Filosofia, religião e a virtude do egoísmo
Filosofia é o campo dos axiomas. Religião é o campo dos dogmas. Quem quer equiparar dogmas a axiomas quer dar um caráter científico à religião, coisa que Tomás de Aquino já pacificou dizendo ser impossível.
A realidade objetiva não é dogmática porque ela é auto evidente, enquanto dogmas são manifestações arbitrárias que visam a convencer pela fé, ou no mínimo por deduções logicamente inválidas por não serem ancoradas na realidade objetiva, que é o que existe.
Nosso único instrumento de sobrevivência como seres humanos é a razão. É ela que vai dizer o que é valor, quais devemos escolher e quem deve ser o beneficiário dessas escolhas e para quê.
Quando escolhemos algo para nosso próprio benefício, chamamos isso de egoísmo.
Egoísmo é uma virtude quando pensamos que satisfazer o auto interesse é necessário para se criar valor e promover o bem.
Egoísmo é uma virtude quando sabemos que o auto sacrifício, ou o sacrifício alheio, são um mal.
É um equívoco achar que quem sacrifica os outros está sendo egoísta, como se promover o sacrifício alheio não repercutisse de forma deletéria para quem praticou esse mal.
É óbvio que pessoas religiosas, coletivistas, altruístas, tentarão dizer que não existe realidade objetiva, que o que importa é o super natural, que não existe o indivíduo, que unidade mesmo só Deus ou a sociedade, que altruísmo não é auto sacrifício, é fazer o bem.
Bem, todo mundo pode dizer o que quiser, difícil é provar.