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A sabedoria de Henry David Thoreau

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O homenageado de hoje é o aniversariante Henry David Thoreau (12 de julho de 1817 – 6 de maio de 1862). Thoreau foi ensaísta, poeta, filósofo, abolicionista, naturalista e historiador.

No dia 23 de julho de 1846, Henry David Thoreau deixou sua cabana em Walden Pond para uma breve caminhada até a cidade e acabou na cadeia do Condado de Concord, por se recusar a pagar um imposto (poll tax). Fervoroso abolicionista, Thoreau explicou: “Eu não posso reconhecer por um instante … como meu governo aquele que é o governo do escravo também”. Na manhã seguinte, ele descobriu que alguém havia pago o imposto, mas nunca soube quem foi. Embora Thoreau se opusesse a deixar a prisão, a polícia insistiu em libertá-lo. Essa experiência levou-o a escrever um poderoso ensaio sobre a “relação do indivíduo com o Estado”. O ensaio foi publicado em 1849 com o título de Resistência ao Governo Civil, mas tornou-se mais conhecido como Desobediência Civil. É dele que saíram as citações abaixo:

“A lei nunca fez os homens mais justos.”

“Pode haver um governo em que as maiorias não decidam virtualmente o que é certo ou errado? Em que as maiorias decidem apenas as questões às quais a regra da conveniência é aplicável? Será que o cidadão deve sempre renunciar a sua consciência ao legislador?”

“Uma democracia, tal como a conhecemos, é a última melhoria possível no governo? Não é possível dar um passo adiante no sentido de reconhecer e organizar os direitos do homem? Nunca haverá um Estado verdadeiramente livre e esclarecido até que o Estado venha a reconhecer o indivíduo como um poder superior e independente, do qual deriva todo o seu poder e autoridade.”

“Todos os homens reconhecem o direito á revolução; isto é, o direito de recusar fidelidade e resistir ao governo, quando sua tirania ou sua ineficiência são grandes e insuportáveis.”

“Uma minoria é impotente enquanto se conforma com a maioria.”

“Se mil homens não pagassem suas contas de impostos este ano, esta não seria uma medida violenta e sangrenta, como seria a de pagá-los e permitir ao Estado cometer violências e derramar sangue inocente. Isso seria … a definição de uma revolução pacífica, se é que isso é possível.”

“Sob um governo que aprisiona qualquer um injustamente, o verdadeiro lugar para um homem justo é também uma prisão … a única casa em um Estado de escravos na qual um homem livre pode viver com honra.”

“Aceito de todo o coração o lema: “O bom governo é o que menos governa” … Mas também acredito “Que o melhor governo é que não governa de maneira alguma”; e quando os homens estiverem preparados para isso, esse será o tipo de governo que a vontade geral terá.”

“Se você vê um homem se aproximando de você com a intenção óbvia de lhe fazer o bem, corra dele, por sua vida.”

“À maioria é permitido governar, por um longo período, não porque é mais provável que ela esteja certa, nem porque isso parece mais justo para a minoria, mas porque eles são fisicamente os mais fortes.”

“Se a máquina do governo é de tal natureza que exige que você seja o agente da injustiça para com o outro, então digo, quebre a lei.”

“A desobediência é o verdadeiro fundamento da liberdade. Os obedientes devem ser escravos.”

“Gostaria de lembrar aos meus compatriotas que eles devem ser homens em primeiro lugar, e americanos apenas em uma hora tardia e conveniente.”

“Estadistas e legisladores … podem ser homens de certa experiência e discricionariedade, e sem dúvida inventaram sistemas engenhosos e até mesmo úteis, pelos quais sinceramente lhes agradecemos; mas toda a sua inteligência e utilidade estão dentro de certos limites não muito amplos. Eles costumam esquecer que o mundo não é governado por políticas e expedientes.”

“Os homens hão-de aprender que a política não é a moral e que se ocupa apenas do que é oportuno.”

“A massa nunca se eleva ao padrão do seu melhor membro; pelo contrário, degrada-se ao nível do pior.”

“Não é desejável cultivarmos pela lei o mesmo respeito que cultivamos pelo direito.”

“Desejo tanto ser um bom vizinho quanto um mau súdito.”

“Nunca é tarde demais para abandonar nossos preconceitos. Não se pode confiar às cegas em nenhuma maneira de pensar ou de agir, por mais antiga que seja. O que hoje todo mundo repete ou aceita em silêncio como verdade amanhã pode se revelar falso…”

“A felicidade é igual a uma borboleta, quanto mais você corre atrás mais ela se afasta. Daí um dia você se distraí e ela pousa no seu ombro.”

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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