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Breve crítica à análise econômica de jornalistas tupiniquins

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Vejam como os analistas tupiniquins, seja por ignorância ou por puro viés político, não param de passar vergonha. Vou analisar aqui os dois últimos parágrafos deste libelo fantasioso do senhor Josias de Souza contra o ministro Paulo Guedes.

“O número de pessoas dispostas a levar Guedes a sério já vinha decrescendo na proporção direta do crescimento da inépcia do ministro. Agora, o descrédito tende ao infinito. É difícil respeitar quem chama de contribuinte o brasileiro que não conseguiu se esconder do Fisco num paraíso fiscal. Impossível acatar recomendações de um ministro que fica mais rico cada vez que um arroubo do presidente da República eleva a cotação do dólar.”

Só neste parágrafo, há várias incongruências com a realidade. Primeiro, o ministro não “se escondeu do fisco num paraíso fiscal”. O montante enviado para o exterior está declarado e, pela legislação atual, caso venha a ser repatriado, tudo o que exceder ao que tiver sido enviado será taxado pelo fisco.

Segundo: ao contrário do que diz o senhor Josias, o ministro não fica mais rico cada vez que o dólar sobe. O que está no exterior representa não mais que dez por cento do seu patrimônio. Logo, contabilizado em dólares, seu patrimônio total se reduz muito cada vez que o real se desvaloriza. Para não dizer que, como normalmente as cotações do dólar e da bolsa tupiniquim, onde provavelmente o ministro tem boa parte de seu patrimônio, são curvas com tendências inversas, é provável que o ministro perca, mesmo em reais, muito mais do que ganha, cada vez que “os arroubos do presidente elevam a cotação do dólar” e provocam pânico na bolsa.

“No momento, o governo tenta arrancar do Congresso a reforma do Imposto de Renda. Numa negociação com Guedes, a Câmara excluiu da proposta o artigo que previa a taxação anual de brasileiros que, como ele, guardam recursos em paraísos fiscais. Manteve-se na proposta enviada ao Senado a ideia de criar o imposto sobre dividendos. Guedes acha justo, muito justo, justíssimo que se taxe o próximo. Protegendo-se de si mesmo nas Ilhas Virgens Britânicas, o ministro transformou o fiasco de sua gestão num grande negócio.”

Sim, a Câmara excluiu da proposta original, ENVIADA PELO MINISTRO, a taxação anual dos fundos depositados no exterior. Ou seja, originalmente, quem propôs taxar anualmente os recursos no exterior foi o próprio ministro, ainda que contra seus próprios interesses. Da forma como está colocado, parece que foi o ministro quem pressionou pela retirada daquele dispositivo.

Já sobre a proposta de taxação dos dividendos, também encaminhada pelo ministro, será que ninguém parou para pensar que tal imposto irá penalizar justamente os grandes capitalistas/rentistas que, como ele, mantêm boa parte de seu patrimônio investido em ações, seja de companhias abertas ou fechadas?

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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