Milton Friedman e a escala 6 por 1

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O grande economista Milton Friedman, visitando obras de construção de um canal na China, estranhou que as escavações fossem feitas por homens, com pás, em vez de por máquinas pesadas. Ao questionar tal fato aos membros da delegação que o acompanhava, recebeu uma resposta repleta de orgulho: “Se usássemos máquinas, não criaríamos tantos empregos”. Friedman não se conteve:

“Se vocês querem empregos, em vez de usar pás, por que não usam colheres?”.

De acordo com a deputada Erika Hilton, autora do projeto que reduz a jornada, o modelo atual, em vigor há 81 anos, é prejudicial à saúde mental e física dos trabalhadores, afetando sua qualidade de vida e produtividade.

Fazendo um reductio ad absurdum como Friedman fez, se vamos priorizar a saúde mental e física de trabalhadores, e não a liberdade econômica, o empreendedorismo e a produtividade nacional, por que não garantir a jornada 1×6 (um dia de trabalho e seis de descanso), ou o Ox7?

Quando nos confrontamos com essa realidade, fica clara a arbitrariedade eleitoreira da proposta. Poderia ter sido 5×2, 4×3 ou até mesmo 0x7. E todas têm o mesmo objetivo: reduzir ainda mais a produtividade nacional, retirar dos trabalhadores o direito ao autossustento e dos empregadores o poder de gestão sobre seus fatores de produção, essenciais para o impulsionamento da economia com organização e planejamento.

Para mim, o fato da deputada Erika Hilton não ter defendido a jornada 1×6 mostra que ela mesma sabe dos erros desse projeto e serão tempos mais sombrios para o empresariado nacional. Isso se essa pataquada chegar a se tornar uma PEC.

 

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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