A perseguição implacável contra a verdade
Onde há luz há escuridão. Sombrios tempos das trevas, movendo-se de todas as formas inimagináveis, a fim de apagar as luzes da verdade e dos valores civilizacionais.
A perseguição aos que falam a verdade nunca foi tão implacável. Os nomes desse jogo sujo são intimidação e coerção. Como judeu, devo e sei muito bem do que se trata. Sem reducionismos, de uma certa forma, estamos no olho do furação da batalha entre o bem e o mal.
A liberdade, de fato, está em risco -abissal. Democracia não passa de um som emitido pela boca daqueles que agem, exata e distintamente daquilo que, retoricamente, falam e fazem. Vivemos numa ditadura, aquela que impõe medo e penalidades àqueles que ousam rejeitar a mentira e pronunciar a verdade, como ela é.
Sectários ideológicos, religiosos e/ou outros tipos de interesseiros, lutam, arduamente, para ceifar os direitos individuais e, em especial, a liberdade de pensamento e expressão. Todo homem verdadeiramente livre tem o direito de expressar aquilo que criticamente pensa. Evidente que as palavras importam e têm consequências; assim deve ser sempre.
A nova velha censura volta à cena, em um tempo de retrocesso, de emburrecimento e de infertilidade, da doença contagiosa da dissonância cognitiva. Só se pode pronunciar aquilo que vai ao encontro dos interesses pessoais e/ou tribais dos autoritários de plantão. Tudo que não se alinha à tribo “progressista” deve ser cancelado e punido.
No terreno lamacento de mentirosos contumazes, maldosos e hipócritas, os piores são os dissimulados e enrustidos. E como eles pululam. Só é mesmo um defensor da liberdade, aquele que aceita a liberdade de expressão daquilo que é dito em contrário ao seus próprios pensamentos e ideais. Isso é a verdadeira liberdade, desde que não se transforme em um discurso de ódio e aniquilação factuais.
“Progressistas” e a velha e surrada mídia exercem livremente seu direito de expressar, omitindo, distorcendo e mentindo, por meio de suas narrativas populistas e falaciosas. Esses controlam o discurso, rejeitando a verdade, e perseguindo aqueles que a dizem. Até quando? Ninguém sabe. O que sei é que a supressão da verdade, suprimiu o debate sério e honesto, agregando terror e medo, amedrontando e calando. Vários já me confessaram.
Onde vamos parar? Não sei, o que sei é que estamos, seguramente, andando para trás.
E o “moderno mundo novo” gira à la Voltaire. Supostamente, é de autoria do filósofo francês a seguinte frase: “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. Isso deveria ser a regra mais elementar da liberdade.
Não, não é. Os tempos sombrios são ditatoriais.
São como o próprio “progressista” Voltaire. Como os mitômanos “progressistas” de hoje, Voltaire falava o que não fazia.
O que vale para todos eles, desafortunadamente, é a liberdade de expressão somente para eles próprios.
Integridade, coerência e justiça, transformaram-se em raridade.
O que vale neste “modernoso” tempo “progressista do atraso” é, claramente, só, e somente só, as “verdades” e as opiniões deles.