Recado ao governo Bolsonaro: previdência e educação não devem ser estatais
Parecem contraditórias as manifestações de 16 de Maio?
Como podem estar Indiferentes à correlação entre o déficit da previdência e a falta de recursos para a educação estatal?
Podem ser contraditórias sob a ótica da racionalidade, mas estão em sincronia com a irracionalidade que habita as mentes incapazes de perceberem a realidade e chegarem a conclusões pertinentes com o devido uso da razão, da ciência e da lógica.
Os manifestantes comportaram-se não como gostaríamos que se comportassem, mas de acordo com o que são, irracionais.
Não podemos esquecer que o uso da razão é volitivo, requer esforço, requer foco, requer vontade e é exatamente o conjunto desses atributos que falta nas mentes confirmadas.
O governo, por outro lado, precisa também reconhecer a realidade e usar a lógica: com irracionais não se negocia, se impõe a lei e a ordem.
Mas a imposição da lei e da ordem requer, para ter legitimidade, que seja atendido o princípio da moralidade.
Para nós seres humanos, moralidade é o manual de funcionamento que começa dizendo: tudo se inicia na necessidade humana de sermos livres para usar a razão e fazermos as nossas próprias escolhas de maneira que busquemos os valores que nos manterão vivos e felizes, sem recorrermos ao uso da coerção.
O que são a previdência e a educação estatais se não o uso da coerção institucionalizada. O próprio governo não atende às premissa para impor a lei e a ordem. Previdência e educação estatais são o auge da imoralidade.
Não adianta lamuriar que a horda de irracionais oportunistas não entendem o que a realidade e a razão querem demonstrar.
Não adianta reclamar dos que são irracionais se o próprio governo não agir celeremente para acabar com tudo aquilo que está comprometendo o que a moralidade, nosso guia para vivermos na terra, diz que devemos fazê-lo.
Não adianta dizer que o certo será feito pela metade, quando muito. Há que se ter a compreensão no governo de que o certo deve ser absoluto, sincero, intransigente, irrefreável.
Separar o governo da previdência e da educação deve ser o único objetivo. A moralidade, o guia que ensina ao homem como alcançar uma vida saudável, longeva e feliz, não aceita comprometimentos com meios termos.
Como está escrito nas páginas de A Revolta de Atlas, romance filosófico de Ayn Rand:
“Há dois lados em cada questão: um lado está certo e o outro está errado, mas o meio é sempre mal. […] Em qualquer combinação entre comida e veneno, é só a morte que pode vencer. Em qualquer compromisso entre o bem e o mal, é apenas o mal que pode lucrar.
O Brasil precisa superar a falta de coragem para enxergar a realidade, para usar a razão, para seguir os caminhos da verdade e da certeza. Sem a coragem necessária para isso, seguiremos vivendo sob a égide da mútua escravidão.
Democracia contempla tantos significados quanto expectativas. No entanto, o que democracia não pode significar é a tirania da maioria.
Democracia é um perigo para a sociedade quando a maioria é manipulada por populistas demagógicos que, na busca pelo poder ou no seu exercício, não se importam de usar a coerção estatal para violar os domínios do que deveria ser privado: a vida de cada um, a liberdade individual e a propriedade privada.