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A direita precisa de menos vaidade e mais união

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direita

“Você pode conquistar qualquer coisa na vida, desde que não se importe com quem fique os créditos”. (Harry Truman)

Liberais são, por definição, individualistas. Por compreenderem a metáfora da “mão invisível”, de Adam Smith, e também com base no princípio kantiano de que cada indivíduo é um fim em si mesmo, defendem que cada um busque seus próprios interesses por meio de trocas voluntárias, o que levará a um resultado melhor para todos.

Mas esse foco na individualidade não precisa ser sinônimo de atomismo, de isolamento, de fechar os olhos para o coletivo. Especialmente em momentos delicados em que a própria liberdade e a democracia correm sério perigo. Nessas horas, a união, a cooperação mais “ordenada” (para o horror dos liberais), pode fazer algum sentido sim. Há, afinal, um inimigo maior a ser derrotado.

Tenho usado a metáfora do futebol, que Hélio Beltrão também já usou, para responder a quem pergunta o que deve fazer para ajudar na batalha contra o lulopetismo. Há um papel para cada estilo, para cada perfil. Temos o goleiro, os zagueiros, os laterais, o meio-campo, o ataque, o técnico, a torcida. E cada um tem sua relevância, até porque o time estava perdendo de 7 a 1 (e marcou mais um gol com o TCU esta semana).

Sei que muitos na direita condenam a tese do “fusionismo”, lembrando que a esquerda cresceu com brigas internas, rupturas, disputas. Não discordo, e não é exatamente uma fusão que estou defendendo aqui. É mais uma aliança tática, uma união pragmática, de quem percebe ter algo maior em jogo. Se a partida terminar com a vitória do adversário, afinal de contas, não haverá espaço para estratégia alguma. Ou alguém acha que liberais, libertários e conservadores têm muito que fazer na Venezuela hoje?

Tenho minhas divergências com Bolsonaro, com Olavo de Carvalho, com Silas Malafaia? Não resta a menor sombra de dúvidas! Mas são aliados importantes nessa guerra imediata! Que nossas divergências, bem menos importantes do que nosso denominador comum hoje – apear o PT do poder – possam ficar para depois. Antes, apaga-se o incêndio na casa. Depois discutimos qual a melhor decoração, quando ela ainda estiver de pé e o invasor for colocado na rua.

Mas não é fácil, eu sei. Cada um desses líderes e formadores de opinião possui um séquito de seguidores fiéis, que muitas vezes beira o fanatismo. Discordou de uma vírgula, fez uma crítica, pronto: vira inimigo mortal, quase como os próprios petistas. Não faz o menor sentido! É uma estratégia maluca, de dar um tiro no próprio pé e deixar o caminho livre para os bolivarianos.

Um leitor me perguntou certa vez porque eu citava tanto meu ex-vizinho virtual, Reinaldo Azevedo, se ele quase nunca fazia o mesmo. Respondi o óbvio: eu o cito muito porque gosto bastante do que ele escreve. Já o motivo de ele não corresponder com a mesma frequência deve ser perguntado a ele mesmo. Talvez ele não tenha tempo para acompanhar meus escritos, em produção tão acelerada quanto a dele próprio. Ou talvez não goste muito do que escrevo. Sei lá. Só sei que não preciso citá-lo só quando ele me cita, pois o objetivo aqui é a causa comum, não a fogueira das vaidades.

Levo muito a sério a máxima do ex-presidente americano destacada na epígrafe acima. O mundo é basicamente dividido em dois tipos de gente: aquelas que fazem as coisas e aquelas que tentam ficar com os créditos das coisas feitas. Acho preferível ficar no primeiro grupo, onde há menos concorrência. E minha paz de espírito vale mais do que os aplausos ou curtidas da plateia. A esquerda tem poser demais; não precisamos competir com ela nesse quesito.

Com minha recente saída da VEJA, muitos leitores leais chegaram a cogitar cancelar a assinatura da revista. Fiquei preocupado, pois tal postura vai justamente contra aquilo que estou defendendo aqui. Cheguei a escrever uma mensagem em minha página do Facebook que teve bastante repercussão, e reproduzo aqui:

IMPORTANTE: Tenho visto muita gente indignada com a decisão da VEJA de encerrar meu blog. Alguns falam em cancelar a assinatura da revista. Entendo, e fico tocado pelo amplo apoio e lealdade dos leitores. MAS DISCORDO! A vida de qualquer empresa brasileira não está fácil por conta da grave crise causada pelo PT. A dos meios de comunicação, então, está mais difícil ainda. Agora imaginem a de um meio de comunicação independente que, portanto, bate de frente com esse governo corrupto desde o começo: claro que não poderia ser molezinha, ainda mais levando-se em conta que o governo controla 40% do PIB diretamente, mais uma fatia relevante indiretamente. E empresários brasileiros pecam ou por cumplicidade ou por covardia muitas vezes, e acabam reféns do governo, com medo de anunciar num canal de oposição (que toda imprensa deveria ser). Ninguém quer ser visto como inimigo do estado, e todos sabem que o PT, indecente, faz pressão mesmo. A VEJA tem sido um foco de resistência ao lulopetismo por manter seu jornalismo sério, e POR ISSO é tão odiada pela esquerda. Não vamos acrescentar ódio da direita também, porque julgamos sua decisão equivocada. De minha parte, continuo como assinante, e também como leitor dos blogs. É hora de união entre todos aqueles que não suportam mais o PT destruindo nossa democracia, nossa economia, nossos valores, nosso Brasil!

Como um liberal com algum viés conservador, sou cético em relação à natureza humana e respeito o alerta do Eclesiastes: tudo é vaidade, no final das contas. Ou quase tudo. É preciso reconhecer que somos tentados por nossas paixões, para termos alguma chance de domá-las, como fez Ulisses diante do canto das sereias.

Ninguém está livre da vaidade, e não precisamos partir de uma premissa infantil como essa, da forma que faz boa parte da esquerda. Somos vaidosos sim. Mas, cientes disso, temos a obrigação de nos esforçarmos ao máximo possível para controlar essa paixão perigosa, que pode nos desvirtuar do caminho certo.

O momento urge por união! Deixemos as desavenças secundárias de lado, e os egos inflados para depois. Gastar energia com brigas internas, quando há um elefante enorme na sala de porcelana quebrando tudo, é simplesmente absurdo. Uni-vos, direitistas liberais e conservadores! Não temos nada a perder além de nossos grilhões vermelhos…

Rodrigo Constantino

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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Presidente do Conselho do Instituto Liberal e membro-fundador do Instituto Millenium (IMIL). Rodrigo Constantino atua no setor financeiro desde 1997. Formado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), com MBA de Finanças pelo IBMEC. Constantino foi colunista da Veja e é colunista de importantes meios de comunicação brasileiros como os jornais “Valor Econômico” e “O Globo”. Conquistou o Prêmio Libertas no XXII Fórum da Liberdade, realizado em 2009. Tem vários livros publicados, entre eles: "Privatize Já!" e "Esquerda Caviar".

31 comentários em “A direita precisa de menos vaidade e mais união

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    12/10/2015 em 3:06 pm
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    Rodrigo, eu penso o seguinte: Nós liberais não conservadores devemos manter a nossa luta unidos e os conservadores, no lado deles, devem manter a luta deles. Não precisa de fato haver união nenhuma, apenas cada um defendendo os seus valores. Eu liberal apoiar politicamente um conservador, só se não tiver opção mesmo. Mas com essa gente eu não quero conversa, quero ficar bem longe. O Bolssonaro é claramente alguém que preferiria que a Ditadura não tivesse acabado. O Olavo as vezes fala cada merda com ar de intelectual! e o Malafaia só está preocupado com os seus interesses mesmos, os interesses da sua religião, e não falo da religião cristã mas da religião do Malafaia que ele considera a certa para ele. Do que adianta trocar um extremo pelo outro?

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    11/10/2015 em 2:59 am
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    A oposição, numa atitude QUIXOTESCA, decidiu pedir a saída de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara, fazendo coro com grande parte da imprensa, o PT e seus satélites.

    The Yalta Conference (February 4 to 11, 1945)

    Imagino jornalistas brasileiros e líderes da oposição viajando no tempo, para aconselhar Roosevelt e Churchill:

    “NÃO SE PODE FAZER ALIANÇA COM STALIN, UM TIRANO QUE TEM O
    SANGUE DE MILHÕES DE INOCENTES NAS MÃOS, MESMO PARA DERROTAR HITLER. ISTO MANCHARIA A REPUTAÇÃO DAS NAÇÕES DEMOCRÁTICAS”

    O que ouviriam do primeiro-ministro inglês:

    “If Hitler invaded hell I would make at least a favorable reference to the devil in the
    House of Commons.”

    O que ouviriam do presidente Americano:

    “I can’t take communism, but to cross this bridge I would hold hands with the devil”

    Neste momento DELICADÍSSIMO de nossa história, precisamos de formadores de opinião e lideranças políticas com a lucidez destes dois grandes estadistas!

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    11/10/2015 em 1:42 am
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    A oposição, numa atitude QUIXOTESCA, decidiu pedir a saída de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara, fazendo coro com PT, PSOL e PCdoB.

    Se isto acontecer e o impeachment emperrar, qual será o plano B da oposição, pedir ajuda ao Papa Francisco ?

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    10/10/2015 em 8:57 pm
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    É isso mesmo. Eu sou um cristão jesuscrístico (nem protestante, nem católico, apenas Deus e Jesus), e liberal. Vejo importante a necessidade de deixar picuinhas de lado e expulsar os inimigos, os delinquentes, primeiramente! Não gosto do Bolsonaro ou o Silas Malafaia, etc., mas é importante agora unir forças para derrotar estes safados vermelhos, que são infinitamente piores! Vamos nos unir uma vez na vida para algo nobre, que é destruir o comunismo/socialismo!

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    09/10/2015 em 11:21 pm
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    Nunca tinha lido um texto tão lúcido e só temos que lutar para que as bandeiras da liberdade não sejam tungadas por pessoas radicais , seja de direita , seja de esquerda .

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    09/10/2015 em 9:51 am
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    Acredito que o partido NOVO será o elo dessas correntes da direita (liberais e conservadores). As decisões da maioria dos filiados devem ser respeitadas pelas minorias.

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    09/10/2015 em 9:48 am
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    “Pensem comigo: um país que em apenas 12 anos saiu do mapa
    da fome da ONU, colocou mais de 40 milhões de brasileiros na classe média,
    bateu recorde na geração de empregos e fez programas como o Minha Casa, Minha
    Vida, o Prouni e o Fies, é capaz de vencer qualquer crise. Um país que fez
    tanto em tão pouco tempo tem que acreditar na força do seu povo. Foi por isso
    que lutei e vou continuar lutando hoje e sempre”, afirmou o ex-presidente Lula.

    Isso me lembra alguns dirigentes de futebol, que nos prometem
    ser campeão, ou pelo menos ficar no G4 e disputar a Libertadores. E muitos
    acreditavam nas suas palavras e promessas.

    E em algumas rodadas ficamos a frente de alguns times… mas,
    na verdade tínhamos folga no calendário e os outros times ainda iriam jogar.

    Em algumas partidas estávamos vencendo e assumimos boas colocações
    … mas, na verdade, ao final do jogo sofremos a virada.

    Assim estávamos empolgados e lotávamos os estádios colocando
    mais de 40.000 torcedores nos jogos iniciais …mas, na verdade, após algumas
    rodadas tinha até mais torcedores do adversário.

    Contratamos até mesmo jogadores que já tinham passado por
    grandes clubes … mas, na verdade as verbas de TV foram antecipadas e gastamos
    pensando que nunca iam acabar. E alguns desses jogadores já estavam em idade
    avançada e já tinham sido dispensados de grandes clubes.

    Ao final do campeonato, fomos rebaixados, as dívidas são
    enormes e o diretor se esconde de todos com medo das vaias.

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    09/10/2015 em 9:15 am
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    Concordo, Rodrigo. Sou católico e tenho que reconhecer que os que se opõem à esquerda precisam muito dos evangélicos e conservadores em geral. O liberalismo tem pouca densidade eleitoral no Brasil (imaginem para inflar manifestações etc). É só ir a uma região populosa da periferia e tentar conversar com as pessoas para notar isso. É preciso balancear a lado liberal em economia (que assusta muito o povo) com maior afinidade no campo dos valores. O único movimento não esquerdista que cresceu nos últimos 30 anos no Brasil foi o movimento evangélico. Entre 2010 e 2013 eles foram a única força social que o PT temia (vejam as declarações de Gilberto Carvalho e Tarso Genro no fórum social mundial em POA, 2011).

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    09/10/2015 em 8:00 am
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    Diante dos comentários abaixo, eu quero acrescentar: aliar-se a alguém não significa apoiar tudo o que essa pessoa defende. Estou mais do que disposto a me aliar a evangélicos, conservadores e até esquerda moderada para alcançar objetivos em comum. E é preciso frisar isso: OBJETIVOS EM COMUM. No momento, é derrubar o PT.
    .
    Uma vez que o objetivo é alcançado, é óbvio e natural que parte da aliança vai ruir. Mas todos terão ganhado com isso. E aí surgirão novos conflitos. Política é isso: buscar acordos mutuamente benéficos.
    .
    Então, juntemo-nos com Bolsonoro, Silas Malafaia, Aécio, Roberto Freire e outros. Tornemo-nos fortes. Depois que o PT cair, vai ser hora de buscar aliados que possam nos ajudar com o próximo objetivo, que seria melhorar nossos fundamentos econômicos e a administração pública. Nesse ponto, alguns aliados se manterão, outros sairão, novos virão.
    .
    Um passo de cada vez, pessoal. Mesmo que não seja possível alcançar a situação ideal de cada um da aliança, se todos concordam que o resultado dela será melhor que o estado atual, então é um avanço. Ninguém vai consertar esse mundo sozinho.

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    09/10/2015 em 12:15 am
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    Silas malafaia? Oi? ele é apenas um religioso não tem posição politica, poxa, eu que botava fé nesse instituto..

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    08/10/2015 em 11:45 pm
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    O que eu vejo é que na direita há expoentes tão vaidosos, tão vaidosos que nem existe algo similar na esquerda, e ainda uma grande parte da direita emula uma seita.

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    08/10/2015 em 10:50 pm
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    Realmente a direita carece de mais unidade, porém, não vejo como algo benéfico nos associarmos a pessoas tão atrasadas como Bolsonaro e Silas Malafaia, que chegam a ser preconceituosos. Estarmos associados a essas pessoas só servirá para a esquerda intensificar seus ataques aos liberais e consevadores dizendo que não passam de fascistas, afastando, assim, possíveis novos seguidores.

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      10/10/2015 em 3:10 pm
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      Eu tampouco vejo algo benéfico me associando a uma ANTA como vc!
      O politicamente correto é um CÂNCER no país! Se vc tem medo da patrulha PC, o seu lugar é com as esquerdas. Chamar o Bolsonaro de “atrasado” e “preconceituoso” é típico de leitores da Carta Petralha.
      O preconceito faz parte da natureza humana. Todos discriminam. Se vc quer viver num mundo bonitinho, florido, onde ninguém discrimina, ninguém tem preconceitos e sumir com todos que não se encaixam nesse seu mundo utópico, vc é o verdadeiro FASCISTA! Esse é o início de todos os “ismos”.

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        10/10/2015 em 4:53 pm
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        Desculpe-me, mas em nenhum momento eu disse querer sumir com preconceituosos! Até porque, eu certamente me enquadro em algum tipo. Defendo, acima de tudo, a liberdade de expressão. Mas, nem por isso, sou obrigado a concordar com os outros. O fato de eu não concordar com Bolsonaro não tem relação alguma com ser politicamente correto. Eu tenho meus príncipios e, a partir deles, não acho sadio me associar a Bolsonaro, que já fez inúmeras ofenças racistas e homossexuais e defende à ferro e fogo uma enorme mancha negra em nossa história, a Ditadura militar, que foi um afronte às liberdades indivíduais, como a liberdade de expressão.

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          10/10/2015 em 7:05 pm
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          1) Jamais diria que alguém é “obrigado a concordar com os outros”. Mas uma coisa é refutar algo de que vc discorda com uma argumentação plausível, outra é simplesmente chamar alguém de “atrasado e preconceituoso” e dar a discussão como encerrada.
          2) Sua linha de argumentação é maniqueísta. O Bolsonaro seria “racista e homofóbico”, portanto ele é “da turma dos maus”. Vc, suponho, seria da “turma dos bons”. Parece o PT na campanha eleitoral.
          3) O regime militar não foi uma “enorme mancha em nossa história”, pois foi ele que possibilitou uma transição pacífica rumo à democracia – imperfeita – q temos. Se não fossem os militares, estaríamos em uma ditadura nos moldes cubanos até hoje.

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          13/10/2015 em 8:56 am
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          Qual a diferença desse Thiago aí com a esquerda? Sinceramente, é o mesmo discursinho bitolado do eu sou do bem e quem pensa diferente de mim é do mal. Deus me livre de me associar a esses tipos fascistas liberais que se intitulam os guardiões do bem para a humanidade. Até na utopia são iguaizinhos à esquerdalha.

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            13/10/2015 em 1:37 pm
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            O fato de eu discordar dos ideais de Bolsonaro não tem relação alguma com eu ser do bem e ele do mal. Eu tenho meus valores e, por causa deles, não vou ficar apoiando o Bolsonaro. Esses dias o instituto liberal compartilhou um frase que retrata bem o que está ocorrendo:
            “Uma sociedade que não reconhece que cada pessoa tem valores próprios, os quais ela tem o direito de seguir, não respeita a dignidade do indivíduo e não conhece realmente a liberdade.” Friedrich August von Hayek

          • Avatar
            13/10/2015 em 3:08 pm
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            Tem outra frase que mostra bem o que está ocorrendo também:

            “Cada época é salva por um pequeno punhado de homens que têm a coragem de não serem atuais.” — G. K. Chesterton

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      12/10/2015 em 2:46 pm
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      Cara esse fanático de direita aí que te respondeu, deve ser um olavete, é o tipo de gente conservadora que não difere muito da extrema esquerda.

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    08/10/2015 em 9:27 pm
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    Você está coberto de razão, mas na prática não tem como. Um liberal defende teses que estão divididas nos dois lados dos ideológicos e nossa direita é majoritariamente conservadora e fechar com a esquerda acaba com nossa liberdade econômica e muitas das nossas liberdades individuais, no Brasil tanto direita como esquerda são inimigas da liberdade e falta um partido liberal de verdade para representar os liberais. Tente você, que é tão bom com as palavras, convencer um bolsonarista a aceitar que um liberal que defende a legalização da maconha e a descriminalização das drogas por achar que isso é bom para a economia e para a segurança o faz por convicção e não por ser drogado e votar junto com ele, tente convencer um Malafaia que um liberal que defende o aborto o faz não por que quer abortar em série e matar criancinhas indefesas, mas por que sabe que morrem muitas meninas que diante de uma decisão impossível escolhem a errada e fazem assim mesmo e morrem, convença o Malafaia a votar na legalização do aborto. A verdade é que a direita brasileira só tem dois pontos de acordo com os verdadeiros liberais que são a política econômica e acabar com o desarmamento e para eles nós somos ateus, vagabundos, homossexuais, drogados e comunistas. Já fui chamado disso tudo no Facebook e olha, que sou agnóstico, comerciante aposentado, avô, nem fumar fumo e capitalista até a raiz da dentadura. Com extremista não dá para conversar, eles não deixam.

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      13/10/2015 em 8:58 am
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      Concordo, com liberal extremista, abortista e apologista de drogas não dá pra conversar mesmo. Vai se aliar com a esquerda que é mais sua praia.

      • Avatar
        13/10/2015 em 12:17 pm
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        Esquerda não é minha praia, isso deixei bem claro no meu post. Essa impossibilidade de conversar dos conservadores é uma das razões da esquerda estar há tantos anos no poder e ainda assim tem gente que está mais preocupada com o comportamento dos outros que com o próprio bolso. Interessantes as suas prioridades.

        • Avatar
          13/10/2015 em 2:25 pm
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          Isso eu já sabia, liberais assim como esquerdistas se preocupam apenas com dinheiro. Para eles o dinheiro é a única necessidade de uma sociedade sadia, o resto não importa para eles. São muito próximos mesmo.

          • Avatar
            13/10/2015 em 3:20 pm
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            Novamente errado, liberais se preocupam com liberdade, por isso o nome. O dinheiro é conseqüência dessa liberdade, a qual garante o seu direito a manifestar a sua opinião de tentar tirar a minha liberdade de escolha e de rotular erradamente minha opinião.

          • Avatar
            13/10/2015 em 3:28 pm
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            A “liberdade” é, com freqüência, nada mais que um adorno retórico usado para encobrir a vigência de algum princípio totalmente diverso. Quando, com a cara mais bisonha do mundo, o liberal proclama que “a liberdade de um termina onde começa a do outro”, ele está reconhecendo implicitamente – embora quase nunca o perceba – que essa liberdade é apenas a margem de manobra deixada ao cidadão dentro da rede de relações determinada por uma ordem jurídica estabelecida. O princípio aí fundante é, pois, o de “ordem”, não o de “liberdade”. Isso basta para demonstrar que a “liberdade” não é jamais um princípio, mas apenas a decorrência mais ou menos acidental da aplicação de um princípio totalmente diverso.

          • Avatar
            13/10/2015 em 4:00 pm
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            Enquanto estiver dentro dos meus muros e não afetar sua vida, minha liberdade jamais deveria incomodar a sua, mas ela incomoda e isso nos devolve ao início da discussão. Você cita princípios para justificar seu desejo de restringir a liberdade dos outros e colocá-los dentro dos parâmetros que traçou para você mesmo e escorrega para dentro de uma armadilha quando chama a liberdade de adorno retórico e nessa balada justifica o esquerdista que quer tirar sua liberdade econômica. Liberdade é a base da dignidade humana. No fundo, no fundo, a coisa nunca foi a meu respeito, nem a respeito dos outros, sempre foi a seu respeito, a velha coisa de proibir para os outros aquilo que não tem certeza se vai ser capaz você mesmo de lidar, ou pior, de ensinar seus filhos a lidar com. É muito fácil colocar as culpas nos outros e gritar por leis e deuses que nos absolvam de nossas falhas, incompetências e impotências. Nada mais fácil que culpar o traficante e as drogas se um dia um filho se tornar drogado ou culpar a permissividade por uma filha adolescente grávida e nessas racionalizações vão se escondendo os bolsonaristas e malafaistas, tantos dos quais são ex-pecadores arrependidos e péssimos pais. E antes que venha a pergunta óbvia, meus filhos estão bem criados, muito obrigado e os netos bem encaminhados. E em ambas as gerações em vez de proibições e ameaças vazias de inferno, caminhos sem volta, ou de dano irremediável, usamos o diálogo, discutimos com franqueza os riscos sem exageros e sem mentiras e deu certo. Difícil mesmo é a coragem de olhar para dentro e encontrar e aceitar os medos e inseguranças que tornam um conservador em uma metralhadora de rótulos e acusações.

          • Avatar
            13/10/2015 em 4:09 pm
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            Bom, parece que não entendeu o texto que postei. Disse alhos e o senhor está respondendo com bugalhos. “Minha liberdade termina onde começa a sua.”. O senhor concorda com esta frase? Se não concorda é realmente um anarquista legítimo, agora, caso concorde, o que o senhor defende não é a liberdade e sim algum outro princípio escondido nessa mente liberal exacerbada.

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    08/10/2015 em 8:33 pm
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    Entretanto é muito difícil andar lado a lado contra o PT junto com Silas Malafaia. Neste momento, eu não sei quem é pior.

  • Avatar
    08/10/2015 em 8:27 pm
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    Excelente Rodrigo !!!

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    08/10/2015 em 8:11 pm
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    Muito bom.

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    08/10/2015 em 8:08 pm
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    Essa vaidade impregnada em cada individuo tem que ser domada com sensatez ou continuaremos ser governado pela esquerda que mesmo disforme continua firme.

Fechado para comentários.

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