O que o Vaticano e a China têm em comum e ninguém menciona?
O que o Vaticano e a China têm em comum e ninguém menciona?
1. Eleição indireta dos líderes por um colégio restrito – Ambos são eleitos por um grupo fechado e seleto: o Colégio de Cardeais (Vaticano) e o Comitê Central/Politburo (China).
2. Processo de escolha não envolve o voto popular – Nenhuma das duas eleições permite participação direta da população.
3. Escolha ocorre em reuniões privadas e confidenciais – as deliberações do conclave e do Partido Comunista são secretas e fechadas à imprensa.
4. Pré-seleção informal dos líderes antes da votação oficial – Os possíveis candidatos já são discutidos, avaliados e filtrados previamente antes da votação final.
5. O cargo confere autoridade suprema no respectivo sistema – Tanto o Papa quanto o Presidente da China exercem poder máximo em seus domínios — espiritual e político, respectivamente.
6. Reforço da continuidade institucional – a escolha de ambos segue ritos e normas institucionais bem estabelecidas, garantindo a continuidade do sistema.
7. Exige experiência e longa trajetória dentro da instituição – Candidatos elegíveis são, em geral, veteranos com longa carreira no clero (Vaticano) ou no Partido (China).
8. Apoio interno entre pares é essencial – ambos os processos dependem de alianças internas e do reconhecimento pelos demais membros do colégio ou do partido.
9. Ausência de oposição formal ou campanhas abertas – não há campanhas eleitorais públicas, debates entre candidatos ou oposição organizada.
10. Mandato pode ser vitalício ou indefinido – o Papa governa vitaliciamente (salvo renúncia). O presidente chinês, desde 2018, não tem limite de mandatos, podendo permanecer indefinidamente.
11. Os líderes de ambos exercerão seu poder em nome de uma abstração, ou Deus, ou o povo, ambos são anticapitalistas, ambos pregam o altruísmo, o coletivismo e o estatismo.
A única diferença é que os chineses não têm uma chaminé para dispersar a angústia dos interessados com uma fumaça branca.