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Você acredita em salvadores da pátria?

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Eu sempre disse que acredito em salvadores da pátria.

Salvadores da pátria para mim são aqueles indivíduos com conhecimento, inteligência e carisma, capazes de descobrir a verdade, de usar a lógica e compreender o que é certo, descartando o que é imoral e indesejado e tendo a capacidade de convencer e liderar seus pares.

Na história recente, eu identifico essas características em alguns homens e uma mulher:

Winston Churchill, que defendeu a sociedade livre contra os fascistas e nazistas e sempre foi cético com relação aos soviéticos.

Douglas MacArthur, que combateu, venceu e, por que não, libertou os japoneses de sua cultura reacionária, assim como permitiu aos sul-coreanos repelirem os ataques dos norte-coreanos apoiados pelos russos e chineses.

Ludwig Erhard, que fez a Alemanha destruída emergir para se tornar a segunda ou terceira maior potência econômica da Terra em menos de duas décadas.

Deng Xiaoping, que abriu a China para o mundo e mesmo com os rigores de um governo autocrático conseguiu criar uma sociedade que se desenvolveu com base no livre mercado.

Augusto Pinochet, que apesar de ser um ditador e tirano, enfrentou o niilismo marxista de Salvador Allende e garantiu ao povo chileno liberdade econômica e depois política para tornarem-se a mais rica sociedade latino-americana.

Ronald Reagan, que, apesar de ter reforçado a guerra às drogas e aumentado os gastos do governo, promoveu uma política de desregulamentação que libertou a economia americana das amarras estabelecidas nos governos anteriores, permitindo a retomada do desenvolvimento – além de ter levado a União Soviética ao colapso e ter influenciado diretamente a que o Muro de Berlim fosse derrubado.

Margaret Thatcher, que resgatou a Grã Bretanha de um processo de decadência que parecia inexorável, ajudou a combater o comunismo e a social-democracia, influenciou decisivamente os processos liberalizantes na Austrália e Nova Zelândia, colocou limites à ingerência da União Europeia nas políticas nacionais e fez ressurgir as ideias liberais e conservadoras anglo-saxãs que haviam sido abandonadas desde a crise de 1929.

Steve Jobs e Bill Gates como os grandes líderes, os ícones da revolução digital que fez a produtividade em todos os campos da produção e comércio de bens alcançar índices de produtividade jamais vistos na história.

Todos esses ajudaram a que bilhões de pessoas não apenas deixassem de viver sob regimes tirânicos e opressores, como também possibilitaram que a pobreza fosse reduzida a menos de 10% dos habitantes da Terra.

Notem que eu listei de propósito entre os salvadores da pátria generais, políticos, empresários, uns democratas, outros republicanos, alguns autocratas, mas que tinham em comum a crença na construção de sociedades abertas baseadas em instituições duradouras.

No Brasil, tivemos recentemente a tentativa feita por Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e recentemente Michel Temer de instituir princípios legais que encaminhassem o Brasil na direção certa. No entanto, essas iniciativas nasceram com problemas congênitos porque foram concebidas por social-democratas que nunca acreditaram no capitalismo, na livre iniciativa, na propriedade privada, no estado de direito e no livre mercado.

O mesmo problema enfrenta Bolsonaro, seja por sua visão corporativista e nacionalista, seja pelas forças que enfrenta no MP, no STF, na Câmara dos Deputados ou no Senado.

Nesses 32 anos de vigência da Constituição Federal, as raízes do coletivismo estatista que impregna a mentalidade nacional foi materializada em cláusulas pétreas; e sem salvadores da pátria, como aqueles acima citados, não haverá mudanças significativas no Estado que permitam que o Brasil se desenvolva como uma sociedade livre e civilizada.

Ideias apropriadas são necessárias, mas não são suficientes se não houver homens com sabedoria para escolhê-las, convicção e coragem para colocá-las em prática.

Se não gostaram dos meus exemplos, sintam-se à vontade para apontarem outros; só não me digam que sociedades, para tomarem outros rumos, não precisam de líderes que enfrentem o establishment.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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