Discurso de Lula na ONU é diplomacia de boteco
Sou a favor da criação de um Estado Palestino. É justo, legítimo, necessário. Mas um Estado comandado por terroristas declarados, reconhecidos internacionalmente como tal — como o Hamas — não é um projeto de paz; é a institucionalização do terror.
Em Nova York, na Conferência Internacional sobre a Palestina, Lula não se comportou como estadista. Repetiu a caricatura de si mesmo. Acusou Israel de genocídio, lançou números desconexos sobre fome, ignorou os reféns sequestrados pelo Hamas e ainda cutucou os Estados Unidos, porque, no boteco ideológico, sempre cabe mais uma rodada de bravatas contra os “imperialistas”.
O mais grotesco foi seu sentimentalismo espúrio. Ele disse que Israel mata palestinos de fome, mas omitindo que o Hamas sequestra ou desvia a ajuda humanitária, impedindo que ela chegue aos necessitados. Quando a ajuda entra, é apropriada pela liderança de assassinos terroristas. Como sempre, a mídia cúmplice prefere calar. É um discurso que manipula a dor alheia para efeito retórico, enquanto ignora os verdadeiros algozes do povo palestino.
É a diplomacia de boteco. São frases de efeito, difamações, discursos que não constroem nada, mas garantem manchetes. O preço virá. Represálias — diplomáticas, políticas e comerciais — são mais que previsíveis. Lula já sente, nos Estados Unidos, o bafo na nuca de que o mundo não aceita mais esse autoritarismo declarado no conluio do seu lulopetismo com a Suprema Pequena Corte. Nenhum país sério tolera insultos de um presidente que confunde tribuna internacional com comício sindical.
Israel não é perfeito — nenhum Estado o é. Mas acusá-lo de genocídio sem reconhecer o papel do Hamas é desonestidade travestida de humanitarismo. Posar de defensor dos oprimidos enquanto se fecham os olhos para terroristas que sequestram, saqueiam e perpetuam sofrimento é gravemente irresponsável.
O Brasil, que já foi respeitado por sua tradição diplomática de equilíbrio e mediação, hoje se arrasta pela irrelevância devido às fanfarronices de um governante que não distingue negociar de insultar. Lula não fala pelo Brasil; fala por sua ideologia rançosa, pelo desejo infantil de ser porta-voz dos “oprimidos do mundo”, mesmo que, para isso, precise atacar democracias, bajular tiranos e ignorar o terror.
Um verdadeiro estadista buscaria pontes, promoveria diálogo, sustentaria a paz. Lula, ao contrário, comporta-se como um fanfarrão que vai à casa daqueles que considera inimigos e, em vez de tentar construir entendimento, despeja insultos. É um negociador de boteco, não um líder mundial.
No fim, Lula não defende a paz; defende o barulho. Não defende o povo palestino; defende o discurso que o mantém relevante em sua bolha ideológica. O mundo real não se governa com bravatas.
O preço dessa demagogia virá. Aliás, já deveria ter vindo há muito tempo.