você é alguém. Mas muita gente não chega nem perto desse ideal, e isso faz desse alguém um ninguém?
E para aqueles que são pró-escolha, leiam meus ensaios. Eu garanto, valerá a pena.
Pela vida,
Rebecca.”
“O desejo de salvar a humanidade é quase sempre um disfarce para o desejo de controlá-la.” …(H. L. Mencken)
“Democracy is a pathetic belief in the collective wisdom of individual ignorance.” …(H. L. Mencken)
“Quando se ouve um homem falar de seu amor por seu país, podem saber que ele espera ser pago por isto” …(H. L. Mencken)
“A fé pode ser definida como uma crença ilógica na ocorrência do improvável” …(H. L. Mencken)
A fé dos “salvadores” marxistas em nada difere de qualquer outra fé que igualmente fabrica maníacos “salvadores de qualquer coisa” e disso se valem para ostentarem-se magnânimos. …(Eu) …rs
Querem “salvar” as almas, os pobres, os fracos e oprimidos, os trabalhadores, a natureza, os rios, o mico leão dourado, o planeta, as criancinhas, os “fetos” mesmo que ainda um punhado de celulas e mais qualquer coisa que possam usar para se pavonearem fanáticamente, tornando-se dogmáticos e desconexos (incoerentes) em seu fanatismo produzido por um doentio narcisismo.
Acho no mínimo curioso que só homens tenham opinado, até então, em tópico que obviamente atinge muito mais às mulheres. Talvez por isso hajam comentários do tipo “Você bebeu? Desde quando gravidez é uma punição? Meses de tortura? Você tem noção do que tá falando?”, pois qualquer mulher, seja ela a favor ou contra a descriminalização do aborto, tem consciência do horror que deve ser passar nove meses com o filho do homem que cometeu tamanha violência com ela em sua barriga. O direito à vida não é absoluto! Só homens muito mal informados e tendentes à misoginia podem simplesmente fechar os olhos para o sofrimento de uma mulher, que vai passar dia e noite olhando pra sua barriga que carrega um ser indesejado, fruto de violência brutal contra ela. Tudo bem se, ao final dos 9 meses de gestação ela der a criança em adoção?! Em que mundo vocês vivem?! Por acaso se deram ao trabalho de verificar que as maiores vítimas de estupro são as jovens negras?! E que nesse país que, além de machista é racista, crianças negras são amontoadas em abrigos e orfanatos e crescem sem amor de uma família?! E assim crescendo, institucionalizadas, são, muitas vezes, seduzidas pelo crime?! Aí vocês vão defender que o menor infrator, que um dia vira bandido mesmo deve ser morto?! Afinal, ‘bandido bom, é bandido morto”?! É de uma hipocrisia sem tamanho que as mesmas pessoas que defendem que o corpo da mulher deve servir de abrigo durante nove meses para um feto gerado por violência depois digam que é tranquilo dar a criança em adoção!! É também hipócrita, mesquinho e absurdo, mas bastante real, dizer que é contra o aborto, mas a favor da pena de morte, da redução da maioridade penal e de tantas outras medidas absurdas que estão, geralmente, atreladas aos que propagam tais ideias machistas e conservadoras. Lamentável.
Giovanna, você claramente não sabe nada sobre liberalismo. Não conheço um liberal a favor da pena de morte. Mas você aparentemente é, quando profere essa frase: “O direito à vida não é absoluto!” – uma frase dessas dá vontade de chorar.
E – de mulher pra mulher – eu pergunto: quão mesquinha é uma mulher que prefere MATAR um inocente a ter que suportar 9 meses de uma gravidez indesejada? É um ato de completa covardia e que normalmente só faz destruir a mulher depois de cometido.
Especificamente no que tange a individualização da pena, obrigar a vítima a prosseguir com uma gravidez também é uma pena a quem, além de não ter cometido crime algum, foi vítima de um crime. Me parece uma situação Perde-Perde, onde qualquer caminho a ser seguido leva a punição de um inocente, sendo um por pena captial ou o outro por diversos meses de tortura.
Já o relato da Rebecca apenas expõe a diferença entre dar a opção de exercer um direito e obrigar o exercício dele. No caso dela, a vítima do estupro optou por prosseguir com a gravidez e colocar a criança para adoção após o parto. Mas ao comparar o direito ao aborto no caso de estupro a frase “eu acho que sua mãe deveria ter abortado você”, esta na verdade ocorrendo uma falácia, pois não se pode equiparar um direito de fazer à a obrigação de fazer. Isto, claro, não invalida diversos outros argumentos utilizados no texto que tocam quase que exclusivamente o campo emocial da vítima.
Especificamente no que tange a individualização da pena, obrigar a vítima a prosseguir com uma gravidez também é uma pena a quem, além de não ter cometido crime algum, foi vítima de um crime.
Você bebeu? Desde quando gravidez é uma punição? Meses de tortura? Você tem noção do que tá falando?
Quem tem que ser punido é o criminoso, não o filho. No fim das contas, é uma situação de “perde-perde-perde” no seu caso, pois a mãe pode até ficar estéril, o feto morre e a sociedade pune a pessoa errada.
não se pode equiparar um direito de fazer à a obrigação de fazer.
Acaso você não se lembre das aulinhas de direitos humanos: o direito de uma pessoa termina aonde começam os direitos da outra. O embrião tem direito à vida, e a mãe, bem como a sociedade, tem o dever de proteger esta vida.
Ou por algum acaso a suposta “integridade emocional” da mãe vale mais que a vida humana?
[…] O bebê fere o PNA da mãe, é um parasita que gera tortura. O indivíduo deve ter total liberdade sobre o próprio corpo, esse é o princípio da autopropriedade. Meu corpo é meu e não do estado. […]
ahahahahhahaha, parasita?!?! Parasita é a tênia que depositou os ovos na tua cabeça!
Ótima refutação, cara. Parabens mesmo.
Sr. ATorres,
primeiramente só ha uma vida quando há consciência, sistema nervoso e cerebro. (quanto ao cérebro entendo que “há controversias” …rs).
Isso posto, é muito complicado a situação de uma vitima de estupro que não tomou providência antes de que fosse portadora de uma vida humana em seu corpo. Ou seja, se não tomou providencias em tempo habil, deveria suportar as consequências.
Agora vejamos os argumentos dos “maravilhosos” defensores da vida, mesmo que “vida” só em potencial, como muitos desses “maravilhosos” afirmam.
Ora, se são tão defensores das vidas alheias inocentes ao ponto de defenderem uma mulher se submeta a uma terrível tortura por nove meses. Carregando o filho de um facinora. Eu imagino que tais defensores da vida inocente sejam absolutamente contrários a qualquer enfrentamento em guerras. Afinal, nas guerras mmorrem inocentes, sejam, crianças, adultos, mulheres, homens, jovens e idosos e gravidas e fetos.
Ou seja, pela idéia de tais “almas maravilhosas” quando um inimigo declarar guerra a uma nção esta deve de imediato se submeter para que nenhum inocente morra.
Ora, uma “alma maravilhosa” defensora da vida, não pode dizer que a nação agredida devesse reagir aos agressor. Pois sua reação levaria a morte de inocentes e não somente atingiria os agressores.
A alegação do Sr. ATorres leva a uma enchurrada de situações. Afinal, ele diz que o inocente agredido deve suportar todo sofrimento porque não pode, em hipótese alguma, infligir dano até mesmo um punhado de células (ao que parece) ou a uma vida inocente.
Assim, com base nesta afirmação do Sr. ATorres, qualquer um que ameace de matar um inocente deve ser OBEDECIDO por sua vitima primeira, ou esta será culpada, criminosa, por não aceitar o jugo e o sofrimento que lhe é exigido.
Está ai algo perigoso!
Se alguém exige algo do Sr. ATorres ameaçando de matar um outro inocente qualquer, o senhor ATorres se submeterá ao jugo alheio ou será culpado de crime.
Da mesma forma o SR. ATorres advoga que havendo ameaça de guerra, uma nação deve entregar-se submissa a seu agressor, pois que a reação ocasionará mortes de inocentes. Assim, combater um inimigo, sobretudo na terra dele (vide Iraque) é algo absolutamente condenado pelo Sr. ATorres.
Quanto aos carolas que se dizem contrários ao aborto por questões religiosas do cristianismo, deveriam ler mais a bíblia, pois o que Javé mais recomenda a Moisés é que mate homens, mulheres e crianças, até mesmo de peito (como em certa passagem recomenda), nas terras que o “senhor” deu a seus protegidos.
Emais curiosos são os carolas que vivem citando Sto Agostinho e Sto Thomas de Aquino. Afinal estes dois escreveram defendendo o aborto.
Religiões ou qualquer outra ideologia se assemelham.
Assim os “comunistas” e socialistas conseguem defender a beleza humanitária de sua ideologia e clamar pelos direitos humanos e ao mesmo tempo defenderem o regime sovietico, cubano, norte coreano e etc.. Também se dizem democratas e admiradores da “democracia cubana” e quiçá norte coreana. Teve até a República Democratica da Alemanha. Fazem isso, defendem o socialismo, mesmo que tenha sido o responsável por mais de 100 milhões de mortos em tempo de paz e das próprias populações indefesas contra os governos socialistas.
Por outro lado os cristãos continuam afirmando a beleza humanista do cristianismo mesmo após o cristianismo e seus cristãos patrocinarem perseguições e mortes aos divergentes, chegando a tornar tal perseguição obrigatória através do estabelecimento do Santo Oficio e a Inquisição. Sendo que a legalização, e assim a obrigação, das perseguições se fez acompanhar de criativas formas de tortura contra indivíduos.
A bondade cristã chegou ao estado da arte ao conceber APARELHOS de TORTURA das mais cruéis e medonhas em nome da bondade cristã, quando esta assumiu um Poder absoluto contra o qual não havia como reagir. Exatamente igual ao que acontece com os tais de “comunistas” bondosos e humanitários.
As coincidências entre ideologias e seus “BONDOSOS SEGUIDORES HUMANITÁRIOS e DEFENSORES DA VIDA e DOS DIREITOS HUMANOS”, chega a provocar a ideia de que tais são frutos da mesma arvore: a ambição pelo Poeder, a vontade maníaca de dominar e de se satisfazer pelo sofrimento alheio.
Somente uma doença pode explicar tamanhas disparidades mentais, tamanho cinismo.
..me lembra os facinoras, bandidos assassinos, que ao serem presos tornam-se bravos lutadores em defesa dos direitos humanos e dos bons tratos que devem receber em nome destes direitos humanos que defendem como se as mais humanitárias almas. Igualmente seus amigos e parentes, acostumados a usufruirem dos resultados de crimes, clamam por justiça e direitos humanos com grande ferocidade quando seus amigos e parentes são justiçados pela policia ou são presos. …curioso que enquanto soltos eles jamais se dirigiram a eles com tal “FÚRIA HUMANISTA”, ao contrario se compraziam gostosamente com os frutos dos crimes praticados por seus amigos e parentes.
A indgnação só lhes brota no coração quando os seus são revidados. Aí tornam-se humanissimos bondosos que clamam pelos direitos humanos e bons tratos, até mesmo pelo “dar a outra face” e pela beleza do perdão.
…oportunistas? …sim, defendem seus bandidos de estimação e de quebra ainda se ostentam como “almas maravilhosas” segundo a moral arbitrada por uma ideologia.
Tás brincando, Pedro? A guerra é justificável quando a situação de dominação pelo inimigo proporcionar um quadro bem pior do que as possíveis perdas na guerra. De que adiantaria se render para poupar vidas se ser dominado pelo islã ou por qualquer país ditatorial geraria muito mais mortes do que a guerra em si? Deixa de viajar!
Nem vou entrar nessa questão cristã aí, mas a ciência até hoje não consegue definir o início de uma vida (e provavelmente nunca vai conseguir). Agora me diga uma coisa, como você sabe se o feto não tem consciência? Consciência é algo único e que só pode ser confirmado pelo próprio indivíduo – ninguém pode confirmar a consciência de ninguém, a não ser de si mesmo. Se não posso confirmar a sua consciência quer dizer que posso matá-lo?
Que beleza isso:
“A guerra é justificável quando a situação de dominação pelo inimigo proporcionar um quadro bem pior do que as possíveis perdas na guerra.”
Alguém que diz defender a vida de um punhado de celulas (essa de a ciência não definiu? sem sistema nervoso, sem percepção de coisa alguma não há vida) justifica a guerra onde inocentes de todas as idades morrem …e eu sei que você não esta brincando. Isso é o pior.
Eu justificar a guerra é coerente, mas alguém que acha que uma mulher carregar um filho de um facinora, um maníaco, é natural, não podendo abortar nem mesmo enquanto existe apenas um punhado de celulas.
Eis a prova do que eu disse! Defende a guerra com morte de inocentes mas é contra o aborto mesmo enquanto apenas um punhado de celulas e mesmo que fruto d um estupro pratiocado por um facínora.
A hipocrisia não conhece limites.
Que lindo, você é ainda uma democrata “maravilhosa” e contra o islã. …rsrs
“ser dominado pelo islã ou por qualquer país ditatorial geraria muito mais mortes do que a guerra em si”
Ditaduras e o islã matam crianças inocentes, Nicole? …rsrs
Uma menina tem que sofrer a tortura de carregar um filho de um maníaco e depois? …o abandona ou terá também que cria-lo?
Nicole acha que uma mulher não deve abortar um punhado de celulas, nem mesmo algumas horas ou dias após a fecundação porque diz não saber qdo há consciência.
Mas acha válido que muitas pessoas inocentes morram em guerras contra ditaduras e governos islamicos. Expôs sua anuencia com a guerra contra o Iraque, não há como negar.
E ainda se quer uma “pessoa maravilhosa” simplesmente porque se diz contra o aborto e assim demonstra seu humanismo.
Que eu seja a favor de resistência armada e da pena de morte é correto, mas quem diz defender um punhado de celulas apoiar guerras, aí é por demais ridicula a pretensão de “bom cristão” …rsrs …mas curiosamente Jeová que deus as tabuas da lei a Moisés com o “não matarás” é o mesmo que passa todo o tempo mandando Moisés matar homens mulheres e crianças em guerras …será esta a mesma coerência sua, Nicole? …rsrs
A vontade de ser “uma pessoa maravilhosa” produz coisas curiosas e só mostra o desprezo que egocêntricos sentem pelo resto da humanidade.
Maníacos que em nome da própria vaidade são capazes das maiores incoerências em sua adaptação moralóide são, no mínimo curiosos, tamanhas as aberrações que conseguem defender centrados unicamente naquilo que lhes parece conveniente.
A ciência diz que após a fecundação, gera-se um novo SER VIVO, com DNA próprio, distinto de qualquer outro. Dizer que a vida começa em momento posterior não passa de arbitrariedade imbecil de abortista, variando, segundo a estupidez:
– na nidação;
– com sistema nervoso;
– imediatamente antes de nascer (“justificando” o assassinato de um bebê quase nascido!);
– e, a bela extrapolação abortista de Peter Singer et caterva: após o nascimento, até a idade que bem entenderem os pais!
E haja falácia, cinismo e vigarice intelectual. “Percepção de coisa alguma”? O que é exatamente a percepção? Um bebê recém-nascido percebe o quê, exatamente? E que consciência o abortista pretende que ele tenha? A de si próprio? A de que ele pode determinar que a vida começa no instante arbitrário em que ele escolher?
A comparação com a defesa de uma país militarmente agredido é outra falácia, melhor dizendo, uma baboseira que chega a ser inacreditável. Quer se fazer uma analogia entre defesa militar e gravidez!
O fato de inocentes morrerem numa guerra em hipótese alguma implica em ser contra um país reagir a uma agressão bélica, assim como não implica em concordar com o sofrimento e a morte de civis no conflito. Na Segunda Guerra Mundial lutava-se contra um regime totalitário e amplamente cruel, os nazis, e contra seus aliados, culturalmente levados por um fanatismo belicista somado a uma ambição imperialista desmedida. Os dois países, Alemanha e Japão, infligiram várias agressões contra outros países e houve a necessidade de enfrenta-los. Nem por isso vou concordar com os bombardeios sobre Dresden e Hamburgo, nem com as bombas atômicas despejadas sobre Hirochima e Nagasaki. Ainda que Dresden tivesse alguns alvos militares, o bombardeio que a arrasou não foi pontual e intencionalmente – assim como no caso das cidades japonesas – visavam a população civil, como meio de persuasão. Então, é possível ser a favor de uma resposta militar a um país agressor, sem querer dizer que se é a favor com atrocidades cometidas intencionalmente contra civis.
Voltando à questão do aborto, nada menos científico que reduzir o embrião humano a um “punhado de células”. Se for de um ponto de vista exclusivamente “citológico”, todos, até os abortistas, somos punhados de células. Mas sequer um órgão de nosso corpo poderia ser definido de uma forma tão reducionista. Será que para o abortista o cérebro dele é só um punhado de células?
Essa redução simplista é uma das alegações mais chulés dos “humanistas” defensores do aborto, tão cheios de bondade e moral para julgar a bondade e a moral alheias.
Outro expediente bem típico dessa corja é colocar palavras na boca ou no texto dos outros e, assim feito o espantalho, mandar porrada nele. A Nicole em momento algum sequer insinua algo como “é válido que pessoas inocentes morram em guerras”. Qualquer pessoal intelectualmente honesta e com sincera disposição para ouvir o oponente depreende que a comentarista não defende isso, mas a minimização de perdas humanas, diante de um circunstância de inevitável conflito. Ela deixa bem claro na sua comparação com o domínio por uma teocracia islâmica que gerasse muito mais mortes do que a guerra em si. Foi bem clara e objetiva e, além disso, só desenhando ( o que não quer dizer que mesmo assim fosse suficiente para uma mente petulante e cínica compreender).
Chegamos, enfim, ao tema religião.
Note-se bem que quase sempre são os abortistas que evocam o assunto, eivados que são de fanatismo antirreligioso.
Em primeiro lugar, para quem adora falar de democracia, conquanto parece nada entender a respeito: numa sociedade democrática, todos – TODOS – têm direito a se manifestar e lutar, NA FORMA E NOS MEIOS PREVISTOS pelo regime democrático, por suas bandeiras, suas convicções, suas idéias. Isso serve para um ateu, como serve também para um crente religioso.
No entanto, o que se nota é uma tentativa de CALAR toda pessoa que se manifeste com sua doutrina religiosa, como se tais pessoas e suas próprias religiões não fizessem parte da mesma sociedade nem fossem amparadas pelo mesmo estado democrático direito desses intolerantes fanáticos.
Tratar por imposição uma luta segundo a cartilha democrática, pretender calar quem assim deseja se manifestar e ainda posar de liberal e paladino da moral, do humanismo e da democracia – isto, sim, é um notável exercício de hipocrisia.
No mais, a velha baboseira ateísta fruto de uma leitura medíocre tanto da história como até da Bíblia. Já venho observando, há muito, que esses ateus tão “vigilantes” em relação ao Antigo Testamento, citando, ad exaustionem, o código mosaico, são os piores fundamentalistas bíblicos, daquela espécie que cita um versículo completamente desprovido de contexto e na sua imensa mediocridade, mais a rasteira patifaria intelectual, sequer distinguem uma prerrogativa divina (“Deus manda matar”) de uma vedação humana (Não matarás).
Quanto à história, os néscios resumem o passado do Cristianismo a inquisições e cruzadas a ainda por cima atribui o que foram nítidas deturpações da mensagem evangélica à própria essência doutrinal. Assim, se um rei cruel recém-convertido do paganismo permanece cometendo crueldades, para esses “analistas” bocós metidos a juízes da história o problema é com a religião, não com o temperamento e as idiossincrasias do sujeito. Então, com uma cínica abordagem seletiva ele elege o dito cujo um perfeito representante da religião e aproveita a generalização estúpida para fazer mimimi antirreligioso, ironizando a “incoerência” da bondade e da moral cristãs. Lindo, não?
Em tempo: é extremamente mentiroso (e intelectualmente desonesto) dizer que a ‘bondade cristã” concebeu os aparelhos de tortura empregados nos tribunais inquisitoriais. A tortura e o instrumental usado para isso era de largo uso pela “justiça” secular desde a Antiguidade mais remota. Egípcios torturavam. Até os sumérios, na aurora da civilização, torturavam.
Isso não significa relativizar ou amenizar a truculência das inquisições (chamar todas elas de Santo Ofício ilustra a ignorância da história). O cristão, como muito bem salientou o historiador Paul Johnson, deve amar a verdade, sem teme-la. Johnson, como bom historiador, sabe o quanto estúpido é o anacronismo de quem se vale do passado para atacar um desafeto no presente. E tão estúpido quanto o anacronismo é o unilateralismo seletivo: o sujeito odeia a religião cristã, então só vê inquisições e cruzadas, fechando os olhos tanto para as inegáveis contribuições culturais do Cristianismo, como para a violência e as atrocidades que foram cometidas contra ele, como se deu na Revolução Francesa, nas “Cristiadas” mexicanas, na Guerra Civil Espanhola, nos regimes socialistas.
Concluo dizendo o quanto, também, estranho, um discurso repleto de intolerância num espaço dedicado ao liberalismo. Inclusive, o comentarista tem uma clara obsessão doentia por criticar a religião cristã, vomitando seu azedume antirreligioso mesmo quando o assunto dista consideravelmente da fé religiosa. Bem, que ele tem liberdade de escrever o lixo que quiser, tem. Mas posar de liberal e democrata, num site liberal, com esse viés mais próximo de tiranias socialistas, suscita estranheza, para dizer o mínimo.
…rsrs
o ódio manifesto é prova de que se escora numa ideologia para sentir-se com algum valor.
Ademais, não sou eu que tento proibir manifestações alheias e apelo para meros xingamentos idiotas. Eu chamo a atenção para fatos.
Não eram reis que mandavam matar, mas eram os papas, os líderes religiosos e os carolas fanatisados pelo desejo de que suas baboseiras ideológicas não sejam jamais contestadas. EM NADA DIFEREM dos “BONDOSOS HUMANISTAS” MARXISTAS QUE COINCIDENTEMENTE DÂO AS MESMAS, EXATAS< DESCULPAS SOBRE AS ATROCIDADES QUE SUA IDEOLOGIA NEFASTA PRODUZIU.
Os estóicos possuiam uma filosofia moral muito antes da lenda cristã.
Um ateu ou agnóstico não age corretamente porque sonha que seguindo alegadas recomendações de um deus mágico ira ter uma "vida eterna" num paraíso. …rsra Vive com dignidade porque reflete sobre o justo e injusto sem seguir maníacos com fantasias fanatizantes, de tanto que desejam que tal seja verdade para terem valor exclusivamente por seguirem tais baboseiras. O medo de que a crença se perca, perca crentes, É O MEDO de PERDER o RECONHECIMENTO PELO ÚNICO VALOR HUMANOS que é CAPAZ de APRESENTAR: A CRENÇA. Tire-lhes a crença como metodo para valoriza-lo e o fanático se sentirá um esfgoto. Por isso é fanático.
"numa sociedade democrática, todos – TODOS – têm direito a se manifestar e lutar, NA FORMA E NOS MEIOS PREVISTOS pelo regime democrático"
Péra aí?!
Todos têm direito de se manifestar segundo a deliberação dos mandantes democraticos.
Será que os maníacos nazistas e fascistas se incluiriam nestes "TODOS" com direito a se manisfestarem em busca de votos?
Os maníacos comunistas têem esse direito democraticamente respeitado, embora tenham matado muito mais e destruido mais.
…É isso que é democracia? …quem esta no Poder determina quem pode e quem não pode concorrer e ter o direito de se manifestar e lutar?
E os maníacos religiosos com o Poder democratico permitiriam que os ateus se manifestassem e lutassem contra ideologias desconexas imbecilizantes?
…rsrs No NT há uma passagem perfeita:
"Hipócritas! …raça de víboras!" …isso dito pela lenda JC.
O fato de haver DNA não significa que um punhado de celulas seja um ser vivo consciente. Qualquer infimo pedaçõ do corpo possui DNA e nem por isso matamos quando cortamos unhas e cabelos e nem as amputações são eliminação de vida.
O problema é que maníacos EGONARCISISTAS desejam apresentarem-se como "SALVADORES" e então se agarram a ideologias e idiotices para simularem-se SALVADORES do mundo, dos pobres, dos fracos e oprimidos, dos trabalhadores, da natureza, da vida e etc..
Sempre se agarram a um dogma irracional para tentarem sentirem-se superiores, salvadores ou tipos super heróicos. Querem sentirem-se super heróis SALVADORES para assim alimentarem seu narcisismo doentio, seu EGOCENTRISMO e suas MANIAS de SALVADORES.
Por isso se fanatizam e tornam-se dogmaticos, farsantes hipócritas e violentos, cheios de ódio contra qualquer um que ameace sua crença conveniente: a única forma que encontram para tentarem sentirem-se alguém que desejam ser em sua mania de salvadores de qualquer coisa, porém, apenas maníacos que se enchem de ódio contra qualquer crítico de suas baboseiras, temerosos de perderem os admiradores igualmente crentes e interessados no "asinum asinus fricfat" que os fazem cheirar os traseiros fedorentos uns dos outros como se perfumados fossem. …rsrs
Absolutamente identicas todas as ideologias bem como identicas as desculpas para as atrocidades a que deram causa.
Um cristianismo onde o "justissimo messias" anuia com a escravidão. Eis a moral ideológica em toda sua feiura incontestável. Piorando ainda quando a recomendação é que o escravo ame o seu senhor, sobretudo os maus, já que não há mérito em amar os bons. Francamente uma ideologia que faz uma louvação à servidão (isso no NT, no VT nem é preciso citar).
Você tá louco? Em que momento eu aleguei ser uma “pessoa maravilhosa”? Essa questão não tem nada a ver com o que eu sou ou deixo de ser, e sim com o absurdo que é relativizar o direito à vida. Talvez você se sinta tão mal em relação a essa sua própria posição que está projetando essa qualidade em mim. Um pouco de autoconhecimento ajuda.
No mais, o colega Eduardo Araújo aqui embaixo respondeu ao seu comentário idiota de forma bem melhor do que a que eu seria capaz de fazer.
Gostei muito da abordagem, Bernardo! Certamente é um ponto de vista a ser considerado. Sou autor do artigo sobre aborto, liberdade e responsabilidade que mencionas e fico lisonjeado pela referência. Forte abraço!