De Estocolmo para Londres
No momento em que escrevo, é dia de Corpus Christi, dia comemorativo do sacramento de Cristo. Não sou católico, mas, de fato, é uma data importante de oração e, diria eu, de muita reflexão.
O que mais se enxerga nesse “novo mundo progressista, moderno”, é a escassez de propósitos morais, individuais e coletivos. A negligência dos valores morais “trazidos” por Ele tem corroído a todos. Como insisto em afirmar, somos movidos pelos incentivos. Ah, como eles importam!
Como judeu, mantenho firmemente meu vínculo com o sagrado. Ele me ajuda a encontrar sentido no mundo, e nos relembra da essencial necessidade moral, aquela de procurarmos, individualmente, sermos melhores a cada dia. Busco o bem comum, porém, evidente que não é possível se sacrificar coercitivamente por um pseudo-bem comum imposto por imorais de plantão.
Os virtuosos propósitos coletivos têm sido vilipendiados por uma “deselite” que luta de forma ferrenha para atacar os valores judaico-cristãos, pilares da civilização ocidental. Nós, brasileiros, idolatramos “salvadores da pátria”. Desimportante a categoria, importa a construção da narrativa.
O país, faz tempo, tem sido acometido da conhecida Síndrome de Estocolmo, aquela em que se estabelece uma relação de afinidade com os seus próprios agressores e tiranos. No entanto, pairam no ar claros sinais de que, felizmente, a síndrome “momentosa” é outra: a de “Londres”. Nesta, os agredidos e ludibriados passam a discordar das narrativas de seus algozes, criando um sentimento de antipatia por eles.
Semideuses tupiniquins têm pés de barro (Deus me ouça!), e a popularidade do “pai dos pobres” vem crescendo como rabo de cavalo. Nessa semana “iluminada”, os embusteiros despreparados do desgoverno vermelho perderam batalhas importantes no Congresso, tais como a da saidinha de presos e das punições às verdades, que eles denominam de “fake news”. Sintomático.
Até mesmo o partido da mídia enxergou que é impossível omitir verdades objetivas, passando não o pano, mas a “comentar” a incompetência e a insensatez da tropa da “deselite rubra”.
Decerto que o desbotamento da maquiagem realizada na economia tem pesado. O remédio dos incompetentes é rotineiramente o mesmo: mais blush e batom – vermelho. Porém, e felizmente, não é apenas a descida da lomba na economia que acende uma luz no fundo do túnel.
A estupidez, aquela que troca a razão pela ideologia, é cada vez mais transparente. A defesa de terroristas, das drogas, os gastos nababescos do desgoverno, o desdém pela vida de gaúchos e de outras atrocidades relacionadas a projetos embalados como para o “bem do povo”, mas que esse mesmo povo abomina, tornaram-se indefensáveis.
Tomara que a síndrome “de Londres” tenha aterrizado em terras verde-amarelas. O embuste da rebelião marxista não é só cristalino; tem sido severamente enxergado e criticado.
Quando o propósito é um despropósito, desvirtuoso, imoral e autoritário, os de cima do muro começam a descer… O autoritarismo e a castração dos fundamentais direitos individuais pela turma rubra transformaram-se em mazelas e falhas morais para além da maquiagem econômica.
Os “brasileiros-londrinos” parecem ter despertado para o (des)governo do povo, que logicamente viola os direitos individuais e que converte vícios em virtudes. O lado errado da história nunca foi tão “iluminado”.