Liberdade de expressão para o presidente!

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Quem diria? Em pleno século XXI, no país do futebol e do carnaval, vivenciamos e sentimos na pele os efeitos sombrios da escassez de liberdade de expressão. Considerando-se que as instituições brasileiras foram paulatinamente capturadas pela ideologia marxista, não me causa tanto espanto assim.

A turma esquerdista, do pensamento utópico e da “perfeição”, é quem bate o bumbo e impõe a “sua verdade”. São eles que a decretam, caçando e censurando as ideias e as opiniões – boas e ruins – que vão de encontro à tal “verdade”. A censura gera dissonância cognitiva e emburrecimento geral.

A razão, em terras tupiniquins, não tem vez. A “polícia do discurso” está sempre alerta e de plantão. É bom lembrar que Thomas Jefferson ecoou o valor da liberdade, afirmando que “o erro de opinião pode ser tolerado onde a razão é deixada livre para combatê-lo”. Não adianta chorar. Essa tropa da “superioridade moral”, costumeiramente, emprega com mão de ferro o intervencionismo estatal, ceifando os direitos e as liberdades individuais. A “coisa tá roxa”, ou, diria eu, vermelha.

Pode-se, porém, identificar um “lado positivo” dessa “coisa”. O falastrão, presidente “descondenado”, havia sido alertado quanto à sua exímia arte de improvisar e de falar em público. Já haviam acendido a luz vermelha. Acontece que o seu novo homem de marketing, Sidônio Palmeira, assessor de comunicação, numa jogada de comunicação “excepcional”, liberou-o “geral” de tal censura.

Que beleza, que lambança! Toda vez que o Ofélio abre a boca, ele traz pérolas risíveis, lamentáveis e chocantes. Por esses dias, ele se autodenominou “amante da democracia”. Afirmou que “maridos tendem a amar mais as amantes do que amam as próprias mulheres”. Ele também recomendou que as pessoas parassem de comprar “comida cara”. Escárnio.

Esta semana, novamente, referindo-se a uma mulher de 50 anos, ele disse: “Você é uma mulher bonita, você merece ficar mais bonita e, quando você colocar os dentes, você vai perceber que você vai ser chamada de a linda do Amapá”. Horror.

Na verdade, quem fica horrorizado sou eu. É, dizem alguns, que esse sujeito tem um discurso e oratória “perfeitos”. Sim, claro. Pois eu me encontro muito feliz com o fim da censura ao presidente orador e boquirroto!

É pertinente e sensato frisar que sempre existirão os falastrões, os ignorantes, os loucos e/ou os maldosos. Somos seres imperfeitos, e assim será. A vida – real – é como ela é. Porém, eu não tenho hesitação. O mercado das ideias e das opiniões, evidentemente, deve ser livre! As pessoas necessitam agir como seres adultos – embora uma das forças motrizes do esquerdismo seja, justamente, a permanente infantilização dos indivíduos.

As pessoas necessitam utilizar seu arcabouço cognitivo-psicológico, seus pensamentos próprios, baseados no livre arbítrio, a fim de fazer suas escolhas e tomar suas decisões individuais. Penso que, tanto na vida social como também na esfera empresarial, a imposição de cima para baixo, goela abaixo, é prejudicial à saúde mental, física e social.

É importante que se diga que qualquer tipo de mudança demanda, primeiramente, conscientização para, posteriormente, fazer com que os próprios indivíduos, dotados de seus pensamentos e consciência, ajam de acordo com isso, individualmente. Para operar uma mudança de comportamento, pelo menos de maneira sustentável, é necessário que as pessoas sejam dotadas de agência individual a fim de que elas próprias façam suas escolhas.

Via de regra, nas questões sociais – e empresariais -, não há uma única resposta, definitiva, para uma determinada problemática – até mesmo quando existem fortes argumentos apontando para uma certa “verdade”. Para uma mudança que dure, é mesmo preciso haver “tempo de maturação” e liberdades.

Precisamente por isso que saúdo o assessor de comunicação petista, craque. Deixem o falastrão exercitar o seu esporte favorito: disparar “disparates”! Talvez, em função dessas pérolas do “grande orador”, sua popularidade venha erodindo de maneira abissal.

Em 14/02/25, segundo pesquisa do Datafolha, sua aprovação popular desabou para 24%, e é a pior de todos os seus mandatos! Visto que sou um franco defensor da liberdade de expressão, desejo que todas as perspectivas sejam ouvidas e testadas. Para o bem da nação brasileira.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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