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Quando a igualdade é desumana

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Quem defende a igualdade de oportunidades está, em última análise, defendendo a igualdade de resultados, algo só possível mediante o estabelecimento de regras restritivas às ações e relações humanas com o uso da coerção.

Aqueles que tentam igualar oportunidades que estão disponíveis para todos, mas são aproveitadas tendo em vista as competências individuais e as circunstâncias que surgem do acaso, acabam por torná-las escassas.

Igualdade de oportunidades nem é um objetivo moralmente justo, nem é metafisicamente alcançável.

A defesa de um ideal como a igualdade de oportunidades ou de resultados é feita por quem não está familiarizado com uma das leis da natureza, a lei da causalidade que diz que toda ação de uma entidade não pode contrariar sua natureza.

A natureza do homem é de um ser racional que precisa de liberdade para identificar e aproveitar com toda sua potencialidade, que pode ser maior ou menor do que os seus semelhantes, as oportunidades que surgirem e ele tiver capacidade de usufruir.

O aproveitamento desigual das oportunidades e a conquista desigual dos resultados está diretamente relacionada à natureza humana que determina que, como indivíduos, somos diferentes, ainda que tenhamos os mesmos direitos perante a lei.

A desigualdade econômica existente é um dado da realidade porque cada indivíduo possui capacidades e propósitos diferentes. Há aqueles que possuem elevado grau de inteligência, criatividade, produtividade e dedicação para produzir valor em grande quantidade para os outros, recebendo em contrapartida remuneração condizente com aquilo que produziu e ofereceu. Há também os que não tem tudo isso o que proporciona menor remuneração ou se têm, simplesmente não se interessam pelo valor material que isso poderia lhes proporcionar, preferindo apenas a satisfação pessoal com valores intelectuais ou espirituais.

A única maneira de se eliminar desigualdades econômicas é proibindo os mais produtivos de produzirem ou tornando-os escravos da sociedade, o que, nos dois casos, diminuiria a criação de riqueza, elevando o grau de miséria e pobreza para todos.

O caso mais notório ocorrido na história na tentativa de eliminar as desigualdades ocorreu no Cambodia na década de 70, quando o tirano comunista Pol Pot, formado na Universidade de Sorbonne, aplicou um programa para a erradicação da desigualdade e acabou aniquilando quase 40% da população do país. Primeiro ele queria acabar com as cidades para que toda a população morasse no campo, depois queria acabar com a diferença entre os mais inteligentes e capazes e os menos inteligentes e incapazes, proibia o uso de equipamentos, óculos, conhecimento e tudo que pudesse diferenciar uma pessoa da outra para impedir que se gerassem resultados desiguais.

Obviamente que isso é impossível e desumano.

Tu aí, que és a favor da igualdade de oportunidades, é isso que tu propões?

Para falar em mérito é preciso falar em merecimento, em justiça. Num sistema de trocas voluntárias, onde cada um é livre para criar e produzir para os demais recebendo pagamento em retribuição, é justo que quem produz mais valor ganhe mais do que quem produz menos.

É ridículo imaginar que não deveria ser assim. Se não é ridículo é doentio. Não pode ser saudável a mente que pretende promover a injustiça.

Interessante que nas sociedades mais livres e mais justas, onde a igualdade perante a lei predomina e as oportunidades são maximizadas pela liberdade, a produção de riqueza gera excedentes ao ponto de praticamente eliminar a miséria.

Já nas sociedades atrasadas, onde a falta de liberdade diminui as oportunidades disponíveis, exatamente por quererem eliminar a justiça e o mérito, substituindo-os pela igualdade de resultados, a miséria campeia.

Lembrem-se que enquanto existimos, somos diferentes uns dos outros; somente quando deixamos de existir, as diferenças desaparecem. É por isso que todos os que se dedicam a cultivar a igualdade de oportunidades e resultados, acabam colhendo miséria e cadáveres.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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