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O BNDES deveria existir?

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Não é a primeira vez que falo disso aqui, mas acho pertinente voltar ao tema, porque a cada ano que passa, esse é um dos temas que mais me traz convicção e certeza de que tem que acontecer: o fim do BNDES.

O banco estatal foi fundado em 1952 por Getúlio Vargas como mais uma de suas estatais desenvolvimentistas voltadas à “soberania nacional”.

Vargas é possivelmente uma das figuras mais estatistas da história do Brasil e o grande símbolo do chamado nacional-desenvolvimentismo, a ideologia que via na nacionalização, estatização e tutela estatal completa da economia o caminho para o desenvolvimento de uma potência industrial.

O BNDES, na esteira dessa política, acabou por ser criado com o intuito de conceder crédito para o desenvolvimento industrial, conforme as metas propostas na fundação do mesmo.

Entra ano, sai ano, e o BNDES, que deveria fomentar o desenvolvimento nacional, sequer se presta a cumprir seu papel.

Obras dentro do país estagnam esperando a verba federal para dar continuidade. Escolas, rodovias, esgotos, ferrovias, moradias, portos, canalização e tratamento de água, todas são relegadas ao segundo plano pelas políticas abordadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento, principalmente quando se trata de um governo petista.

O banco que outrora financiava o Brasil, passou a ser uma concessão de crédito privado a juros baixos para grandes empreiteiras aplicarem investimento a milhares de quilômetros de distância das terras nacionais, muitos dos quais acabam sequer sendo pagos suas dívidas e acumulando como parte do tesouro nacional para arcar com elas.

Há sempre aqueles papagaios ideológicos que insistem em tentar convencer que portos cubanos, palácios angolanos, siderúrgicas venezuelanas e gasodutos argentinos (de um gás que é vetado a exploração nacional pelo quanto é prejudicial ao meio-ambiente) de alguma forma retornam ao Brasil em resultado econômico e social positivo.

Os mesmos de um país onde 120 milhões ainda seguem sem uma única coleta de esgoto para suas residências e defendem exportação de créditos para o exterior, e sempre para países com grandes amizades ideológicas com o governo.

Afinal, por que este banco ainda existe? Ora, empréstimos podem ser concedidos ao exterior via tesouro nacional a qualquer momento. Qual o sentido de empresários bilionários pegarem taxas de empréstimos baixíssimas para correr o risco de receber calote logo depois enquanto seu próprio povo não consegue menos do que juros de 36% ao mês?

O próprio BNDES perdeu seu propósito de existência. Afinal, por mais que discutamos sobre se o governo deve ou não emprestar dinheiro ao desenvolvimento, o banco tinha como meta emprestar ao empresário brasileiro para investir no Brasil, e não no exterior a ponto de se tornar seus maiores clientes.

Se o BNDES então tem como meta financiar o estrangeiro, ele sequer deveria existir, afinal, sequer temos caixa para pagar precatórios com quem precisa receber e nem mesmo sustentar os próprios serviços públicos.

*Artigo publicado originalmente na página Liberalismo Brasuca no Facebook.

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