Em que momento a sociedade decidiu que a realidade é opcional?

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De um lado, a chamada ideologia de gênero afirma que o sexo biológico é irrelevante: basta a autodeclaração, e um homem vira mulher, com direito a competir em esportes femininos, usar presídios femininos e ocupar cotas. A biologia virou “construção social”.

De outro, o fenômeno dos “bebês reborn” vai além do artesanato: adultos tratam bonecas hiper-realistas como filhos de verdade. Não estamos falando de um colecionismo inofensivo, mas de rituais, registros simbólicos, “mamadas” e cuidados simulados em tempo integral, até mesmo buscando-se ajuda médica no sistema público de saúde do Brasil para simulacros de bebês inanimados.

O ponto comum é a substituição da realidade objetiva por narrativas subjetivas, emocionalmente satisfatórias.

Vivemos a era da tirania do subjetivo. Não importa mais o que é, mas o que a pessoa diz que sente ser. A ciência? O bom senso? Coisas do passado. Agora, qualquer tentativa de reintroduzir o real é tratada como violência simbólica.

Estamos assistindo, entre perplexos e irônicos, ao triunfo da psique sobre a matéria, como se fosse saudável moldar o mundo externo aos delírios internos, e não o contrário.

O custo? Linguagem distorcida, política pública descolada da realidade, jurisprudência esquizofrênica e uma cultura que reforça estados emocionais instáveis em vez de tratá-los.

Não se trata de negar empatia. Entendo que cada um deve viver à sua maneira como bem quiser. Trata-se apenas de lembrar que o respeito não exige mentira e que a verdade não é violência.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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