Os excelsos e a justiça

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Você outorga a um grupo que você considera excelsos seu direito à legítima defesa porque, se você for sair atrás de quem atentou contra sua vida, liberdade e propriedade por conta própria, poderá incorrer em alguma injustiça e agir com violência indesejável.

A ideia é simples. Você terceiriza a sua própria segurança e busca pelo restabelecimento da justiça caso ela tenha sido abalada. O probleminha que segue é que o poder concedido por um indivíduo é limitado, mas o poder concedido por uma sociedade é tão grande que pode se virar contra ela.

Sim, basta o sentido de segurança e justiça serem pervertidos e a sociedade se tornará refém dos que detém o poder sobre a linguagem, os conceitos, as ideias, as falácias e as ações coercitivas.

Os excelsos usarão a segurança para se protegerem da sociedade, decidirão que a justiça não tem nada a ver com mérito, mas com o que eles acham que seria socialmente justo, a moralidade será pervertida e deixará de ser resultado de escolhas racionais objetivas para servirem propósitos imorais definidos pelos excelsos, agora armados até os dentes para imporem seus caprichos e desejos gestados por mentes narcisistas, hedonistas ou até, afetadas por psicopatia.

Criarão regras tão complexas e abundantes que não haverá quem não seja considerado fora da lei, mesmo sem saber. Para eles, haverá um foro privilegiado no qual os excelsos supremos decidirão quem merece leniência e quem merece as mais severas punições de acordo com o interesse pessoal que os move.

Você está achando essa descrição parecida com o que ocorre no Brasil? Acertou. Os excelsos falam português e querem ditar como devemos pensar, como devemos nos expressar, como devemos agir. Afinal, quem tem o poder coercitivo nas mãos manda e quem tem juízo obedece. A não ser que queira ser herói ou mártir na defesa da liberdade e da justiça, que deveriam ter sido protegidas em primeiro lugar.

Não existe liberdade e justiça sem governo limitado e povo fortemente armado de autoestima, virtudes morais e ideias claras. Quando os bandidos tomam conta do governo democraticamente, a culpa é e será sempre do povo que os colocou lá, provando não ter aquilo que faria da sociedade em que vivem uma sociedade próspera e civilizada, resultado do florescimento e desenvolvimento individual.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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